Kara estava na cama, procurando algo para ver na televisão. Lena havia acabado de separar roupas e apetrechos e entrar no banheiro.
Dois minutos depois a porta se abriu e uma Lena furiosa, enrolada em uma toalha, mas ainda seca, saiu do banheiro e parou no batente da porta, o rosto rubro.
– KARA!
Como se kara não tivesse reparado em uma linda mulher enrolada em uma tolha no próprio quarto.
–Hum? – respondeu, reunindo toda a má vontade que conseguia.
–O que... significa... aquela calcinha pendurada no registro do chuveiro? – perguntou Lena, à beira da histeria, tentando conter a fúria.
Kara havia se esquecido – ou não – de que ela era maníaca por organização.
–E que significado oculto tem de ter uma calcinha no banheiro? – perguntou Kara de volta, se divertindo ao vê-la ficar ainda mais vermelha.
–Você entendeu muito bem! – exclamou Lena. – Por que aquela calcinha inútil está pendurada lá?
–Porque eu a deixei lá.
Lena piscou, o rosto de repente perdendo a cor. Imaginou Kara enforcada, pisoteada, com dois tiros no crânio, na cadeira elétrica, sendo arrastada na arena romana, amarrada sob um trem a 200 km/h, destroçando-a e a mutilando.
- Ok, se acalma, Lena. – Ela disse a si mesma. – E eu sou obrigada a conviver com suas calcinhas?
–Bem, não. Mas você pode ignorar ela e tomar seu banho tranquilamente. Ela não vai te morder.
Lena quase rosnou de raiva.
–Eu vou ser educada. Por favor, tire aquela peça infame de roupa do registro do chuveiro antes que eu bote fogo.
Kara arqueou as sobrancelhas, surpresa.
–Que seja – e se levantou.
Passou por Lena ao entrar no banheiro – mas ela se esquivou para seus braços não se roçarem -, pegou a peça infame de roupa e fez uma reverência para Lena entrar no banheiro.
Lena pensou ter ouvido uma risadinha antes de bater-lhe a porta na cara.
X---X
Quando ela saiu do banho, Kara já não estava no quarto.
Kara estava na cozinha, olhando fixamente para algo dentro da geladeira. O Roteiro estava sobre a mesa da copa e Lena leu o próximo item.
4º – Dividir a mesma taça de sorvete.
–Argh – murmurou Lena, indo até a geladeira. – Por que você está a tanto tempo olhando p...
Lena estacou, a pergunta sendo imediatamente respondida.
Não era um sorvete normal.
Estava em uma linda taça cor de rosa, parecia ser de flocos, decorado com coberturas em vários tons de rosa, corações de chocolate, morangos, cerejas, amoras, mini quadradinhos de chocolate, chocolate granulado e um lindo guarda-chuva de papel rosa espetado graciosamente.
Como se fosse necessário havia um cartãozinho:“O Sorvete Do Amor! Mas não se preocupem, não há nenhuma poção do amor nele.
P.S.: Há colheres na terceira gaveta.”
–Uau – disse Kara, tirando o sorvete da geladeira. Havia quatro bolas perfeitamente redondas.
– Eles capricharam na decoração – comentou Lena, amassando o cartão e o jogando no lixo. Na terceira gaveta havia duas colheres de prata com um coração em baixo relevo na ponta.
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The Experiment
RandomUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...