Mia
A vontade de encontrar Manuela e a falta de pistas para isso está me enlouquecendo. Não durmo tão bem quanto antes e minha mãe está estranhando meu comportamento.
O jeito é mais um dia ir para o colégio sozinha...
Sigo para lá e vou até meu armário para pegar minhas coisas.
- Oi Mia. - Uma voz surge do meu lado.
Não pode ser...
Fecho a porta do armário e encontro Manuela parada e sorrindo.
- Não acredito. - Estou chocada.
- Pode acreditar, estou bem aqui. - Me abraça.
- Onde esteve por esses dias? - Afasto-me. - Aquele cara estranho não queria me contar e disse que também não poderia te ver por enquanto.
- Não se preocupe com isso, agora estou aqui. - Mostra seu melhor sorriso.
Tem alguma coisa errada.
- E onde estão seus ferimentos? - Aponto para onde estavam antes.
- Não sei do que está falando. - Se faz de desentendida. - Nunca houve nenhum.
O que?! Eu sei o que eu vi, sei que aquela coisa perfurou seus tornozelos com suas garras quando a arrastou.
Acho que se há algo que estão escondendo, terei que descobrir sozinha.
- Entendi. - Mesmo desconfiada não discuto. - Vamos para a sala, já está quase tocando o sinal. - Caminho ao seu lado.
Quando nos sentamos nas mesas vazias, o professor entra.
- Oi pessoal. - Caminha até o quadro. - Hoje vamos falar sobre...
Paro de escutar quando vejo Jonathan chegando.
Ele sumiu com a Manuela e eu quero saber o que aconteceu com ela nesse período de tempo.
Para a minha sorte, o único lugar desocupado é atrás de mim. Ele se senta e quando o senhor Williams vai escrever no quadro, me viro.
- O que fez com a Manu? - Cochicho.
- Não entendi. - Finge estar copiando.
- É melhor me contar ou eu vou ter que... - Sou interrompida.
- Senhorita Peterson gostaria de compartilhar o assunto sobre o qual você e o senhor Ortega estão falando? - Cruza os braços esperando minha resposta.
- Não é nada senhor. - Abaixo a cabeça.
- Vocês dois, detenção até depois da aula. - Aponta para a porta.
- Obrigado por isso Mia. - Jonathan pega sua mochila e sai furioso da sala.
Droga! Não acredito que o professor fez isso só por causa de uma conversa boba.
Saio em silêncio e vou para a sala de detenção.
- Sério Mia? - O vice-diretor me observa entrando no local. - Não esperava por isso.
- Não acontecerá novamente. - Suspiro.
- Espero que esteja falando sério, caso contrário terei de contar à sua mãe. - Parece desapontado.
Resmungo algo e me sento em um banco perto do Jonathan.
Jonathan
- Vai me perseguir agora? - Brinco.
- Se for preciso para me contar o que aconteceu, vou sim. - Da de ombros.
Ela não desiste mesmo.
- Não saiam daqui, terei que resolver alguns problemas e vocês ficarão sozinhos agora. - O vice sai.
- Me conta logo. - Bate na mesa. - O que exatamente era aquela criatura e o que aconteceu com minha amiga?
- Deixa de ser paranóica. - Franzo a testa já irritado.
- Não sou, eu vi que ela já não tem mais as feridas de antes, algo está errado. - Insiste.
Essa garota não vai ficar quieta.
- Você é linda Mia. - Faço ela sorrir. - Quando está de boca fechada. - Seu sorriso desaparece.
- Eu só quero saber...
Sem saber como fazê-la parar, a beijo.
No começo ela recua, mas aos poucos deixa de resistir.
O beijo vai se intensificando, mais do que eu gostaria, portanto, não consigo parar.
- Voltei. - O vice-diretor Robert aparece.
Mais que depressa nos afastamos, infelizmente não antes que ele nos visse.
- Voltou rápido senhor. - Sorrio como se nada tivesse acontecido.
Mia parece desconcertada.
- Irei fingir que não vi nada disso aqui. - Ele parece sem graça por ter visto.
Pelo menos consegui fazê-la parar.
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Lobisomem - Paixão Perigosa
Hombres LoboMia Peterson e sua amiga Manuela Parker se aventuram na floresta perto da cidade na noite de lua cheia ao ver notícias no jornal local onde uma mulher diz ter sido atacada por um animal grande e sem acreditarem muito, vão buscar por provas, mas o qu...