Capítulo 35 - Sequestro: parte 1

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Depois do restaurante, a Cris vai embora e os meninos insistem que eu vá junto. No começo eu não tinha entendido, fiquei bem chateada, e quando eu estava saindo o Mark veio até a mim dizer que tinha uma sasaeng lá fora.

-A gente tava junto esse tempo todo e não teve nada, agora quer que eu vá embora, praticamente me expulsando, por causa de uma pessoa sem ter o que fazer? - digo indignada

- Sim. - ele responde

-E vocês vão embora com quem? - pergunto preocupada

- Eu já liguei pro pessoal da empresa.- ele responde-  Não queremos que ela saiba que você está com a gente, ela pode te machucar.

- E você sabe quem ela é?

- Sim.

-Então me mostre. Eu à distraio para vocês saírem, ou, dou logo um murro na cara dela e digo um monte de coisas. - digo como se isso fosse resolver todos os problemas.

-É melhor você não saber quem é. Por favor vai pra casa e quando chegar avisa.

- Está bem.

Desvio o meu olhar pra mesa, onde os meninos estão, cubro o rosto e saio.
Na saída fico procurando discretamente a sasaeng e não encontro ninguém suspeito.
Decido ir andando para o meu apartamento, resmungando, até que encontro um rapaz sentado no chão chorando.

- Você está bem? - me aproximo

- Sim. - ele responde.

De repente, sinto alguém me agarrar por trás.

- ME SOLTA! - dou uma cotovelada na pessoa e corro pela rua- SOCORRO! SOCORRO! - fico gritando.

A rua está deserta. Olho para trás, mas não vejo ninguém atrás de mim.
Passa um casal na moto, peço ajuda e eles ignoram. Depois vem um carro, me jogo em sua frente e ele para.

- Me ajuda. - são minhas últimas palavras que digo antes de desmaiar.

Quando me aproximei da janela do carro, o vidro se abaixou e a motorista sorriu. Lhe pedi ajuda, mas senti uma forte pancada em minha cabeça.
Quando acordo está tudo escuro, estou amarrada em uma coluna.
Escuto vozes.

- Vai verificar se ela acordou.

- Ah, eu já fui duas vezes. Vai você agora.

É a voz de um homem e uma mulher.
Uma luz é acessa, clareando apenas o espaço onde estou.

- Quem são vocês? - pergunto com a voz trêmula- Por favor, me deixem ir.

- Não interessa quem somos. - a mulher diz.

- O que vamos fazer com ele Li? - o homem pergunta.

💭Então o nome dela é Li.💭

- Vamos dar um fim nela. - ela acende o resto das luzes, me permitindo ver seus rostos.

Pelos traços, são coreanos. O homem é o que encontrei chorando, mas a mulher é a motorista do carro que parou.

- Um fim?!- me desespero- Eu nem conheço vocês, nunca fiz nada para que me prendam.

-Você roubou o Jackson de mim! - ela se aproxima, furiosa e aperta o meu pescoço.

- Para...- minha voz falha e não consigo me defender

- PARA! - o homem a tira de perto de mim

- O que você quer John?

- Temos que deixá-la viva. Se esqueceu do trato?

- Eu não lembro de ter feito trato com ninguém. - me olha ainda furiosa

- Eu não vou deixar você matar ela, eu deixo você bater mas matar, não! O trato foi que eu ia te ajudar a sequestra- lá, trazer ela pro porão e receber o pagamento. Mas o pagamento só acontece se ela estiver viva.

- Então vou bater nela. - sorri.

- Não! Por favor me deixe ir e eu não digo nada a ninguém!

- É toda sua. - ele diz dando as costas.

- Eu lhe pago o dobro do que estão te oferendo. - tento convencê-los.

-Eu não quero o dinheiro.- ela responde deixando clara a sua vontade em me machucar.

- 100 mil dolares? - ele pergunta interessado

- Até 300 mil se quiser. - respondo e ele sorri com aprovação


-  Até que não é um mal negócio. - diz.

A nossa atenção é desviada para um carro que chega no local.

- Ela chegou. - a Li diz para o John e os dois se recompõe.

O carro para e desce uma mulher, toda de preto da cabeça aos pés, ela se aproxima e tira o lenço do rosto.

- Não acredito. - digo surpresa.

Um Amor EstrangeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora