Drunk In Love - Supercorp

Capítulo 20

losing me - gabrielle aplin

Kara leu a mensagem de Lena pela milésima vez aquela manhã e cada vez que o fazia se sentia pior.

Lucy tinha razão? Estava fugindo por medo?

— Olhar não vai mudar as coisas, precisa ir falar com Lena.

Olhou para Winn, ele tinha dormido em seu sofá e invadiu seu quarto a primeira hora da manhã dizendo que precisa levantar tomar um banho, um café e ir atrás de Lena.

Fácil opinar quando não eram eles a terem os conflitos que carregava dentro de si.

— E dizer o que? Que sou uma louca que fica baseando nosso relacionamento nos dos meus pais? Que fiquei apavorada quando ela me convidou para ficar na casa dela? Ou que a larguei no aniversário?

Winn tirou a xicara da sua frente.

— Kara eu vou dizer algo que não pretendo repetir nunca mais então escute com atenção; Eu sempre admirei você, sempre admirei sua determinação e o seu jeito livre de viver a vida, principalmente a forma apaixonada como se dedica ao que ama. — Winn raramente falava sério sobre algo, especialmente com ela, então dedicou a ele total atenção. — É completamente estranho ver uma mulher tão determinada se deixando abalar por uma situação que poderia ser conversada com Lena. Se não quer viver com ela, ou apenas deixar uma muda de roupa lá, se isso te faz se sentir sufocada diga a sua namorada como se sente.

Lagrimas brilharam nos olhos azuis.

— Estou apavorada com tudo que sinto por Lena, ontem Lucy me disse coisas que são verdades. Eu estou arrumando desculpas pra fugir porque me apavora acabar como meu pai, me apavora depender de migalhas do amor de alguém. — Apertou a camiseta contra o peito. — O que sinto por ela é tão forte Winn que me faz morrer de medo.

Winn deu a volta na mesa e segurou Kara pela mão.

— Pois vá até a casa de Lena e diga exatamente isso a ela, Lena é sua namorada se não pode se abrir com ela vai fazer isso com quem? Relacionamento é confiança em também poder demonstrar suas inseguranças, ninguém é forte o tempo todo e ninguém quer estar com alguém que se entrega pela metade. Lena parece ser o tipo de mulher que sabe o que quer e ela quer você, e quando digo você, estou falando do pacote completo.

Kara fungou.

— E se ela não quiser me ver? Eu a deixei no aniversário dela Winn, quem faz isso?

Winn pegou a xicara de café e franziu os lábios.

— Alguém burro, sem ofensa, mas pode concertar as coisas se quiser. — Segurou Kara pelo braço. — Não é sua mãe e muito menos seu pai e quando entender isso vai poder viver por inteiro.

Kara se voltou e puxou Winn para um forte abraço.

— Isso também nunca vai se repetir; abraços entre nós dois é proibido.

Winn gargalhou e Kara sorriu sentindo no coração alivio.

(...)

Tocou uma, duas, três vezes o interfone, mas todas elas sem nenhuma resposta.

Olhou a hora, talvez Lena estivesse dormindo.

Abriu a mochila marrom para pegar o celular e discou o número de Lena e estava prestes a chamar quando a vizinha de Lena acenou.

Não era hora de fazer política da boa vizinhança, mas sorriu e caminhou até a mulher.

— Tentando falar com Lena?

Assentiu tentada a responder uma pergunta óbvia com ironia, mas engoliu o mau humor.

Era a única culpada, ninguém mais.