Capítulo 38: Tati vs Valente parte 2

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Centro
Valente flutuava e brilhava como seu pai, Lúcio. Pássaro Negro Ardente fazia o mesmo, só não brilhava. Mas conjurava rajadas pirocinéticas extremamente poderosas que entravam em contato com o escudo de força de Valente.
- É agora. Esse é o sinal. Cris vá. Nós vamos atrás. Resgataremos Tati da face sombria. - diz Samirinha.
Cris sai do esconderijo. E dispara também ataques pirocinéticos contra Pássaro Negro Ardente. Depois de ter tido uma pequena rixa contra a versão futurista de Valente, o mínimo que Cris poderia fazer era ajudar o jovem atual a lutar contra uma das mutantes mais poderosas.
Valente observou Cris e sorriu. Pássaro Negro Ardente olhou e viu que havia certo companheirismo ali. Parou o ataque.
- Agora eu entendo. Vocês dois são os mutantes que tentaram me impedir na ONG, não? O que querem? Sofrer mais uma vez? - diz a Pássaro Negro Ardente.
- O que queremos? O que queremos é a nossa amiga de volta. Queremos a Tati de volta. - responde Cris, convicto que a amiga ainda estivesse escondida debaixo daquela máscara do mal do Espírito de Fogo.
Do nada, Pássaro Negro começa a levar as mãos na cabeça.
- Não, Não! - diz Pássaro Negro sentido fortes dores mentais.
- O que está acontecendo? - pergunta Samirinha, saindo do esconderijo junto com Eugênio
- Parece que Tati está tendo um conflito mental entre sua face boa e sua face má do Espírito de Fogo. - responde Eugênio.
- Acho que agora seria uma boa chance de atacar. - diz Cris. Mas antes de fazerem algo, a Pássaro Negro Ardente já estava de volta.
- Vocês acham que podem recuperar sua amiga? Não. Agora eu derrotarei vocês e depois eu destruirei Amael, e reinarei sobre o Universo inteiro.
Pássaro Negro mostra agora uma nova habilidade. Ela praticamente absorve toda a forma de vida que existe, dizimando todo o território do Centro da capital carioca.
- O que é isso? - diz Cris.
- Ela está absorvendo toda e qualquer forma de vida, para ficar mais forte. - responde Samirinha.
Eugênio, exausto de tanto sangue, se aproxima da Pássaro Negro e grita.
- Já chega Tati. - Valente criou um escudo super potente enquanto Eugênio gritava no meio do caos. - Eu sei que você pode me ouvir. Eu sei que você está aí. Valente abaixe o escudo.
- Você enlouqueceu? Você quer morrer? -diz Valente.
- Eu faria qualquer coisa, até me sacrificar pela mulher que amo.
Quando ouviu isso, Tati começou a se agitar novamente, colocando as mãos na cabeça e entrando em conflito consigo mesma.
- Eugênio. Me salva. -diz Tati, não a Pássaro Negro, mas a sua Tati.
Com sua força amorosa falando no lugar de seu poder mutante, Tati controla a situação. Eugênio se aproxima, sobe a pilha de carros e fica de frente com o rosto de Tati, ainda como Pássaro Negro Ardente, mas com a voz doce da menina.
- Eu te amo, Tatiana. - ele diz.
- NÃO!
De repente, Tati volta a ter a consciência da Pássaro Negro Ardente que conjura um raio roxo de sua mente que repele Eugênio e Valente ao mesmo tempo fazendo-os cair na base da pilha.
- Vocês não terão a Tatiana de volta. Eu sou poder que ela precisa. Não a face boa do Espírito de Fogo. - diz Pássaro Negro.
- Ah. O que foi isso? - pergunta Valente. Eugênio, por causa do impacto, acabou desmaiando.
- Rajada psiônica! E ela não acabou. - diz Samirinha.
- Morram, jovens mutantes.
Pássaro Negro Ardente conjura outra rajada psiônica, mas dessa vez, seu ataque é interceptado por Valente. Cris e Samirinha tentavam reanimar Eugênio.
- Temos que levá-lo. - diz Cris.
- Mas só depois de vencer. - responde Samirinha.
A batalha estava no seu clímax. Valente se defendia do ataque da Pássaro Negro Ardente, e ela, apesar de poder ilimitado já estava cansando. De um lado a sede de poder, do outro o coração de amor da Tati. Valente tinha também percebido isso, que as duas caras do Espírito de Fogo batiam de frente no consciente da Tati. Se ele reverter o ataque na mente de Tati, poderia destruir a face maligna que o Espírito de Fogo conseguiu. Com uma nova esperança, Valente começa a flutuar. Por causa da barreira que bloqueava o ataque mortal da Pássaro Negro, a pele de Valente começava a se desmanchar e seus músculos e ossos quase apareciam, mas com o dom da regeneração espontânea (ou imortalidade), Valente se mantinha vivo e, claramente, resistente.
- Realmente, como seu nome rapaz, você é muito valente. Que fique escrito na história da Terra como sendo o jovem que morreu com valentia.
O poder da rajada psiônica aumentou severamente, mas Valente se mantinha forte.
- Que a força do amor vença, que o brilho da justiça me dê seu poder, e que o bem triunfe! AGORA! - grita o jovem.
Valente reverte todo o poder da rajada psiônica no cérebro de Tatiana, fazendo-a entrar em conflito com ela mesma.
- AAWAHHH! QUE DOR É ESSA?
De repente o choque parecia estar surtindo efeito. A Pássaro Negro começava a se agitar loucamente. Enquanto que uma forte ventania tomava o local. Ela revirava e se contorcia de dores e mais dores. Então do cérebro dela saiu algo como um fogo negro que rondava todo o local.
- Samirinha, Cris. Agora!
Os três mutantes conjuram uma rajada eletromagtopirocinética, que destrói o espírito mal que possuiu o Espírito de Fogo, por conseguinte, Tatiana.

Cris e Valente sobem a pilha de carros e veem que Tati tinha voltado ao normal. Eles descem com ela e Samirinha tenta reanimá-la.
- Tati? Tati? - Samirinha sente o pulso dela. Que ainda batia, mas de maneira fraca.
- Ela vai ficar bem? - pergunta Valente.
- Ela precisa ser reanimada. Clarinha pode resolver isso. - diz Samirinha.

Consciente de Tati
Tati estava de volta. Eis que o Espírito de Fogo, na forma de um pássaro flamejante passa perto dela.
"Minha amiga Tati. Viva. Eu preciso da sua ajuda" - diz.
Ele sopra um jato cálido, que penetra na alma de Tati.

Foi então que de repente, Tatiana acorda.
- Ah! - ela se espanta. Dando de cara com sua irmã Samirinha, Cris e Valente.
- Ela tá viva. - diz Cris.
- O que aconteceu? - pergunta Tati.
- É uma longa história. Mas foi ruim. - diz Valente.
- O que é essa destruição? Fui eu que... Eu fiz alguma coisa? - pergunta Tati.
Cris, Samirinha e Valente não respondem nada. Então ela eleva a voz.
- EU FIZ ALGUMA COISA?
- Você fez mais do que uma coisa. - diz Valente. Cris carregava Eugênio nas costas. Desmaiado, mas para Tati, parecia estar morto.
- EUGÊNIO! NÃO. Não Eugênio!
- Calma. Ele está bem. Só está desmaiado. - Samirinha volta para Valente e Cris. - Vamos voltar para o barranco. Clarinha pode cuidar do Eugênio.
- O que houve com a ONG? - pergunta Tati.
- A ONG foi destruída. Pela Pássaro Negro. - diz Valente.
Tati ficou completamente abalada. A destruição que causou, o ataque aos seus amigos, a "quase" morte do seu amor. Isso a fez se questionar se ela realmente poderia salvar a Terra de Blaze. O que será reservado para ela depois de destruir quase tudo que amou?

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