Um anjo que desconhece qualquer sentimento humano cai do paraíso por sentir algo desconhecido por um humano que cativou seu ser e ele tem quatro estações para cativa-lo também.
#2 sobi: 22/05/2021
Iniciada: 18/01/2020
Tag no Twitter: #DouradoCeleste...
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— Você está bem? Se machucou? — perguntou me analisando em busca de algum ferimento, conseguia ver a preocupação estampada em seu olhar.
— Eu estou bem, desculpa isso não costuma acontecer, que bom que estava por perto hoje. — Sorri cordialmente a fim de tranquiliza-lo, me levantei rapidamente me recuperando do breve susto e tirando os fones de ouvido que por pouco não cairam.
— É, eu imagino que não. — Pronunciou, no entanto não olhava para mim e sim para uma das mesas vazias do refeitório, franzi o cenho visto que não tinha ninguém no local além de mim, olhei na mesma direção e não havia nada além do completo vazio mas Yoongi continuava a olhar furioso para o nada absoluto, parecia que iam sair faíscas de seus olhos. Eu não queria julgar ninguém, nunca fazia isso porém era completamente esquisito.
— Ehr...então o que você faz aqui ainda? Todos os outros alunos já foram embora a essa hora. — Mudei de assunto chamando sua atenção de volta a nossa conversa e seu olhar mudou em segundos de um mar revolto para uma superfície calma, deveria ser por essas reações estranhas que todos o achavam estranho mas eu apenas ficava curioso com cada peculiaridade que descobria. Talvez o louco na fosse Yoongi e sim eu por estar curioso por um completo estranho.
— Bom, nem todos, você ainda está aqui e parece ser um dos únicos, por que?
— Ah isso, alguns alunos ficam depois da aula como voluntários pra ajudar a limpar os refeitórios e a quadra.
— E por que você faz isso? — Nunca o tinha visto tão falante quanto agora e mesmo que fosse pouco, para o garoto cuja a voz eu não ouvi em três meses estudando juntos isso era demais, sequer o via falando com outros alunos na verdade mas ficava feliz que estivesse aberto a uma conversa.
— Eu não sei, sempre gostei de ajudar os outros, é algo que me deixa feliz tanto que criei essa iniciativa dos alunos se voluntariarem pra ajudar e mesmo que adolescentes não gostem de fazer essas coisas eu sou extremamente persuasivo quando quero.
— Mas é claro que é. — O garoto riu fraco olhando pros próprios pés.
— Quer ajudar? — Propus atraindo seu olhar de seus coturnos para mim pensando em o quão interessante seria ter uma companhia, era a oportunidade perfeita de conhecê-lo melhor.
— Eu nunca fiz essas coisas antes, como esfregar o chão e tudo mais.
— Bom, para tudo tem sua primeira vez, é divertido eu coloco música e finjo que é um baile ou o meu próprio show, dependendo do momento.
— Ainda fazem bailes? — Ele pareceu confuso ao me questionar.
— Não como antigamente, mas podemos fazer o nosso mesmo que com esfregões, aceita? — Perguntei estendendo não a mão mas sim um balde, não era bem um pedido convencional a se fazer mas era perfeitamente adequado ao momento fazendo ambos rirmos com a situação.