A Enteada Do Meu Pai.

Capítulo 10

“ A Enteada do Meu Pai “

**Capítulo 10**

Nos dias seguintes, a empolgação pela festa tomou conta da casa. Eduarda e Manu se tornaram inseparáveis, passando horas no quarto de Manu, planejando todos os detalhes. A cada riso compartilhado, a conexão entre as duas se aprofundava, e Eduarda começou a se sentir cada vez mais à vontade no Brasil.

Quando voltaram à escola, o reencontro com as amigas – Mih, Nathy, Dressa e Luh – foi acolhedor e cheio de energia. As meninas estavam curiosas para saber sobre os detalhes da festa e tudo que havia acontecido nos últimos dias.

- Até que enfim vocês apareceram! (exclamou Dressa, com um sorriso atrevido.) Achei que tinham se esquecido da gente!

- De jeito nenhum! (Manuela respondeu, sorrindo.) Só estávamos bem ocupadas.

No entanto, à medida que o grupo conversava, Dressa não perdeu tempo e começou a se aproximar mais de Eduarda, demonstrando um interesse evidente.

- Eduarda, e você, já se acostumou por aqui? (Dressa perguntou, com um tom malicioso.) Talvez eu possa te mostrar umas coisas legais por aqui…

Manuela, que estava ao lado, sentiu uma onda de ciúmes percorrer seu corpo. Ela sabia que tinha dito a Eduarda que queria ser apenas amiga, mas ver outra garota flertando com ela a incomodava mais do que gostaria. Eduarda percebeu a tensão de Manu e, divertida, decidiu dar corda para Dressa.

- Ah, Dressa, você parece ter ótimas ideias. (Eduarda respondeu com um sorriso provocativo, claramente querendo ver até onde aquilo iria.)

Manu desviou o olhar, tentando disfarçar seu desconforto. Mas era tarde demais; Eduarda já havia notado sua reação e, por algum motivo, gostou de ver Manu com ciúmes.

Enquanto Eduarda se deixava envolver pela provocação de Dressa, Manu, impulsionada pelos ciúmes e pelo desejo de provocar, tomou uma decisão inesperada. Henrique, um dos garotos mais populares da escola, que há tempos tentava convidá-la para sair, apareceu no meio da conversa.

- E aí, Manu, que tal sair comigo amanhã? A gente pode dar uma volta e tomar algo. (Ele sugeriu, com um sorriso confiante.)

Henrique era conhecido por sua insistência, mas todos sabiam que Manuela o detestava. Suas tentativas constantes de flertar com ela sempre eram respondidas com uma rejeição cortante. Por isso, quando Manuela olhou para ele e, de forma surpreendente, aceitou o convite, todos ficaram em choque.

- Eu topo, Henrique. Amanhã parece perfeito. (Ela disse, com um sorriso que não alcançou seus olhos.)

O pátio ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto todos, incluindo Henrique, digeriam o que acabara de acontecer. O próprio Henrique ficou boquiaberto, incapaz de acreditar que, depois de tantas tentativas, Manuela havia dito sim.

- Sério? Você… quer sair comigo? (Henrique perguntou, quase gaguejando, claramente surpreso.)

- Sim, por que não? (Manuela respondeu, mantendo a pose. Mas, por dentro, ela sabia que estava fazendo aquilo por puro impulso – e por causa dos ciúmes de Eduarda.)

Eduarda, por outro lado, ficou desconcertada com a atitude de Manu. Ela sabia que Manu odiava Henrique. Vê-la aceitar aquele convite, especialmente depois de toda a proximidade que tinham construído, a deixou com um gosto amargo. Mas ao invés de admitir seus sentimentos, ela tentou ignorar o que sentia e continuou a brincar com a situação.

Na noite seguinte, enquanto Manuela saía com Henrique, Eduarda foi para uma pequena festa no colégio com as amigas. O incômodo que sentia ao pensar em Manu com outro alguém a atormentava, e, sem perceber, ela acabou bebendo muito mais do que o habitual. A música alta, o ambiente descontraído e a bebida a fizeram perder o controle.