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"Irado" Jalin comemora, colocando Casey no chão. A morena senta e olha para sua mão, que sagra de maneira nauseante.

"Gostaria que tivéssemos as coisas necessárias para cuidar disso" Dennis imediatamente se abaixa ao seu lado, pegando sua mão com delicadeza e analisando a gravidade do corte "não podemos fazer muita coisa. Estou temendo uma infecção, mas..." ele tira sua jaqueta e rasga uma manga da sua camiseta, enrolando no corte e apertando para estancar "é o que podemos fazer no momento."

Casey arfa, sentindo seus olhos encherem d'água, mas ela resiste a vontade de chorar porque sabe que se começar não vai conseguir parar.

"Nós vamos conseguir" Dennis tenta acalma-la, sua voz baixa e doce. Casey se joga em cima dele, o abraçando o mais forte que pode. Dennis ama a sensação de tê-la em seus braços e se pergunta o que diabos está acontecendo consigo.

"Dennis" ela sussurra, olhando ao redor. Eles estão em um tipo de sala gigantesca. Há vidro por toda parte, separando várias corredores. Há outras pessoas — outras duplas — e para cada dupla há dois corredores. O que separam as duplas é apenas vidro.

"O que está acontecendo?" Dennis se levanta, trazendo Casey junto a si. Eles observam as outras duplas tentarem cruzar a sala até o outro lado, mas há desafios a serem cumpridos. Tabuleiros, pneus, cordas... Tudo parece surreal demais.

"Parece um filme" comenta Casey.

"Terror, com certeza" completa Dennis.

Eles observam que as outras duplas parecem lutando para conseguirem cruzar a sala. Apesar de não conseguirem ouvir nada do que está acontecendo além do seu próprio compartimento, pelas expressões dos outros há muito grito e dor.

"Precisamos ir" Dennis diz, mesmo inseguro "vamos nos encontrar em breve."

"Talvez a gente consiga ir juntos" Casey diz.

Eles tentam, mas a entrada só dá para uma pessoa por vez. Logo quando Casey entra, um vidro sobe rapidamente, quase machucando Dennis. A morena se vira com medo, batendo no vidro.

"Vai ficar tudo" Dennis diz e entra no outro corredor. Mais a frente há várias portas, separando as "provas" por seções.

"Consegue me ouvir?" Casey questiona.

"Sim" responde Dennis, olhando para o tabuleiro a sua frente. Parece ser do tipo tecnológico, não o tradicional "vamos lá."

"O objetivo desse jogo é um empate" Casey lê um bilhete ao lado do seu tabuleiro.

"Fácil" Dennis comenta aliviado por não ser algo mais complexo.

"É, eles devem começar com o fácil para nós torturar no final" Casey observa as outras duplas, cada uma em diferentes estágios, todas lutando com unhas e dentes "será que é uma questão de rapidez?"

"Provavelmente" Dennis responde "vamos começar logo com isso."

Ele então move uma peça e automaticamente a peça se move sozinha no tabuleiro de Casey. Eles fazem um esquema fácil de irem comendo peças proporcionais e logo estão um a um.

A porta é aberta e eles vão para o próximo estágio: duas fileiras de pneus para pularem até o final.

"Coloquem os pés dentro de todos os pneus" Casey lê as instruções. Seu coração acelera ao pensar no que pode ter dentro dos pneus.

"Vamos lá, Casey" desta vez é Jalin quem assume "podemos fazer isso em um minuto."

Ela assente, dando uns pulinhos e respirando fundo. Mas ao colocar o pé no primeiro pneu, ela sente algo se mexendo.

ᴇɴᴛʀᴇ sᴀʟᴀs ᴅᴇ ᴇsᴄᴀᴘᴇ | ғʀᴀɢᴍᴇɴᴛᴀᴅᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora