WINGS

4. Το γκράφιτι

NamJoon não gostava de seu emprego.

Pelo contrário, ele odiava ter que passar o dia enchendo o tanque de carros, convivendo com o cheiro forte de gasolina e constantemente ter que lidar com algumas pessoas mal-educadas, que insistiam em fumar (mesmo com perigo de incêndio), e em ficar bêbadas para dar trabalho aos frentistas.

Ele não aguentava mais essa rotina, mas era o preço a se pagar por fugir de casa sem ter concluído o ensino médio.

Porém NamJoon era extremamente inteligente, pois costumava estudar nas horas vagas. Por esse motivo, ele sabia mais coisas que muitos graduados.

Kim foi para casa assim que pode, encontrando-a incrivelmente arrumada. TaeHyung estava deitado no chão, enquanto segurava um pano e abraçava uma vassoura.

- TaeHyung, acorda. - NamJoon chamou, mas não obteve resposta - TaeHyung?

Kim TaeHyung abriu seus olhos, assustado, como se estivesse tendo um pesadelo anteriormente.

- Namjoon, tem algo de errado. Eu estava limpando tudo, quando caí de repente.

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TaeHyung estava estressado.

E, de alguma forma, NamJoon concluiu que seu desmaio fora em decorrência de ter viajado tão repentinamente. O motivo dessa viagem ainda era uma dúvida que guardaria para si, uma vez que não gostaria de invadir a privacidade de seu novo amigo.

Por isso, por sugestão do mais velho, os dois estavam agitando seus sprays, prontos para cometer um ato de vandalismo.

- Por que eu aceitei fazer isso? - TaeHyung indagou.

- Acredite em mim, ainda não pirei por isso. Essa é a minha forma de esquecer de tudo. - NamJoon explicou.

- E o que devo fazer? - o mais novo perguntou novamente.

- Apenas se solte. - o mais velho disse, e logo desenhou (ou tentou desenhar) o Pikachu na parede, personagem de um desenho que costumava assistir com frequência quando criança.

Naquele breve momento, Taehyung sentiu como se pudesse voar para qualquer lugar. Sentia-se livre como uma borboleta.

Sentiu-se tão emerso naquilo, que esqueceu da realidade de uma só vez.

Acabou por representar sua família, porém de uma forma diferente. Eram animais.

Sua irmã fora representada como um beija-flor, uma vez que este simboliza a vibração mais alta e suave da natureza. Batendo suas asas em média 90 vezes por segundo, era como sua ela, rápida e eficiente, nunca adiando o que pode fazer agora.

Sua mãe era um cisne, que representa a graça, a leveza, a fidelidade, a paz, a tranquilidade e a felicidade. Ela era a responsável pela base da organização familiar, por isso, quando ela se foi, a família não poderia mais ser considerada como tal.

Seu pai acabou sendo um corvo, pois este vive no vazio e não tem noção do tempo. Ele estava assim, antes de todo o ocorrido, graças à misteriosa morte de sua mãe. Além disso, o corvo simboliza o mau presságio.

Na hora de se representar, acabou por fazer uma serpente, já que está em constante mudança e precisa se adaptar a elas. Foi exatamente o que precisou fazer quando sua mãe morreu e quando matou seu próprio pai.

Foi ali que percebeu que era o único de todos que não tinha asas. Sentia-se aprisionado dentro de si mesmo. Não tinha a liberdade que sentira anteriormente.

- Estou me sentindo completamente humilhado. - disse NamJoon - Eu venho com um simples desenho do Pikachu e você chega com uma obra de arte digna de ser exposta no museu do Louvre.

TaeHyung começou a rir, mas logo parou, quando escutou sirenes ali perto.

- Droga. - NamJoon resmungou - Devem ter dedurado a gente. Precisamos correr. Agora.

Dito e feito. Ambos começaram a correr, e, em certo momento, precisaram se separar para despistar os policiais.

Correndo pelos becos, TaeHyung passou por um garoto que aparentava ser jovem, com mais ou menos a sua idade. Ele o encarou de uma forma estranha, o que não passou despercebido, mas mesmo assim continuou correndo.

Repentinamente, começou a sentir uma dor muito forte em suas costas. Tão forte que o fez desmaiar ali mesmo.

Aquilo com certeza não era algo normal.