P.O.V's Gaby
Eu devo admitir que estou bem animada para chegar à praia, todos nessa energia deixa o clima mais leve, mesmo que o medo e o desespero esteja convivendo conosco. Dentro daquele mercado foi como se o mundo não tivesse acabado, é certo que nos comportamos como crianças, e nos arriscamos muito quebrando tudo por la, me senti envergonhada de fazer aquilo na frente dos meninos. Eu estava pensando e sei que o mundo acabou e deve ter muitas pessoas, ou seja, 90% do mundo desacreditaram em Deus, mas eu não. Não sei qual foram os motivos dele por isso acontecer e talvez eu nunca entenda, mas eu realmente acho que ele ainda esta com a gente, cuidando de nos, eu sei que muitas pessoas morreram e vão morrer, mas também sei que tudo tem um motivo!
Bom, prefiro não pensar muito nisso, deixo esses pensamentos de lado e me concentro na estrada que esta cheia de carros e pessoas dilaceradas por todos os lados, realmente aquilo parecia a cena de um filme. E aqueles caras? Bom eles estão viajando com a gente, eles podem ter nos prendido e apontado armas para o nosso rosto, mas nós fizemos o mesmo, porem eles são super legais. Ainda estamos meio receosos quanto a conversar, mas de vez em quando trocamos algumas idéias. Depois de duas horas estamos quase chegando faltam uns 10 km e durante esse tempo todo aquele menino, o Mikael, ele não parou de encarar a Alice. Ela já veio comentar comigo e se sente desconfortável e odeia isso, cada vez que ele á encara Alice arqueia a sobrancelha e olha fixamente, com uma marra no olhar, ele é muito bonito, e cada vez que eles trocam olhares eu acabo rindo, pra ela ficar tranquila falei que não é todo dia que se vê uma pessoa com um olho de cada cor e deve estar a olhando só por isso. Provavelmente vão se aproximar, Alice sempre gostou de pessoas que a desafiassem de um jeito bom é claro e ele parece propicio para este trabalho. Mikael parece um bom garoto.
—Estamos quase chegando. Alice troca de lugar com o Arthur pra me mostrar aonde é a casa — Pede Guilherme.
—A casa? Bom...Eu sempre caia no sono no caminho pra cá...
—Você sabe aonde é né? — Ele a encara.
—Acredito que sim...
—Bom qualquer coisa a gente invade outra casa. — Eu digo.
—Sim, mas meu avô guardava algumas armas lá, se não me engano. — Diz Alice.
—Então precisamos ir lá.
—Sem querer me intrometer... — Mikael faz uma pausa quando ouve Alice murmurar alguma coisa que todos entendemos "você já se intrometeu". — Bom... Eu estava dizendo que deveríamos ir a alguma delegacia ou em algo relacionado a policia ou a armas...
—Iremos, assim que nos firmarmos, todos têm medo de sair livremente ainda, tudo é letal agora, não é? — Alice diz.
—Sim...
Alice se desloca pela van até chegar ao banco do passageiro e troca de lugar com Arthur que vem pro meu lado, com certeza mal intencionado, eu preciso terminar com ele o mais rápido possível.
Depois de algum tempo rodando, entrando em ruas sem saída, conseguimos achar o local, por surpresa ainda restou um pouco gasolina, Arthur, Ana e Flávio foram atrás de um posto de gasolina para abastecer caso precisássemos fugir as pressas.
Eram varias casas, não só uma como imaginávamos, mas todas dentro do mesmo portão. As casas eram dispostas em um L dentro do terreno, eram pequenas e todas pintadas cada uma de uma cor diferente, Alice nos explicou que tinha cinco tios e duas tias cada um tinha uma casa aqui, inclusive seu avô, sua casa era em um tom de amarelo, ali havia nove casinhas coloridas. Uma coisa que achei super interessante assim cada um poderia ter a sua mais para frente, já é uma comunidade!
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We Will Survive, My Love.
Tienerfictie[Contém gatilhos, abusos físicos e mentais, violência descrita, morte... Preserve sua saúde mental.] "Tudo parecia em ordem. Após o grande surto de uma doença que transformava os seres humanos em canibais, as organizações envolvidas tomaram a atitud...