07. STEVE

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AVISO DE GATILHO: Esse capitulo contém trechos com temas sensíveis, que podem não ser confortáveis de ler (principalmente pensamentos suicidas, então por favor leiam com cautela, é um trecho pequeno, nada gráfico, mas ainda assim respeitem seus limites ❤)
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Aqui estou eu as 4hr da manhã, o que a insonia não faz não é... Esse capitulo é na maior parte bastante angust, mas era preciso (e vcs sabem que eu amo uma sofrência)

Boa leitura!

Staten Island era uma das partes menos populosas de Nova York, talvez uma das únicas regiões que não levasse a ferro e fogo a expressão "a cidade que nunca dorme"

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Staten Island era uma das partes menos populosas de Nova York, talvez uma das únicas regiões que não levasse a ferro e fogo a expressão "a cidade que nunca dorme". Os sapatos de Bucky Barnes ecoavam de encontro ao asfalto na rua vazia, algumas poucas lojas com seus letreiros luminosos estavam abertas, mas totalmente desertas e o único som que se ouvia era o de alguns trovões que cortavam o céu.

Todavia o homem de jaqueta e boné não pretendia comprar mais nada naquela noite, já havia gastado demais no celular na semana anterior e era o bastante. Seu destino era outro, um grande galpão onde pequenos depósitos eram alugados, Bucky segurava a chave entre os dedos metálicos cobertos pela luva negra, tinha começado a pensar que não era uma boa ideia ir até ali.

Talvez tenha se arrependido dentro do ônibus, mas resolveu se forçar um pouco mais, a conversa com Sam, a caminhada pelo Brooklyn e todas aquelas lembranças da semana anterior tinham feito com que seu coração doesse de saudade, um sentimento que Bucky tentou afastar durante aqueles dias, mas no fim ali estava...

Depois do longo corredor de portas metálicas exatamente iguais, encontrou o depósito certo. As chaves se reviraram uma vez mais em seus dedos e ele engoliu em seco.

Depois da partida de Steve, Sam havia lhe ajudado a guardar tudo — na verdade Sam tinha feito o trabalho sozinho, já que Bucky se recusou a mexer nas coisas de Steve — e então haviam alugado um depósito até que Barnes decidisse o que fazer com todas as coisas de seu antigo amigo.

Porém Bucky não tinha decidido nada e sequer abrira aquela porta uma só vez. Já tinha estado ali claro, talvez uma dezena de vezes, a chave sempre no bolso e coragem nenhuma pra entrar.

Mas aquela noite foi diferente, Bucky respirou fundo e abriu o cadeado, puxando a folha de ferro até que a porta de correr se abrisse totalmente. Encontrou o interruptor sem dificuldades e logo estava olhando para uma porção de coisas de Steve.

A motocicleta era a primeira coisa visível, estava bem perto da porta com o capacete no guidão e chave e documentos sobre o banco, foi quase surpreendente pra Bucky que Sam de fato tivesse arrumado aquilo direito.

Não haviam muitos móveis, a maior parte tinha permitido que fosse doada, apenas a antiga poltrona onde tinha se sentado ao lado do leito de Steve todas as noites estava ali. O restante estava em caixas, dezenas delas empilhadas por toda parte.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora