VI

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_Eu vi a entrega pela internet. - Richard estava do outro lado da linha. - Você estava linda, filha.

Meredith estava jogada na cama, vestida com seu pijama de bruxinhas, enquanto contava detalhes da cerimônia para seu pai.

Não fazia nem vinte e quatro horas que estavam longe um do outro, mas a saudade já maltratava os dois :

_E a mamãe? - Perguntou animada. - Ela também viu? Gostou do discurso que eu fiz?

_Sua mãe deve estar se gabando com as amigas agora. - Richard riu. - Ela só sabe falar de você, e do quanto você estava linda e blá blá blá...

_Está com ciúmes, senhor Richard? - brincou.

_Lógico que não, vocês são as mulheres da minha vida.

Grey sentiu o coração apertar, e se odiou por isso. Era algo inevitável, seu pai era a parte boa dela, ele era o que ainda mantinha algo bom em Meredith.

Ela imaginou a reação que Richard teria, se soubesse a verdadeira razão dela estar no Brasil... Decepção.

Richard enxergava a filha como um anjo, a menina que chegou e mudou a vida de sua família, que deu a Ellis a possibilidade de ser mãe, ele via em Meredith, uma bondade que nem ela era capaz de ver, e isso a deixava aflita :

_Eu tenho que desligar, pai. - Se apressou em dizer. - Amanhã tenho uma reunião logo cedo.

_Está tudo bem meu anjo, durma bem e não se esqueça de ligar.

_Não vou me esquecer.

_Eu te amo filha.

_Eu te amo pai. - Disse, desligando o celular - Me perdoa.

-
Fillipe não pode acreditar, quando sua secretária anunciou com quem era a reunião da manhã, se ele soubesse que a encontraria naquele dia, teria se arrumado um pouco mais :

_Mande-a entrar. - ordenou a secretária.

Quando voltou, a jovem secretária estava acompanhada de Meredith Grey, a mulher que o fez perder o sono.

Fillipe não conseguia entender o que estava acontecendo com ele, afinal, Meredith era só uma mulher, bonita e inteligente, mas uma mulher.

_Senhorita. - indicou a cadeira para ela. - A que devo a honra de sua visita, senhorita Grey?

_Não precisa tanta formalidade. - Ela ele sentou e cruzou as pernas, ciente do olhar do homem- Pode me chamar de Meredith, apenas.

_Claro. Então, Meredith, a que a que devo a honra de sua visita?

Grey sentiu vontade de rir, mais rir muito, com o charme barato que Fillipe jogava para cima dela.

Tolo.

_Bom, o senhor deve saber...

_Sem formalidades, lembra?

Grey jogou as mãos ao alto e sorriu timidamente :

_Me pegou. - Foi o que disse.

Ela notou o efeito que, aquela pequena frase teve sobre o homem, ele não conseguia esconder o desejo que sentia e isso só a divertia mais :

_Bom, como você já deve saber, eu vim ao Brasil para cuidar dos negócios da família. - Voltou a falar. - E um dos interesses de meu pai, é que o seu escritório fique encarregado do nosso departamento jurídico.

_Uau. - Shepherd se surpreendeu. Como uma mulher tão bela e tão jovem, poderia ser tão profissional? - Estou lisonjeado, não sabia que sua família acompanhava meu trabalho.

_Claro que acompanhamos. - Grey sorriu de lado. - Bem mais do que imagina.

A frase, cheia de duplo sentido, de Meredith, deixou Fillipe um tanto curioso.

Ela estava dando condições para ele?

_Então, o que me diz?

A loira tinha consultado ao pai pela manhã, e mesmo sem entender direito, Richard deu permissão para a filha fazer a proposta a Fillipe.

A idéia de Grey era simples, ela daria ao homem tudo o que ele pudesse imaginar, o faria se sentir o dono do mundo, só para depois ter o prazer de lhe tirar tudo.

O faria subir, pois quanto mais alto estiver, maior é o tombo...

_É claro que aceitamos. - Ele se levantou, e estendeu a mão para ela. - Eu vou tratar dos seus negócios pessoalmente.

_Isso é ótimo. - Mer aceitou o aperto de mão. - Vi que vamos passar muito tempo juntos.

_Isso é bom - Fillipe a acompanhou até a porta.

_Isso é ótimo. - Ela sorriu e saiu rebolando em direção ao elevador.

REVENGE - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora