21. Nosso bebê

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Domingo sempre começa como um grande dia misterioso, cheio de novidades a contar e quase todas elas sempre são de preocupar. Mas naquele domingo, o céu estava quase que inteiramente azul, tão azul quanto o vestido de linho que eu usava com botas pretas e o cabelo penteado para trás nervosa para um encontro a qual enrolamos por um grande passar do tempo, até aquele domingo quando ainda sim o nosso encontro parecia preste a ir água abaixo.

Eu nunca havia ido ao encontrar antes, nem mesmo com Pedro ou qualquer outro garoto que conheci em São Paulo antes de me mudar para Petúnia, nenhum outro garoto me fez sentir vontade de participar de todo o clichê que se prepara para um encontro trás. Mas Lucas me fazia sentir todo aquele frio na barriga e todas as famosas borboletas que queriam sair pela boca quando ele caminhou até mim no estacionamento da escola e ergueu uma pequena flor para mim, uma flor delicada que parecia ter sido colhida especialmente para mim.

-Eu estou um pouco nervoso, você está? - Lucas perguntando me fazendo ri. - Eu sei que a escola meio que é o lugar onde estamos sempre juntos então, não é novidade esta aqui, mas é diferente agora. - Lucas tagarela me dizendo ri alto.

-E bom está com você, não importa a onde.

O melhor de Lucas era que ele me fazia esquecer toda a confusão a qual eu estava Metida, me fazia esquecer sobre a maldita gravidez falsa e sobre como tudo na minha vida era uma loucura, ele era o amor simples que apareceu para mim. Caminhamos até o vestiário para parabenizar Gabriella, mas a cena que encontramos me deixou extremamente chocada.

Um vez me contaram que o momento mais lúcido de um jovem, e quando ele está entre a luz e a escuridão. Vendo de fora, o mundo parecia normal e até mesmo um tanto calmo, parecia que a luz do sol refletia a pele negra da garota a minha frente que soava frio e tremia ao bater de dentes, Gabriella nunca antes foi vista daquela forma, escondia entre as arquibancadas do jogo de futebol, do seu jogo de futebol que faltava exatos doze minutos para acontecer.

Aquele domingo, eu estava ansiosa para o meu primeiro encontro com Lucas e foi o mesmo domingo que conheci um mal chamado ansiedade, que era diferente da ansiedade que eu sempre senti, era algo que fazia as pessoas se transformarem em outras. A ansidade da Gabz foi descoberta aos 12 anos quando os pais da garota se separaram e ela junto da mãe foi morar em ciclovia pobre e perigosa, escassa de muitas coisas, inclusive saúde, seja mental ou qualquer outra.

Gabriella estava ofegante em plena crise de ansiedade enquanto todos a rodeavam a deixando ainda mais quente e ofegante, tensa e despreparada para aquele momento em que ela tanto falava, para ser vista por todos os olheiros que ela tanta desejava ser vista e reconhecida.

-Ei, ei. - João disse ao chegar correndo entre nós atrás das arquibancadas, ele estava com Nicole e Lucas e encarava Gabriella preocupado.

João colocou as duas mãos no rosto da garota a sua frente e susurrou para que ela focasse apenas nele, assim ela tentou fazer.

-Um dia minha mãe me disse que as vezes o medo tenta ser maior que a gente, mas você não pode acreditar que isso é verdade, porque não é . - Ele susurrou a fazendo assentir. - O medo tenta tomar contar do seu corpo, mas você é 90% Gabriella e 10% medo, você precisa se lembrar qual seu lado mais forte. - João diz fazendo os olhos da menina brilharem.

André se aproxima se agachando próxima a ela com Davi e Nicole do seu lado.

-Você não pode se esquecer que etária no campo e mostrar aos outros sua versão, mas só dentro de você exala um brilho porprio que so você é eu conhecemos. - Os olhos de João brilhavam.

Mabel | Reta Final.Onde histórias criam vida. Descubra agora