Caso de uma noite

317 42 93
                                    

•●•●•

Depois de passar na delegacia Layla seguiu para seu apartamento, não muito longe dali. Jones havia dito que passaria para pegá-la para irem juntos ao bar do Joe.

O prédio de Layla ficava bem no centro da cidade, ao lado de alguns restaurantes e pontos comerciais. Ao passar pela portaria Layla pegou as chaves na recepção, sendo orientada que seu apartamento era no quinto andar.

Layla optou por um quarto simples, mas já mobiliado para não ter que gastar com móveis. O apartamento era amplo, decorado em tons de amarelo claro, com uma sala em conjunto com a cozinha, um quarto e um banheiro.

A parte que Layla mais gostou certamente era da bela visão da cidade promovida pela janela da sala.

Depois de ajeitar suas coisas, ela tomou um banho e se arrumou para esperar Jones. Decidiu usar uma saia preta que fazia jus ao seu corpo, nada muito revelador. Uma blusa de alça e um scarpin vermelho, acompanhada por uma maquiagem leve.

Logo que acabou de se arrumar, recebeu uma mensagem de Jones avisando que ele estava esperando na portaria. Pegou sua bolsa e desceu para encontrá-lo.

— Uau! Tá arrumada assim por quê, vai casar? — Jones pergunta assim que põe os olhos em Layla.

— Engraçadinho. — ri sem humor. —Vai entrar no carro ou não?

Revirando os olhos, Jones entra no carro, seguido por Layla.

Depois de um tempo em silêncio, Layla resolve puxar assunto.

— Quando veio para Grimsborough?

— Depois da faculdade. — Jones responde ligando o rádio.

— Eu adoro essa música! — Layla grita, fazendo Jones dar um leve salto. Forever Young, do Alphaville tocava na estação de rádio.

— Eu também, me faz lembrar meus primeiros anos aqui.

Era um começo de noite agradável, Grimsborough apesar dos pesares era uma cidade muito bonita.

Layla observava a cidade pela janela do carro. Os últimos raios de sol despontavam sobre o rio Keltz, eles estavam na ponte Saint Claire, o que fez Layla franzir o cenho confusa.

— Você não disse que o bar era aqui perto? — perguntou.

— Disse.

— E por que parece que estamos dando a volta ao mundo pra chegar lá?

O semblante sereno de Jones deu lugar a um sorriso malicioso.

— O que você acha? — perguntou como se fosse óbvio. Sem que ele percebesse, Layla colocou a mão na arma que estava em seu coldre debaixo da saia, se preparando para destravá-la.

— Jones, para esse carro. — ordenou.

Jones gargalhou.

— Você tinha que ter visto a sua cara! — respondeu recuperando o folêgo. — Calma, eu só dei a volta pelo centro pra você conhecer a cidade. Não achou que eu ia te sequestrar, né?

— Achei pior. — travou a arma, fazendo com que Jones ouvisse o "click".

— Espera, você ia me ameaçar com a arma? — perguntou incrédulo. — Garota?

— Você como policial deveria saber que não se deve confiar em ninguém. — deu os ombros.

Após alguns minutos os dois finalmente chegaram ao bar do Joe.

Criminal CaseOnde histórias criam vida. Descubra agora