Capítulo 8

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A enteada do meu pai.

Capítulo 8

Quando Eduarda chegou ao Brasil, o peso de seus erros na Inglaterra ainda a acompanhava. Ela estava mais preocupada com a reação da mãe do que com qualquer outra coisa. Após ser expulsa de três colégios, sua mãe decidiu que era hora de Eduarda passar um tempo com o pai e a avó. 

- Espero que aqui você tenha mais juízo, Eduarda. 

(a mãe havia dito antes de embarcá-la. As palavras ainda ressoavam em sua mente enquanto ela entrava em casa.)

Ao abrir a porta, Dona Jorgia a esperava, preocupada.

- Minha neta, você está bem?  (perguntou, envolvendo Eduarda em um abraço apertado.) Eu estava tão ansiosa para você chegar!

Eduarda tentou sorrir, mas a tristeza era evidente em seu olhar. 

- Estou sim, avó. Só… pensando na situação. ( ela respondeu, desviando o olhar.)

Enquanto isso, o Sr. Luiz, pai de Eduarda e noivo de Laura, mãe de Manu, estava sentado à mesa, tomando um café. Ele olhou para Eduarda e sorriu, mas a expressão dela não transmitia a mesma felicidade.

- Oi, filha. Que bom que você chegou! (ele disse, tentando aliviar a tensão.)  Vamos nos sentar e conversar sobre o que aconteceu.

Eduarda assentiu e se juntou a ele na mesa. Mas antes que pudesse dizer algo, a porta se abriu novamente, e Laura entrou.

- Oi, pessoal! (ela exclamou, mas logo percebeu a atmosfera pesada.) O que está acontecendo?

Laura olhou para Eduarda e notou a expressão preocupada da menina.

- Eduarda, querida, como você está? (ela perguntou, aproximando-se da garota.)

Eduarda respirou fundo, sabendo que tinha que se abrir. 

- Eu estou… um pouco confusa, eu acho. Minha mãe me mandou para cá porque não conseguiu me controlar na Inglaterra. ( Eduarda confessou, a voz tremendo.)

Laura sentou-se ao lado dela, a expressão agora mais gentil. 

- Todos nós passamos por momentos difíceis. O importante é que você está aqui agora, e nós vamos dar um jeito nisso. ( ela disse, oferecendo apoio.)

Eduarda sentiu um leve alívio ao ouvir as palavras da mãe de Manu. Mas, ao mesmo tempo, uma preocupação a invadiu. O que sua mãe pensaria?

Laura logo mudou de assunto, tentando distrair a situação.

- E então, Manu, como vai sua festa de 17 anos? Estava tão empolgada para isso! (Laura disse, com entusiasmo.)

Manu se virou para a mãe, lembrando-se do que tinham conversado antes.

- Eu estava pensando em planejar a festa, mas quero que a Eduarda participe. Isso tornaria tudo muito mais especial. ( Manu explicou, olhando para Eduarda.)

Eduarda sorriu, sentindo-se um pouco mais confortável. A ideia de planejar a festa juntas era algo que a animava.

- Isso seria incrível! Podemos fazer algo realmente legal, e quem sabe até ajudar a Eduarda a se sentir melhor sobre tudo. ( Laura sugeriu, batendo palmas animadamente.)

- Eu adoraria ajudar! ( Eduarda respondeu, seu sorriso se ampliando.)  Na verdade, pode ser o que eu preciso para me distrair e me sentir mais próxima de vocês.

Manu e Eduarda começaram a trocar ideias sobre temas e músicas enquanto Laura anotava tudo em um caderno. A atmosfera foi mudando gradualmente, e a tensão inicial começou a se dissipar.

- Sabe, Manu, eu estava pensando que podemos fazer uma festa com o tema de praia. ( sugeriu Eduarda.) O que você acha?

Manu ficou animada com a ideia. 

- Adoro! Podemos ter algumas decorações coloridas e até uma mesa de snacks! ( ela respondeu.)

Laura observava as duas interagindo e sentia um calor no coração. Era gratificante ver a amizade se formando entre elas, especialmente em um momento em que Eduarda precisava de apoio.

Enquanto elas continuavam a planejar, Dona Jorgia trouxe alguns lanches e se juntou à conversa.

- Isso vai ser maravilhoso! (ela disse, sorrindo.) A festa de 17 anos é um momento especial, e a amizade de vocês pode tornar tudo ainda mais incrível.

Eduarda sentiu uma onda de gratidão por estar cercada por pessoas que se preocupavam com ela. Mesmo com a sombra de suas ações passadas pairando sobre sua cabeça, aquele momento a fez sentir-se um pouco mais leve.

Ao longo da conversa, Eduarda começou a perceber que, embora sua situação fosse complicada, tinha pessoas que a apoiavam. E, talvez, a festa de 17 anos não fosse apenas uma celebração, mas uma nova chance de construir laços e criar memórias.

E assim, enquanto Manu e Eduarda continuavam a planejar a festa, uma nova esperança florescia. Elas sabiam que, juntas, poderiam enfrentar qualquer desafio que surgisse pela frente, e a força da amizade se tornava o alicerce para um futuro mais promissor.

Continua...

A Enteada Do Meu Pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora