Capítulo 5

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Ignorem os erros! 😍❤️

Capítulo atrasado, porque a princesa aqui tava pintando a casa 😁

Nico 

Tudo está escuro. Eu odeio o escuro. Minha mãe sabe disso, mas ela nunca parece me escutar. Ela diz que sou um idiota por ter medo do escuro, mas ela não sabe os tipos de monstros que estão escondidos lá. Minha irmã Maggie me entende, ela também tem medo de escuro, por isso colou alguns adesivos brilhantes na sua parede, temos apenas seis anos de diferença, mas Maggie é a melhor parte que já conheci da minha mãe. 

Se não fosse por ela, eu com certeza não estaria vivo, minha mãe já teria dado um jeito de me vender ou algo assim. Viro algumas vezes na cama sentindo o medo tomar conta de mim, lutando contra a vontade de acender as luzes, sem querer parecer um bebê e chorar para a minha mãe, pego meu cobertor e travesseiro indo em direção ao quarto de Maggie na ponta dos pés. 

Assim que abro a porta um grito estridente me faz estremecer, junto com a visão de Maggie sendo arrastada pela janela por um homem. Um grande homem. Corro em direção a janela, gritando pela minha mãe e por ajuda, mas coisas piores já aconteceram ao redor e ninguém nunca saiu para ajudar. Com os pés descalços sinto os espinhos das plantas cortarem minha perna e calça de pijama quando tento correr em direção ao carro onde minha irmã está sendo jogada

Jogo meu pequeno corpo contra as pernas do agressor tentando atingi-lo com meus fracos socos, os gritos de Maggie se tornam mais altos e mais dolorosos contra meus ouvidos, mas continuo seguindo meus instintos para salvar minha irmã.

Naquela época eu tinha esperanças de derrotar um homem com o dobro do meu tamanho, mesmo com tão pouca idade, mas minhas esperanças acabaram no momento em que fui atingindo com algo afiado no meu braço e um soco em meu rosto. Caído no chão, não consegui reagir e tudo o que pude fazer foi  encarar as luzes do carro afastando-se, levando a única pessoa que amei. A única pessoa que não consegui salvar.

***

— Será que posso ter meu celular de volta? — A voz de Collin atrapalha minha pausa de encarar o saco de pancadas, enquanto estou completamente ofegante. Olho para seu rosto rapidamente, antes de ir até minha bolsa pegar seu celular que consegui pegar quando Mark e ele estavam me impedindo de chegar até Rachel. 

Descobrir sua senha não foi tão difícil e convencer Rachel que era Collin ao invés de mim no apartamento foi mais fácil ainda. Completamente frustado jogo o celular por cima do ombro sentindo-me nenhum pouco satisfeito quando ele consegue pegar antes de cair ao chão. Collin e eu nunca fomos próximos ao ponto de sermos melhores amigos como Carl e ele, mas nós tínhamos um relacionamento que foi muito além das nossas missões juntas. 

— Eu ainda não entendo como você conseguiu pegá-lo. — Murmura ao mesmo tempo em que volto a descontar todas as minhas emoções contra o saco, eu nunca fui bom em lidar com elas. Desferir socos contra um objeto inanimado é melhor do que sentir algo que está além do meu controle. — Você não vai falar comigo, não é mesmo? 

Ignorando-o aumento a velocidade dos meus golpes, ao ponto de sentir meus músculos queimando pelo impacto, a queimação se torna tão forte que já não consigo mais controlar meus braços e eles caem para o lado. A dor me distrai da bagunça da minha mente, mas não ameniza o sentimento estranho contra meu peito. 

Caio contra o banco de metal da sala ginástica levando a garrafa de Gatorade a boca esvaziando em um único gole. O lugar está silencioso por alguns minutos imagino que Collin saiu e finalmente foi embora, até que ele senta ao meu lado apoiando os cotovelos no joelho imitando minha posição. 

INEVITÁVEL - Série Law Angels 1 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora