Capítulo 13

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Mia

Acabando a aula, espero pelos outros na porta de saída como havíamos combinado.

- Acho melhor já irmos nos preparando para essa noite. - Jonathan fala quando todos já estão aqui. - Manu e Mia vão para casa, Isabel e eu vamos reunir o resto da alcateia e convencer Luke a ir nessa festa.

- Já que não tem outro jeito. - Suspiro desapontada.

- Ei. - Ele segura meu rosto com as duas mãos. - Só quero que fique segura. - Beija minha testa.

Fico vermelha como um pimentão.

- O que eu perdi? - Manuela brinca.

- Tenho certeza de que não vai querer saber. - Isabel ri.

Rapidamente nos despedimos e sigo para casa com minha amiga.

- A quanto tempo, Manu! - Minha mãe nos recebe com um sorriso no rosto.

- Pois é dona Cynthia, mas agora estou de volta. - Se abraçam.

- Vamos entrando, daqui a pouco irei preparar algo para vocês comerem. - Espera que a gente entre e fecha a porta. - Depois terei que sair para cumprir o horário na clínica.

Subimos para meu quarto e lá ficamos.

Jonathan

Reunimos a alcateia e agora esperamos que Luke decida.

- Eles tem um alfa que é perigoso e estão mais fortes que nunca. - Discute. - E vocês esperam que eu concorde em levar meus lobisomens para o que pode ser uma armadilha? - Luke está indignado.

- É a nossa chance de descobrir algo e deixar essa situação a nosso favor. - Levanto a voz fazendo com que ele agarre meu pescoço tirando meus pés do chão.

- Tio, pense na possibilidade de derrotá-los. - Fala tentando desviar a atenção dele de mim. - Isso o tornaria um alfa mais forte, quase invencível.

Ele rosna, me solta e chuta o que vê pela frente com raiva.

- É melhor eu não me arrepender disso. - Diz bravo com a sobrinha.

...

A festa está a todo vapor e é difícil andar sem esbarrar em algum lobisomem.

Nos separamos para vasculhar mais locais, Isabel está comigo, Luke sumiu aqui dentro e os outros fizeram duplas.

- Como vamos achar alguém específico em toda essa bagunça? - Isabel fala em meu ouvido.

- Concentre-se em usar seus outros sentidos além da visão. - Evito falar muito alto caso algum deles esteja ouvindo.

Vamos nos locomovendo com dificuldade, então uma pessoa esbarra em mim.

- EI! - Grito e a tal continua indo para o lado oposto.

Mas não antes de eu ver seu rosto.

- Isabel, lembra da professora substituta que eu falei? - Puxo ela para um canto.

- Lembro, por que? - Pergunta sem entender.

- Ela está aqui. - Procuro pela Bárbara.

- O que está esperando? - Faz sinal para que eu saia. - Segue ela.

Sem pensar duas vezes corro para procurá-la. Seu cheiro me leva até um terraço vazio.

Tento achá-la mas uma adaga é posta contra minha garganta.

- Jonathan Ortega. - Bárbara nem parece surpresa. - Filho de Rafael e Sarah Ortega, irmão da Madison e do Adam. - Ainda segurando a adaga fica de frente para mim. - Pensei que todos da sua alcateia tivessem sido dizimados.

- Se quer me matar, vá em frente. - Dou de ombros. - Já que é isso que uma caçadora de lobisomens faz.

- Não estou aqui para isso, lobinho. - Tira o objeto do meu pescoço e da alguns passos para trás. - Vim pelo mesmo objetivo de vocês.

- Entendi. - Me acalmo. - Mas o que mais sabe sobre minha família? - Pergunto desconfiado.

- Fiz alguns serviços para eles, além disso, eram bastante conhecidos. - Fica pensativa. - E recentemente soube que um deles sobreviveu e está na cidade.

O que?!

- Impossível. - Tento me convencer de que é uma mentira.

- Acredite se quiser. - Avança alguns metros para sair e alguém bloqueia seu caminho.

- Já indo embora? - Julie. - A festa ainda nem começou. - Coloca suas garras pra fora.

- Eu deveria saber que era uma armadilha. - Rosno.

- É realmente uma armadilha. - Ri. - Mas não para você. - Continua parada, parecendo estar esperando algo.

Ai não!

MIA! - Saio correndo para tentar chegar a tempo na casa dela.

- A essa hora, Piter e Isaac já devem ter acabado com a amiguinha e pegado sua namoradinha. - Fala para provocar.

Entro novamente tentando achar a saída da boate.

- Onde está indo com essa preça? - Isabel me acompanha.

- Era mesmo uma armadilha, mas para irem atrás da Mia. - Continuo correndo.

- Droga! - Coloca as mãos na cabeça. - Eu vou com você.

- Não, vai procurar os outros e ver se está tudo bem. - Acelero mesmo com essa gente toda.

Chego na casa dela e tudo parece muito quieto. Entro com cuidado e vasculho os cômodos, então ouço barulhos vindos do quarto dela.
Abro a porta pronto para qualquer coisa.

- Manu?! - Vou até a garota.

Ela está toda machucada, sangrando e não consegue se levantar.

- Eu juro que tentei. - Se esforça para falar. - Eles levaram-na.

- Está tudo bem. - Carrego ela que está quase inconsciente. - Vamos achá-la.

Lobisomem - Paixão Perigosa Onde histórias criam vida. Descubra agora