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Noah nunca pensou que um dia veria Sina em uma situação tão deplorável como a que estava vendo no momento.

Era desesperador que a garota estivesse sozinha, estando no estado em que estava.

Chegou mais perto, pegando em seus pulsos delicadamente, os impedindo de continuar a cobrir seu rosto.

De princípio, Sina deu um pequeno sobressalto por não o ter notado antes. Seus grandes olhos verdes ficaram levemente arregalados e Noah quis muito abraçá-la quando pode notar a mais pura dor refletido deles.

A loira tentou se cobrir inutilmente com as cobertas, temendo que Noah tenha visto a sua vergonha.

Não o conseguia encarar, estava envergonhada demais para isso.

Sentia-se culpada por não respondê-lo nem por o ter avisado, mas sentia ainda mais saber que só não o fez pois não tinha forças suficientes para isso.

Estava devastada. Tão frágil quanto uma criança. Era só você tocá-la, então as lágrimas começavam a dar sinal de vida novamente. Querendo sair desesperadamente, porque nós últimos dias tudo que Sina tem feito era chorar.

Não podia acreditar que isso tinha acontecido.

Quase acontecido o pior.

Anjo, não chore. ─ Noah a abraçou, sendo correspondido no mesmo segundo pela loira que já se perdia no meio de tantos soluços.

Doía demais.

─ Eu estou aqui agora. Vou cuidar de você, então, por favor, não chore. ─ pediu o moreno, sentindo seu coração queimar. ─ não faz isso comigo...

─ Noah... d-dói tanto, t-tanto. ─ contava entre soluços, enquanto apertava a camiseta do moreno fortemente. Buscava abrigo, segurança. Precisava se sentir segura.

─ Eu sei, mas a dor vai passar, eu juro...─ confortava, fazendo carinho em seus fios louros tentando acalmá-la de alguma forma.

─ Continue me abraçando... Não me solta, Noah. N-não me largue nunca mais... ─ Noah apertou seu pequeno corpo com um pouquinho mais de força. Cortava seu coração vê-la falar desse jeito.

Ela estava tão frágil e desprotegida, desejo o poder protegê-la de alguma forma.

Mas era tão impotente, não poderia fazer muita coisa.

Quando olhava para sua pele clara, que antes era livre de qualquer tipo de marca, manchada por hematomas e arroxeados que não acabavam mais, o fazia se sentir muito mal. Péssimo.

─ Quem fez isso com você? ─ a pergunta havia saído mais fria do que pretendia, mas no momento Noah estava cego pela raiva.

A loira continuava a chorar baixinho, tinha tamanha vergonha de contar algo assim.

Como iria contar que só não foi abusada sexualmente porque havia resistido e acabado por fim sendo espancada sem piedade pelo seu próprio pai?

Sentia que seu mundo estava completamente desabado.

─ Me diz. Quem fez isso? ─ insistiu o moreno, agora um pouco mais calmo exteriormente. Mas por dentro estava quase explodindo de raiva.

─ Noah... deixa pra lá... só fica comigo. ─ pediu. Sua voz era rouca e cansada. Seus olhos estava inchadinhos por conta do choro recente.

─ Eu fico, mas antes me diz quem fez isso. Preciso saber, Sina. ─ insistiu mais uma vez, agora seu polegar fazia um casto carinho na bochecha direira da loira que o olhava um pouco amedrontada.

Então Noah conseguiu enxergar o que refletia dos olhos verdes. Foi uma ligação estranha que tiveram durante poucos segundos, mas o suficiente para o moreno afirmar subitamente: ─ foi o seu pai.

O choro, que antes já havia sido cessado, voltará com tudo e Sina desabou em lágrimas novamente ao lembrar de dias atrás. De como se sentiu, do quanto gritou e implorou para que seu pai não fosse a diante, de tanto que tinha se debatido seus pulsos agora estavam visivelmente marcados. Se sentia suja.

Ficava imaginando o que teria acontecido se sua mãe não tivesse chegado no momento em que já estava em seu limite. Estava fraca, não tinha mais forças. Seu pai já lhe havia espancado tanto que raciocinava pouca coisa.

Noah não esperou nem mais um segundo após ver o rosto da loira banhado por lágrimas novamente, saltou saltou rapidamente da cama correndo escada abaixo.

─ Filho da puta! ─ foi a última coisa que gritou enquanto descia as escadas desejando que o pai de Sina aparecesse na sua frente naquele momento.

Queria matá-lo.

Mas Sina foi mais rápida em descer desesperadamente os degraus, mancando um pouco por causa dos ferimentos. Precisava alcança-lo.

Seu pai não iria poupar Noah se ele tentasse alguma coisa contra ele.

─ Noah, não! ─ agarrou o braço do moreno, que nesta altura já se encontrava na sala da casa, olhando para todos os lados a procura do progenitor de Sina. Seu peito subia e descia de uma maneira anormal. E isso porque ele ainda não sabia das reais intenções do homem desde o princípio. Em sua cabeça o homem só a espancou e nada mais. Sem motivo algum.

─ volta lá pra cima, Sina. ─ avisou o moreno, seu maxilar travado evidenciando o quão possesso estava no momento.

Enquanto nem teve tempo de raciocinar, a mãe de Sina apareceu no cômodo.

─ O que esse garoto está fazendo aqui? ─ a mesma questionou

Mãe...

─ Não importa. Subam já! ─ fez um sinal, exasperada para que os dois adolescentes saíssem dali ─ Agora! Antes que seu pai chegue e você sabe o que acontece.

Noah teve vontade de dizer que o esperaria, mas decidiu que cuidaria de Sina primeiro.

Assim que a mão trêmula de Sina o tocou, apressou-se em ajudar a loira imediatamente.

Não aguentaria nem mais um segundo vê-la assim.










Eu tbm tô decepcionada comigo
por demorar a postar ent não me
matem

Espero que tenham
gostado do cap. 💖💖

Votem muito. 💘

Xoxo, Clara💘-

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Xoxo, Clara💘-

╰  𔘓   𝐓𝐄𝐗𝐓𝐈𝐍𝐆﹚ 𓈒Onde histórias criam vida. Descubra agora