Capítulo 10. Dia mau

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Eu: Vão embora.

Eles forçaram a entrada e se acomodaram na sala.

Bellamy: Nós não vamos embora até nos contares o que aconteceu.

Eu: Não foi nada, eu caí na saída da prisão, só isso.

Clarke: A Lexa não nos disse nada.

Eu: Claro que não disse nada, não é como se ela se preocupasse.

Clarke: Me deixa ver, já faz horas que estás a sangrar.

Eu tentei-a impedir mas ela me forçou a sentar no sofá e olhou o meu nariz.

Clarke: Bellamy, chega-me gelo.

Eu: Tem em cima da mesa.

Clarke: Já chegaste?

Eu: Sim.

Clarke: Bell, vai ao carro e traz a minha bolsa que está na mala.

Ele não hesitou e saiu.

Eu: Que vais fazer, estás a assustar as meninas.

Clarke: Meninas, porque não vão para o quarto enquanto eu cuido dela.

Marie: Está tudo bem, mom?

Eu: Sim, não te preocupes. Vão para o quarto.

Elas olharam para mim por mais alguns segundos e depois foram para o quarto. O Bellamy entrou com a mala da Clarke e com a filha adormecida no colo. A Clarke começou a mexer na bolsa e o Bellamy deitou a menina no sofá e veio até nós.

Clarke: Isto vai doer, mas vais melhorar.

Eu: Tudo bem.

Ela então deitou um líquido no meu nariz que fez doer muito, mas eu trinquei os lábios, não queria gritar a assustar ainda mais as meninas.

(...)

Eles ainda ficaram mais um pouco mas acabaram por ir embora. Eu preparei o jantar com a ajuda da Marie e da Lilee, a minha perna doía como o inferno e eu mal conseguia ficar em pé. As duas meninas arrumaram a cozinha e eu me sentei no sofá com a Francisca. A Lilee e a Marie acabaram por se juntarem a nós.

A Francisca foi a primeira a adormecer, a Lilee pegou nela e foi para o quarto e a Marie se despediu de mim e as três foram dormir, Eu decidi voltar a dormir no sofá.

Acordei com a claridade a bater nos meus olhos e uma dor na minha perna. Eu tentei me levantar mas hoje eu não ia conseguir. Á dias assim, como se eu conseguisse sentir a minha perna e ela me doesse como o inferno, eu nem podia ter o aparelho na minha perna. Ouvi passos e vi a Marie e a Francisca virem até mim.

Francisca: Bom dia, mamãe.

Eu: Bom dia, meninas.

Marie: Bom dia, está tudo bem?

Eu: Dia mau, mas eu vou ficar bem.

Elas já sabiam o que significava dia mau, era o dia em que eu mal me podia mexer e elas não podiam sair. Elas detestavam quando eu tinha dias assim.

Marie: Eu faço o pequeno-almoço.

Eu: A Lilee?

Lilee: Aqui.

Eu: Preciso que me faças um favor.

Lilee: O quê?

Eu: Lembraste do caminho que fizemos ontem para o café?

Lilee: Sim.

Eu: Mesmo ao lado tem uma farmácia, eu preciso que vás lá e me tragas os comprimidos para a dor e uma bengala.

Lilee: Hoje é um dia mau?

Eu: Sim.

Lilee: Tudo bem, eu vou lá.

Francisca: Eu posso ir com ela?

Eu: Se ela deixar.

Lilee: Tudo bem, ela pode vir.

A Marie entrou na sala com quatro tigelas de cereais e entregou a cada uma de nós. A Lilee e a Francisca se sentaram no chão e a Marie sentou-se ao meu lado. Quando elas acabaram de comer, a Lilee recolheu todas as tigelas e as levou para a cozinha.

Lilee: Nós já vamos.

Eu: Tudo bem, pega em dinheiro da minha carteira.


Leaving  You... I'm BackWhere stories live. Discover now