prólogo

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Era um começo de noite agradável, estavam bem ali presenciando a hora mais bonita do dia, aquela que muitos chamam de "golden hour", que é o momento em que o sol vai se pondo e o céu fica lindo em tons rosados e alaranjados. 

Donghyuck e seus pais, Doyoung e Taeil, estavam indo ao Mc Donalds para comemorar o aniversário de cinco anos desde que haviam adotado Hyuck.

 Era um dia muito especial para os três, pois para o garotinho Moon, fora quando se sentiu com o coração quentinho pela primeira vez em sua curta vida até então. Seus pais adotivos eram dois homens de coração enorme, os quais lhe deram todo o amor e carinho que não teve anteriormente. 

Já para Doyoung e Taeil, foi o dia em que finalmente puderam levar aquela criança tão preciosa de olhinhos brilhantes para que pudessem lhe cuidar e amar.

O casal havia passado por tempos sombrios por conta de Doyoung não ter tido a aprovação de seus pais para que se casasse com Taeil. Eles afirmavam que ele tinha de se casar com uma mulher, como esperado.

 Doyoung acabou muito deprimido por dois longos anos após seu casamento... Foi então que decidiram adotar uma criança para dar ânimo à casa e para preencher o vazio que havia em seus corações.

— Aumenta o som! — Donghyuck pediu todo animado ao que escutou uma de suas músicas favoritas tocando no rádio. "Heroes" do David Bowie.

Ele e Taeil cantavam alegremente, enquanto Doyoung ria de ambos pois os dois pareciam super empolgados, com direito até mesmo a performance com caras e bocas, até cair na cantoria também. 

We could be heroes! Just for one day!

— Eu amo tanto vocês que meu coração chega a doer. — Doyoung disse todo sorridente, os olhando com todo o amor do mundo em seu coração.

— Acho que nunca estive tão feliz como sou ao lado de vocês dois. — Foi a vez de Taeil dizer. Donghyuck, no banco de trás, simulava um barulho de vômito. 

Ficaram num silêncio agradável enquanto ouviam o finalzinho da música naquele instrumental que adoravam tanto.

Foi tudo muito de repente. O carro perdeu o controle e Taeil teve de virar o volante completamente para que não batessem de frente num carro que vinha na outra direção.

O carro dos Moon girava pela pista enquanto todos ali ficaram em estado de choque, com os olhos arregalados enquanto aquilo não acabava.

Doyoung se apressou em segurar a mão de seu marido com força antes do impacto fazê-lo apagar completamente.

Donghyuck arregalou seus olhos quando finalmente os abriu novamente. Era o único ali consciente. Olhou para trás e pôde ver outro carro ao lado esquerdo, havia feito um enorme estrago em ambos os veículos, que saíam fumaça.

Foi quando sentiu o peito apertar e não conseguir mais respirar. Seu carro estava completamente amassado do lado esquerdo e pedaços de vidro haviam voado em sua direção durante a batida.

O garoto havia voado de encontro com a porta no momento da batida pois seu cinto de segurança estava frouxo demais. Para sua infelicidade havia batido a cabeça, que foi o resultado dele ter ficado apagado por alguns minutos.

— Pai? — Ele chacoalhou o braço de Taeil, porém não obteve resposta, então fez o mesmo com Doyoung, ainda sem resposta.

O adolescente então abriu a porta direita e caiu para fora do carro, sentindo uma dor infernal nas pernas, sentia que ia morrer. Ele levantou sua cabeça e teve a visão do carro logo ao lado, que bateu no lado do carro deles.

O motorista estava do lado de fora com o celular na orelha, enquanto no passageiro havia um garoto desacordado com a cabeça sangrando.

Tentou dizer alguma coisa ao homem, que estava tão atônito que nem o notou saindo do carro. Abriu a boca e fechou novamente. Nada.

Passou a mão pelos bolsos da calça, buscando a bombinha de asma, porém não havia nada ali.

Após tanto tempo parecendo estar sendo sufocado, Donghyuck acabou apagando completamente, no meio da rua.

boys will be bugs ; markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora