Barry lidera o caminho, mas ele avança com incerteza, já que o breu reina na sala. Não há nenhuma pista de como é o local, já que está tudo mergulhado em escuridão. A porta atrás de Casey fecha e ela se agarra a mão de Barry por instinto. Ele gosta da sensação e se aproxima dela.
"Seguimos em frente?" questiona ele.
"Estou arrepiada só em imaginar o que pode ter aqui" várias opções surgem na imaginação fértil de Casey. Hedwig enumera os monstros que podem estar escondidos, enquanto Jade manda ele calar a boca dentro da mente de Kevin.
"Cruzem a sala" uma voz surge — a voz do sequestrador deles —, parecendo sair das paredes "a porta é a única saída. Sangue é a chave."
O chão então começa a se mexer na direção contrária da que eles tem que ir. Os dois começam a andar contra a corrente, segurando firme a mão um do outro.
De repente uma voz conhecida por Casey ecoa pela sala.
"Vamos brincar de animais, Casey ursinha" a frase que marcou sua infância da pior maneira possível a faz estremecer.
"Tio" choraminga Casey, soltando a mão de Barry e abraçando a si mesma. Ela não consegue se mexer com medo, então o chão a leva para trás.
"Casey! Casey?" Barry procura por ela no escuro, mas não consegue encontra-la "assuma, Dennis."
Em segundos já não é mais a voz de Barry quem ecoa pela sala.
"Casey não tem ninguém aqui além de nós dois" Dennis diz, de maneira clara e firme "você está de pé? Responda."
Seu jeito autoritário faz Casey retomar um pouco do foco.
"Ele vai me pegar, Dennis" ela chora. Isso toca profundamente ele, que poderia muito bem estar na situação dela. Qualquer uma das personalidades poderia.
"Eu não vou deixar" diz, mas corrige após protestos em sua cabeça "nós não vamos."
Casey toma coragem, levantando-se e esticando os braços, procurando por Dennis. Eles finalmente se encontram, segurando-se firmemente e seguindo em frente.
"Sai de perto de mim, seu doente mental" a voz de Casey — ou uma voz parecida com a dela — diz.
"Não sou eu!" Casey grita por entre sua voz falsa.
"Eles querem nos confundir!" retruca Dennis, a puxando com mais força para frente.
Luzes fortes cegam os dois por um momento, mas a ação parece ter um efeito intenso em Dennis, que grita e em instantes muda de personalidade.
"O que foi isso?" Barry parece incrédulo, sendo forçado a continuar andando por Casey. Mas as luzes vem mais uma vez e com outro grito, quem assume é Luke.
"Oh, meu Deus" Casey tem um vislumbre da parede atrás deles: espinhos de aço afiados cobrem toda a superfície que parece se aproximar deles.
"O que são essas luzes?" Casey grita, desesperada. Ela mesma está se sentindo confusa.
"Estão tentando nos fazer entrar em colapso" Luke explica, suas mãos tampando os olhos. Ele não para de andar, nem Casey.
"A parede lá atrás está cheia de espinhos de aço ou seja lá o que for aquilo" ela conta "está se aproximando de nós."
"Então está na hora de sairmos daqui" conclue Luke. Eles correm em frente, ele de olhos fechados e ela de cabeça baixa. Uma porta está esperando por eles mais a frente, mas o chão parece aumentar a velocidade.
"Eu sou mais rápido, caras" uma nova voz diz. É masculina, mas parece mais jovial que Barry ou Dennis. Como um adolescente, como Jade.
"Quem é você?" Casey consegue dizer mesmo com sua respiração entrecortada.
"Jalin, gatinha" ele sorri e ela sorri por reflexo "eu sou tipo profissional em basquete, mas sou ótimo em corrida também."
"Pena que tem um peso morto com você" ela tenta brincar, mas a parede de espinhos está perto o suficiente para assusta-la.
"Que isso, gata, jamais um mulherão como você seria peso morto" ele comenta "aliás, você não deve pesar nada. Cinquenta? Sessenta quilos? Moleza."
Casey não consegue evitar continuar sorrindo, mesmo com a morte iminente a suas costas. Jalin é uma figura espontânea.
"Dennis está me pertubando" ele comenta, revirando os olhos e fechando os olhos novamente "suba nas minhas costas e vamos lá."
"Subir? Nem pensar!" ela diz "aí mesmo que vamos morrer."
"Só vem logo! Prometo não te deixar cair."
Com isso, a velocidade do chão parece aumentar ainda mais, fazendo Casey tomar sua decisão: ela pula em suas costas, sentindo seu rosto corar com o movimento. Ele segura suas pernas com força.
"Desculpa, desculpa..." ela repete, morrendo de vergonha "eu te machuquei?"
"Você precisa ser mais selvagem que isso para me machucar, Casey" ele comenta e logo após solta um xingamento "Dennis realmente é uma dor de cabeça quando está com dor na bunda. E você também, Barry? Chatos."
Casey fica tentada a perguntar o que houve, mas Jalin a surpreende aumentando a velocidade e chegando a porta com rapidez.
"Você é um super herói ou algo assim?"
"Me pergunto isso todos os dias" ele ri. Uma de suas mãos solta a perna dela "a porta não tem maçaneta!"
"Ele disse algo sobre sangue" lembra Casey.
"Eles querem que um de nós morra ou algo assim?" se desespera o outro.
"Não acho que seja isso" murmura Casey "não tem sentido."
Eles ficam em silêncio, com Jalin tateando a porta e Casey pensando. Até que a luz forte vem novamente e Casey olha para trás, vendo que a parede está perto o suficiente para toca-la. Sua adrenalina vai a mil quando um plano forma-se em sua cabeça.
"Ele quer sangue" murmura para si mesma.
"O que foi, gatinha?" Jalin questiona ofegante.
"Ele quer que a gente se machuque" ela estende a mão e pressiona nos espinhos. Abafando um grito, ela retira a mão machucada e estende além de Jalin, tocando a porta. Ela se abre ao entrar em contato com o sangue.
"Malucos!" grita Jalin, correndo porta a dentro ainda com Casey nas costas. Ela apenas concorda silenciosamente.
o que acharam do Jalin?
qual a melhor interação desse cap? rsrs
recomendação de hoje:
documentário "nós":
https://youtu.be/3yoJoht0q6o
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ᴇɴᴛʀᴇ sᴀʟᴀs ᴅᴇ ᴇsᴄᴀᴘᴇ | ғʀᴀɢᴍᴇɴᴛᴀᴅᴏ
Fiksi PenggemarCasey e Barry se conhecem ao serem atraídos por um falso recebimento de um prêmio. Quando os dois acordam em um tipo de labirinto cheio de armadilhas mortais e com desafios insanos durante o caminho, eles precisam se unir para escapar desse inferno...