Capítulo V: Validação e Insegurança.

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Há diversos tipos de validação, sejam elas pessoais ou sociais, as mesmas sempre nos destroem por dentro.

Em um grupinho, aqueles onde você está ao redor para conhecer novos amigos, você espera a validação deles que para possa fazer parte de tal ajuntamento.

Mas, afinal, por que ser válido a alguém é tão importante? Por que a aprovação de outra pessoa importa mais de que sua própria auto aprovação? Por quê?

Lembro-me de que, ao começar a tentar me comunicar com meus novos colegas de classe( que, hoje em dia, são meus melhores amigos) levava em conta seu fluxo de influência, se iam ou não gostar de mim, o que pensariam, o que deveria fazer, e era tudo, tudinho, o que mais me desmantelava e assolava.

"Será que vão gostar de minha carequinha azul?" Pensava e re-pensava. A frase transitava em minha mente abrindo uma janela de insegurança enquanto estava deitada em minha cama olhando para meus cintilantes e florescentes adesivos de borboletas azuis colados no teto.

"O que vão pensar? E se não gostarem de mim? E se eu parecer estranha ou mal-educada?" Meu autojulgamento se tornava cada vez mais forte.

Então, foi aí que comecei a escrever em você( diga "olá" à mamãe, Bubble, ela sempre o lê, mesmo que seja escondido) e parei para pensar sobre o assunto.

O que tirei de conclusão foi: O que você pensa e faz, automaticamente, irá se transformar em coisas que os outros farão por você", ou seja, a única opinião que realmente é válida, é a sua.

O que você faz por você, não por indivíduos alheios em seus próprios universos, mas sim para seu próprio bem, refletirá em como vão lhe tratar. E, em relação a sempre querer ser agradável e nunca fazer o que realmente quer para agradar a alguém, sinto em informar, mas há duas resoluções para isso:

primeira resolução: Você nunca, jamais, vai agradar a todos e isso é um fato. Por mais que tente, a pessoa da qual tanto tenta proteger, cativar e amar, uma hora ou outra, irá se magoar, é a lei das borboletas.

Segunda conclusão: O que pensam sobre você, não é, de forma alguma, de jeito nenhum, algo que deve ser agregado em sua vida. Então, sim, pessoinha linda que está a ler meu devaneio, você não deve viver pelos outros, mas por você.

Se você gosta de vestir roupas completamente coloridas, as vista. Se gosta de seus cabelos desgrenhados, use-os assim. Se você gosta de seus pêlos, não os raspe para que tenha de se validar, não vale a pena.

A sociedade é como uma caixinha de fósforos, nela você pode ser ar(riscada) e causar um grande estrago, então é bom tomar cuidado.

Quando for lê-lo novamente, pois sei que vou, aqui fica meu recado: Fillipa, Pipa, Pipi, Pipinha, Laria, Lipa, Borboletinha italiana azulada, carequinha, você é válida. Não válida aos outros, a opinião deles não importa, mas válida a você. Não tente agradá-los, mas agrade a si mesma. Não tente entendê-los, se entenda. Não tente não magoá-los, poupe-se. Se poupe, me poupe e nos poupe.

Se respeite, menina! Se respeite! Resguarde-se. Seja uma aberração.

Aberrações, no sentido literário da palavra, significam "algo muito estranho, bizarro".

Estranho, bizarro. Sou ambas as coisas: Estranha, visto que, algo "estranho" é apenas mais um adjetivo que caracteriza algo extraordinário e desconhecido. Bizarro, por conseguinte, ocasiona em algo diferente, algo que sou.

Não preciso da aprovação de ninguém, nem você, aí do outro lado de meu companheiro de surtos, precisa.

Ciao, Bubble. Fino a domani non sappiamo come sarà.
-Pipinha. <3•

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