Capítulo 7

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“ A Enteada do Meu Pai “

Capítulo 7

À medida que a festa se desenrolava, a energia era palpável. As meninas dançavam, riam e se divertiam, cada uma contribuindo com sua própria alegria. Manu observava Eduarda se soltando mais, sua timidez dissipando-se com cada batida da música. Ela estava irradiando confiança e felicidade, e isso aqueceu o coração de Manu.

- Olha como ela brilha!.(Mih comentou ao lado de Manu, com um sorriso.)

– Você fez um ótimo trabalho, Manu.

Manu enviou, um misto de orgulho e rompeu a inundação. Enquanto observava Eduarda, Manu percebeu que a amizade delas ia além de um simples laço. Era um espaço seguro, onde ambos pudessem ser as mesmas, sem medos ou inseguranças.

Logo, Dressa apareceu com uma ideia.

- Que tal fazermos um jogo de perguntas? Algo divertido!

O grupo imediatamente se animou com a ideia. A música foi diminuída, e as meninas se reuniram em um círculo, ansiosas para começar.

- Eu começo!. (Disse Dressa, pegando um copo e levantando-o como se fosse um troféu.)

–Verdade ou desafio?

- Verdade!. (todas gritaram em uníssono)

- Ok, quem aqui já teve uma paixão por algum professor?

As risadas ecoaram enquanto algumas meninas levantavam as mãos timidamente, enquanto outras revelavam histórias engraçadas e embaraçosas.

Quando chegou a vez de Manu, ela decidiu entrar na brincadeira.

- Verdade!. (escolhi, com um sorriso travesso.)

- E, na verdade, eu tenho uma paixão por alguém aqui. (Todos ficaram em silêncio, os olhos brilhando de curiosidade.)

- Quem é? (disse Mih, inclinando-se para frente.)

Manu hesitou, olhando para Eduarda, que a observava com uma confusão de expectativa e nervosismo. Em um impulso, ela decidiu arriscar.

- É a Eduarda! ( anunciou, provocando uma explosão de risadas e sugestões.)

Eduarda ficou com as bochechas coradas, mas revelou ao perceber que Manu estava apenas brincando.

- Você está louco!. (respondeu ela, rindo) 

 Mas, em seu olhar, havia um brilho de surpresa e um toque de felicidade.

O jogo contínuo, com risadas, revelações e novas conexões sendo formadas. Manu e Eduarda, agora mais à vontade uma com a outra, compartilharam olhares cúmplices, como se um novo capítulo de sua amizade estivesse se escrevendo nessas horas divertidas.

Conforme a noite avançava, Manu notou que as conversas se aprofundaram. Era como se cada pergunta revelasse uma parte íntima de cada uma, e todas estavam abertas para compartilhar.

Quando Dressa fez uma pergunta sobre sonhos e aspirações, Eduarda, agora mais confiante, começou a falar sobre seu amor por música e seu desejo de compor canções.

- Eu sempre sonhei em fazer parte de uma banda, mas nunca tive coragem de compartilhar isso com ninguém. (ela confessou, olhando para o grupo.)

Apoios e incentivos logo surgiram, e as meninas começaram a encorajá-la a se manifestar mais, fazendo planos até para uma apresentação no próximo evento da escola. Manu sentiu que aquele momento era especial, um verdadeiro reforço da força que uma amizade poderia proporcionar.

Mas, de repente, a porta do dormitório se abriu com um estrondo, e a diretora do colégio, Sra. Martins, entrou. A música parou instantaneamente, e o ambiente alegre foi substituído por um silêncio constrangedor.

- O que está acontecendo aqui? (a diretora disse, com uma expressão severa.)

As meninas se entre olharam, surpresas e apavoradas.

- Sinto muito, diretora, nós apenas... (começou Dressa, mas foi interrompida.)

-Isso não é o que parece? Estão quebrando as regras do colégio! (disse a diretora, olhando para cada uma delas.) 

– Estou extremamente desapontada.

Em poucos minutos, o ambiente se transformou. A diretora chamou Eduarda e Manu para um canto, enquanto as outras meninas se afastaram, sentindo a tensão no ar.

- Eu não posso permitir que isso continue. (a diretora prosseguiu, com um olhar rígido.) Vocês duas estão suspensas por uma semana.

Eduarda e Manu trocaram olhares de choque.

- Diretora, foi apenas uma festa! Não estávamos fazendo nada de errado! (Manu protestou.)

- O que vocês estavam fazendo era irresponsável e poderia ter consequências graves. ( A diretora respondeu, sem suavizar o tom.) – Vou informar seus responsáveis.

Nesse momento, Manu viu a expressão de Eduarda se transformar de surpresa para medo.

Meu pai… – Eduarda murmurou, uma preocupação evidente em seu rosto.

A diretora se virou e fez uma ligação, chamando o Sr. Luiz, pai de Eduarda. Enquanto isso, Manu pensou em sua mãe, que também ficaria decepcionada.

Minutos depois, o Sr. Luiz chegou, e a diretora explicou a situação. Manu sentiu seu coração disparar ao ver o olhar sério do pai de Eduarda.

- Eduarda, eu esperava mais de você. – ele disse, com uma mistura de desapontamento e preocupação.

Manu, por outro lado, teve que enfrentar sua própria realidade quando a mãe chegou.

-Manu, o que você estava pensando? – a mãe questionou, com uma expressão de reprovação.

A festa, que havia começado cheia de alegria e promessas de novas amizades, agora se tornou um pesadelo. Manu sentiu uma onda de tristeza e frustração. A conexão que ela e Eduarda estavam formando estava prestes a ser testada, e o que deveria ser um momento de celebração se transformou em um capítulo de incertezas e consequências.

Enquanto os adultos discutiam, Manu se virou para Eduarda, que parecia igualmente abatida.

-Desculpe, Eduarda. Eu não queria que isso acontecesse. – Manu disse, sua voz baixa.

- Eu sei, Manu. Eu também não esperava isso. – Eduarda respondeu, a voz tremenda levemente.

O que começou como uma noite cheia de promessas agora estava envolto em nuvens escuras. As duas meninas sabiam que precisavariam se unir para enfrentar as consequências e que, independentemente do que acontecesse, sua amizade estava prestes a ser desafiada de maneiras que nunca imaginaram.

Continua….

A Enteada Do Meu Pai.Onde histórias criam vida. Descubra agora