Capítulo 5 - Pingarelho

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Pingarelho

pin.ga.re.lho

Qualquer coisa mal feita, prestes a cair

Pessoa considerada insignificante

Como lidar com aquela carta?

O que estava acontecendo? Harry não havia assinado aquele contrato para receber aquele tipo de coisa, especialmente durante seu trabalho. O que Draco almejava? Que tipo de coisa se passava na cabeça daquela naja?

Não, Harry não sabia como reagir. Deveria falar sobre a carta da próxima vez que encontrasse Draco? Ou aquele era o plano dele o tempo todo, conseguir uma reação do moreno? Caso fosse esse o objetivo do outro, não o dar esse gostinho a ele.

Queria poder falar com alguém sobre aquilo. Queria poder pedir conselhos, opiniões, mas para todos os efeitos, ele e Draco eram um casal real. E casais reais não saíam por aí pedindo conselhos sobre cartas de amor... Ou pediam?

Harry não estava em um relacionamento há muito tempo, e estava meio enferrujado, tinha de admitir. Ainda mais, estava despreparado, porque não achava que Malfoy fosse do tipo que mandava aquele tipo de carta.

Mas ele mandara, e agora Harry estava confuso. Confuso sobre as atitudes de Malfoy, confuso sobre o conteúdo da carta, confuso sobre a sua reação.

Por que seu coração havia acelerado? Por que seu rosto esquentara? Por que ele sentira a necessidade de esconder aquela carta dos alunos, sendo que cedo ou tarde eles acabariam descobrindo do "relacionamento" dos dois?

Ele não entendia as suas próprias ações. O que se passava pela cabeça de Harry Potter? Bem, no momento, ele pensava no que fazer quando encontrasse Draco Malfoy.

Tiraria satisfações? Poderia começar com "Que merda de carta foi aquela?!". Talvez isso fosse muito agressivo. Tentaria não demonstrar muita emoção, porque Draco com certeza queria uma reação dele.

"Sim, Harry." Ele pensou para si mesmo. "Muito esperto da sua parte." Ele elogiou a si mesmo.

Começaria com "Então, sobre aquela carta...". Não, não. Isso provaria que ele se importava.

Decidido. Ele simplesmente não falaria da carta. Problema resolvido. Malfoy não conseguiria uma reação dele e Harry não teria que se preocupar sobre como agir na frente do loiro.

Mas aí, ele não saberia o porquê da carta, e ele queria muito saber que merda foi aquela.

Poderia esperar o loiro falar sobre o assunto, talvez? O problema seria se ele decidisse que não falaria sobre o assunto...

— Mas que... — Harry segurou um palavrão. Estava no meio do jantar no Grande Salão, e Neville estava sentado ao seu lado direito, enquanto McGonagall sentava-se ao seu lado esquerdo. Não poderia deixar nenhum dos dois saber da situação.

Pensando naquilo, se assustou quando a mulher ao seu lado virou-se para ele, lançando-lhe um sorriso:

— Soube que recebeu uma carta, Sr. Potter, e seus alunos não pouparam detalhes em dizer o quão vermelho o senhor ficou.

Harry, em resposta, sentiu o seu rosto esquentar. Minerva McGonagall estava tirando uma com a cara dele?

— Uma carta? — Perguntou Neville, interessando-se. — Por acaso tem algo ver com a vez que você me perguntou sobre...

— Sobre nada! — Ele disse, um pouco alto demais, atraindo a atenção daqueles que se sentavam mais próximo à mesa dos professores. — Desculpe. — Ele disse, e a maioria dos alunos voltaram sua atenção para seu jantar.

O seu léxicoWhere stories live. Discover now