VII

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A vida de empresária era um tédio, logo Meredith entendeu o porquê do pai mandá-la em seu lugar. Ficar sentada o dia inteiro, revisando relatórios e tendo que lidar com gente arrogante, era algo estressante.

Ela já teria perdido a cabeça, se não tivesse um passatempo preferido, enlouquecer Fillipe.

Grey passava o máximo de tempo possível, provocando o homem. Ela sabia que uma hora ele iria avançar e era isso que ela estava esperando.

A sexta feira chegou, e com ela a nova fase do plano de Meredith:

_Já está tudo pronto? - Perguntou.

_Sim senhora. - A voz respondeu, do outro lado da linha.

_Otimo, vou encerrar agora.

Meredith guardou o celular, e se virou para Sr Shepherd que estava sentado em sua mesa :

_Me desculpe. - Ajeitou o cabelo. - Era o porteiro do meu prédio, eu vou ter que ir agora.

_Eu posso levá-la. - Fillipe se ofereceu.

_Não precisa, eu pego um táxi.

_Eu já avisei que chegaria tarde. - o homem pegou o paletó e a pasta - Não será incômodo levá-la.

_Já que você insiste...

Grey podia sentir o olhar de Fillpe em suas costas, enquanto caminhavam para o carro.

Ela estava sendo forte, pois tinha nojo de respirar o mesmo ar que ele, sentia ânsia sempre que ele a tocava, mas aguentava.

Precisava ignorar aquilo, seu plano tinha que ser maior que toda a aversão que sentia por Fillipe:

_Pode me passar seu endereço. - Falou, enquanto entravam no carro.

_Ou posso digitá-lo no GPS. - Mer foi grossa, mas percebeu a tempo. - Se não for incomodo.

_Sinta-se a vontade.

O caminho foi feito em silêncio. Fillipe estava tão concentrado na estrada, que as vezes tocava "acidentalmente" a perna de Mer, enquanto mudava a marcha do carro.

Sempre que isso acontecia, Meredith sentia vontade de puxar o volante de suas mãos e jogar o carro em um barranco qualquer. Só não o fez, pois sabia que ele poderia se salvar ou que morreria rápido... E não era essa a idéia.

Fillipe parou o carro, e encarou Meredith com um olhar confuso :

_Você mora em uma comunidade?

Grey fez cara de desentendida, enquanto olhava em volta :

_Nossa, acho que digitei errado. - Disse levando as mão a boca. - Ainda não estou familiarizada com o lugar.

Fillipe teria ficado furioso, se não fosse Meredith em sua frente. Ele não se exaltou por estarem na entrada de uma comunidade, muito pelo contrário, viu ali uma oportunidade perfeita.

Ele estava no carro, em uma rua escura e vazia, e Grey estava com ele...

Era uma oportunidade de ouro, já que a mulher havia dado sinais de que estava a fim dele,  e só não se envolveram por estarem em um ambiente de trabalho.

Shepherd olhou para Mer, que mordeu o lábio inferior em provocação. Ele entendeu aquilo como um sinal e se aproximou mais, colocou a mão no rosto dela e alisou de leve sua bochecha :

_Tem algo que eu gostaria de ter feito, desde a primeira vez que te vi.

Grey aproximou seus rostos até que seu nariz tocasse o dele. Ela sentiu o bigode dele arranhar sua pele macia, seu hálito cheirava a whisky e tabaco, uma mistura que fez o estômago de Meredith revirar.

REVENGE - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora