Os Mutantes: Espírito do Amor

Capítulo 43: Asas e nuvens

A liga do bem já embarcava para ir a São Paulo, mas Ângela não gostava de aviões.
- Por favor levem as minhas coisas, sim? -pede Anjinha.
- Mas Anjinha, você não vai com a gente? -diz Tati.
- Eu prefiro voar sozinha. -diz Anjinha.
- Mas Anjinha, todos nós vamos juntos. Se você ficar fora, talvez você nem acompanhe o avião. - diz Eugênio.
- Geninho, você sabe como me sinto no céu, não sabe? -diz Ângela. - Quando estou voando, eu me sinto em casa.
- Você tem certeza disso, Anjinha? E se você se cansar? -diz Beto.
- Eu ficarei bem. - diz Anjinha.

Enquanto isso, a liga do mal se reunia outra vez no seu convento abaixo do morro do Pão de Açúcar.
- Será que dessa vez a gente pega eles? - pergunta Draco.
- Com certeza meu velho. Mal posso esperar pra dar o troco naquela metida Tatiana. - diz Telê.

Aeroporto
- Duas passagens primeira classe. - diz Rony.
- São R$5000. - diz a moça da recepção.
- Cinco mil? Rony quanto você tem? - diz Samirinha.
- Não tô entendendo. Todos nós vamos na segunda classe e vocês dois tem que ir na primeira por quê? - pergunta Tati.
- É simples, eu só quero passar mais tempo com a minha bonequinha. - diz Rony. Samirinha pega a mão dele e ri.
- Olha como você trata essa bonequinha hein Rony? - diz Beto sério, de tal modo que paralisou Rony.

No avião a liga(ou boa parte dela) sentado nos assento apenas vendo as nuvens.
- Gente. Cadê a Anjinha? - pergunta Vavá.
(Música Sonho de Ícaro -Ricky Vallen/Biafra)
A liga sabia que Ângela gostava de voar por isso não foi no avião. No céu, a jovem manifestava suas asas banhadas pela luz do sol.
Embora Ângela tinha uma pele tão branca quanto seu nome, ela não é imune aos raios solares e isso poderia ser perigoso, mas ela não estava nem aí.

Fugir meu bem pra ser feliz
Só no pólo sul
Não vou mudar do meu país
Nem vestir azul
Faça o sinal cante uma canção
Sentimental em qualquer tom
Repetir o amor já satisfaz
Dentro do bombom há um licor a mais
Ir até que um dia chegue em fim
Em que o sol derreta a cera até o fim
Do alto coração mais alto coração...
Anjinha dançava suas asas com as nuvens e com seu amigo o Sol. Tanto que parou na janela da cabine do capitão.
- Olá. - dizia ela pelo vidro.
- Olha, um anjo. - dizia o capitão por dentro.

Enquanto isso, Rony e Samirinha estavam no maior agarramento na primeira classe, que é bem pouco acessível. Ele a beijava no pescoço enquanto ela arranhava suas costas, por cima da camisa manga curta preta sob a jaqueta.
- Ai, ai. Rony...
- Que foi, boneca? Estou sendo muito apressado? - perguntei.
- Não é isso. É que você parece me levar mais alto que esse avião quando beija o meu "ponto fraco". - diz Samirinha.
- E onde é? Aqui? - ele lambe o pescoço dela o que a faz rir. Ele aperta sua coxa e vai mais, até que...
- Calma Rony. Você tá muito apressado. - diz Samirinha.
- Eu sou louco por você Sami. Você sabe disso. -diz Rony.
Samirinha se encantou.
- Você se declarou pra mim? -ela disse sorrindo. Rony não era desse tipo, mas confirmou.
- Eu poderia gritar da janela desse avião e dizer: SOU LOUCO POR VOCÊ SAMIRA. - diz Rony.
- Como você é cafajeste né Rony? - diz Samirinha mordendo o lábio.
- Minha boneca gostosa. - diz o Magister.
- Meu boneco gato. Vem cá. - Samirinha se atraca com Rony e dois vivem um romance entre as nuvens.

Enquanto isso Anjinha voava com o avião, até que ela estava se sentindo bem, ela não tinha problema com o ar nem com o bater de asas. Juntos, os mutantes voaram de volta ao Guarujá.