A morte de Rosa Wolf (parte 1)

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— Você é um idiota, Jones. Por quê tinha que dizer aquilo? — Layla bufou irritada.

— O que queria que eu fizesse? O chefe chamou a gente, oras.

— Mas não precisava dizer "desculpe atrapalhar o pré-sexo de vocês." — Layla ainda bufava lembrando da fala de seu parceiro. Jones riu se divertindo com o desespero de Layla.

— Se quer saber a verdade eu apoio vocês dois. É sério, Harry é um cara legal, faria você feliz. — respondeu sincero.

— Você parece mais emocionado do que eu. Foi só um beijo e nem chegou a passar disso, você atrapalhou. — Layla já não sentia raiva, apenas não queria dar o braço a torcer.

— Vocês vão ter outras oportunidades. — piscou um dos olhos, convencido. Layla não respondeu, mas no fundo ela queria mesmo outras oportunidades.

O resto do caminho foi silencioso. De acordo com o chefe King o corpo da tal garota estava na entrada da cidade, e uma testemunha aguardava os policiais no local.

Ao chegar no local do crime, Layla e Jones puderam ver o corpo da vítima caído ao lado da placa escrito "Welcome to Grimsborough".

Os dois desceram do carro e seguiram para o local onde estava a vítima. Layla apesar de gostar de solucionar crimes e assassinatos, não gostava de corpos, sempre deixou essa parte para o seu pai, quando ainda trabalhava com ele.

— Jones, que bom que chegou. — um homem de sotaque espanhol se aproximou da dupla. Ele ostentava um bigode e usava uma farda policial. — Não nos conhecemos ainda. — olhou para Layla. — Sou Ramirez, prazer. — sorriu simpático.

— Eu sou a Layla. É bom te conhecer. — retribuiu o sorriso.

— Quem é aquela senhora? — Jones perguntou apontando para uma senhora chorosa perto da vítima.

— Ela é a testemunha, mora aqui perto e disse que escutou os gritos. Está apavorada! Achei melhor esperar vocês chegarem para irem conversar com ela.

Jones se aproximou do corpo da vítima analisando-a melhor. A moça aparentava ainda estar no ensino médio, pois usava um uniforme de líder de torcida. Possuía cabelos loiros e um semblante assustado. Ao olhar para o pescoço da jovem, Jones pôde ver o que provavelmente foi a causa da morte; um grande corte reto que ainda escorria sangue.

Layla ainda mantinha a resistência de ir olhar o corpo, então preferiu ir conversar com a testemunha.

— Eu sou a detetive Wright, mas se quiser pode me chamar de Layla. Como é o nome da senhora? — perguntou assim que se aproximou da mulher.

— Sarah. — respondeu trêmula.

— A senhora se sente bem para responder algumas perguntas? É muito importante que nos ajude. — Layla apoiou as mãos nos ombros de Sarah na tentativa de passar tranquilidade à ela.

— Estava de boné azul. — Sarah tinha o olhar vago, como se tentasse se lembrar de algo. — Eu ouvi gritos, como se fosse uma briga. Fiquei na janela da sala olhando, estava um pouco escuro e eu não tive coragem de sair. Quando os gritos pararam, eu consegui ver uma pessoa de boné azul jogar algo no mato e correr. Então vi alguém no chão e decidi vir verificar se precisava de algo, mas tinha muito sangue e achei melhor chamar a polícia. Eu realmente não imaginei que ela estava morta... — Sarah permanecia trêmula, mas já havia parado de chorar. Layla se sentiu aliviada por já ter informações importantes.

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