parte 7

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Lena vestiu um biquíni azul, colocou um vestido de praia branco bem leve com detalhes em cores primárias na barra, uma rasteirinha de palha, um rabo-de-cavalo mais baixo e... voilá! Ela estava pronta. Preparou uma bolsa com toalha, óculos de Sol e várias outras coisinhas e a pendurou no ombro.

Estava descendo as escadas quando emparelhou com Kara que a olhou de alto a baixo.

–Achei um guarda-sol na despensa. Não me pergunte o que ele estava fazendo lá – disse Kara, passando por ela.

– Te espero lá em baixo – Lena acrescentou.

Kara assentiu, observando-a descer as escadas.

x---x

Lena gostaria de dizer que o primeiro pensamento que ela teve foi de repulsa, nojo, ou que ela tivesse gritado, ou simplesmente a ignorado.

Mas não podemos mudar os fatos, e a primeira coisa que ela pensou quando viu Kara descendo as escadas usando um biquíni preto, foi: Uau.

Claro que, um segundo depois ela se arrependeu do próprio pensamento, mas não importa.

A questão física, lembrou-se Lena. Mera e puramente física.

–Vamos? – chamou Kara, alheia aos debates mentais de Lena.

Lena a seguiu até a praia e observou enquanto Kara fincava o guarda-sol de palha trançada na areia. Kara estava bronzeada, refletiu Lena inconscientemente.

–Hum, pelo menos ele não é rosa choque nem tem pompons – observou Kara em relação ao guarda-sol, enquanto Lena esticava a toalha de praia no chão e colocava a bolsa por cima.

–É – concordou Lena, soltando o cabelo.

–Você vai ter que entrar na água – disse Kara, como se a ideia houvesse acabado de lhe ocorrer.

–Eu sei – respondeu Lena, dando de ombros.

Kara tirou a parte de cima do biquíni e a jogou de qualquer jeito sobre a toalha.

- O que? – Lena disse assustada.

- O que, o que? – Perguntou Kara sem entender.

- Você... – Lena começou a dizer.

- Eu gosto de ficar a vontade na praia. – Disse Kara. – E de qualquer maneira, é uma praia deserta...

Lena rolou os olhos e pegou a parte de cima do biquíni de Kara, a dobrando em seguida e colocando organizadamente ao lado da bolsa.

–Primeiro você prepara meu café da manhã, agora dobra minhas roupas – enumerou Kara. – Devo ficar assustada?

–Deixa de ser engraçadinha, ou eu enterro esse biquíni na areia.

Kara avaliou as probabilidades e viu que Lena falava sério, então se limitou a um “vamos logo”.

Lena tirou o vestidinho, um pouco constrangida por Kara estar olhando. Levantou-se, descalçou as sandálias e começou a descer até o mar, para onde Kara a seguiu.

Lena entrou até o calcanhar.

–Está gelada.

–Eu sei. Está calor – justificou Kara, indo à frente dela.

–Esses cientistas não têm mais o que fazer – murmurou Lena, seguindo Kara. A água estava em seu quadril.

–Pare de reclamar ou eu te afogo – ameaçou Kara.

–Você é hilária – disse Lena, quando a água chegou até sua cintura. Kara continuou entrando. – Ei! Aonde você vai?

–Vamos até o fundo – chamou Kara, a menos de dois metros dela.

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