Capítulo 7

504 60 8
                                    

Mia

Converso animadamente com Manuela até que ouço a campainha tocar.

Vou até lá atender e encontro Jonathan com machucados e sangue tanto na boca, quanto na barriga, sua camisa está rasgada e ele faz um grande esforço para ficar de pé.

- MANUELA! - Grito e ela vem correndo.

- Ah meu Deus! - Olha chocada. - O que aconteceu com você? - Passa o braço dele ao redor do ombro para ajudá-lo a entrar, eu faço o mesmo.

- Preciso do Luke agora. - Fala já sem forças.

- Vou ligar para ele. - Não perde tempo.

Em questão de minutos, o homem que conheci no bar está na minha casa.

- Olá querida. - Beija minha mão. - O que houve com ele Manuela? - Se aproxima.

Espera aí... como eles se conhecem?!

- A Julie. - Jonathan responde antes de desmaiar.

Que sorte tenho por minha mãe não estar em casa.

- Eu deveria saber que ela iria atrás dele. - O homem bate na mesa com força.

- O que quer que eu faça? - Manu está pronta para ajudar, enquanto eu continuo paralisada.

- Pelo que posso ver, Julie perfurou sua barriga com as garras. - Rasga a camisa daquele que agora se encontra incosciente, para mostrar. - Ela deve ter usado alguma toxina nelas para desacelerar o processo de cura.

Garras? Processo de cura?

- E agora? - Tenta permanecer calma.

- Temos que retirar isso o mais rápido possível.

Sem utilizar nada além das suas próprias unhas que agora ficaram mais afiadas e maiores, ele faz um corte fundo em Jonathan que acorda gritando de dor.

- Segurem ele! - Luke ordena.

Eu finalmente saio do lugar e vou ajudar ainda sem saber o que está acontecendo.

Nós tentamos fazê-lo ficar parado, mas ele é muito forte e não colabora.

O homem retira uma boa parte do sangue do rapaz e então termina.

Eu me sento no sofá aliviada, Jonathan e os outros fazem o mesmo.

- Alguém vai por favor me explicar o que significa isso? - Me apavoro.

- Temos que contar. - Manu sussura para o rapaz que mesmo não querendo, concorda.

Fico esperando.

- Não precisa ficar com medo Mia. - Minha amiga me olha atentamente e eu faço que sim com a cabeça. - Lembra da reportagem em que a moça falou que tinha visto algo monstruoso? - Continuo ouvindo. - Era um lobisomem.

- Eu... eu acho que não es... estou entendendo. - Gaguejo.

- Nós somos lobisomens minha querida. - Luke a interrompe. - Sinceramente Manuela, não é necessário gastar nosso tempo explicando desde o começo.

O que?!

- Lobisomens não existem. - Tento me convencer.

- Na verdade existem e nós três somos. - Jonathan aponta para ele e os outros dois. - E aquela que fez isso comigo é de outra alcateia mais forte e perigosa.

Me seguro para não chorar com toda essa confusão.

- Por que ela tentou te matar? - Meus olhos se enchem d'água.

- Não tentou, foi apenas um aviso. - Explica. - Eles estão na cidade em busca de novos membros...

- E aquela lobisomem pediu para que você fizesse parte. - Luke completa e o rapaz concorda.

- Temos que ficar mais vigilantes a partir de agora e avisar o resto do pessoal. - Manu.

- Mia, você está bem? - Jonathan pergunta e todos se viram para mim.

Estou tentando assimilar tudo isso e por mais que eu queira responder, nenhuma palavra sai da minha boca.

Minha visão fica borrada e aos poucos vou perdendo meus outros sentidos, então desmaio.

Lobisomem - Paixão Perigosa Onde histórias criam vida. Descubra agora