Capítulo 17

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Ignorem os erros!😍

Rachel

— O encontro não parece ter ido muito bem. — Katy me segue em direção ao quarto de Rick, onde Jax está dormindo.

— Eu não imaginava que poderia ter se tornado pior — sussurro ao pegar meu pequeno homem em meus braços, respirando aliviada pela primeira vez desde que sai do restaurante. Fecho meus olhos por alguns segundos, apenas apreciando seu perfume de bebê.

— Você provavelmente deveria conversar com Livie sobre isso. — Suas palavras me tiram do meu momento de conforto e só aumentam o vazio persistente em meu peito.

— Sim, porque com certeza ela não vai comentar nada com Collin — Garanto que Jax está bem posicionado em meus braços para poder sair da sua casa.

— E aquela sua amiga?

— Por que não pode ser você? — Viro na sua direção segurando a cabeça de Jax contra meu peito. — Por que você não pode ser a irmã que me escuta, a irmã mais velha que toda garota tem?

Apertando o hobby de Seda azul contra seu corpo. Ela inclina seu queixo para cima olhando-me de forma superior.

— Porque eu não estou interessada em seu drama, Rachel. Você precisa crescer.

Sem querer lhe dar a satisfação de ver minhas lágrimas, praticamente corro para o meu carro. Percorrendo o trajeto até meu apartamento o mais rápido que posso. Deito Jax em sua cama, antes de ir para a sala.

Pego meu celular e ligo para única pessoa que poderia me atender nessa situação, abro um pote de sorvete preenchendo com calda de chocolate, ansiando para Gina atenda a ligação, mas ela cai na caixa postal. Ligo mais duas vezes, até que a secretária eletrônica é acionada. A ficha finalmente cai que ela não tem interesse em falar comigo também.

Coloco o pote de sorvete na minha frente, já não sentindo mais vontade de comer, mesmo que minha última refeição tenha sido o almoço. Mordo os nós dos meus dedos para evitar que meus soluços se tornem alto e acordem Jax.

A sensação de vazio é tão grande em meu peito, que me sinto prestes a sufocar quando a noção de que se não fosse  pela minha família eu estaria totalmente sozinha. Minhas opções de amigas são tão poucas, que chega a ser constrangedor.

— Mamãe? — A voz de Jax me faz pular em uma posição ereta. Sua pequena estatura está parada no corredor, com seu amigo dinossauro em uma mão e seu cobertor na outra sendo arrastado pelo chão até que ele chegue no sofá. Enxugo minhas lágrimas delicadamente, agradecendo pelo corredor escuro encobrir os rastros dela.

— Oi, bebê. Eu te acordei? — O pego no colo, colocando-o em cima do meu peito antes de nos cobrir com seu cobertor, sem forças para sair do sofá e voltar para nosso quarto.

— Ti amu — É a sua única resposta preenchendo completamente o vazio no meu peito. Beijo sua cabecinha, relaxando contra sofá sentindo seu pequeno corpo pressionando contra o meu.

No dia seguinte acordo mais cedo do que o planejado, mas pelo menos sinto minha mente renovada. Levo Jax para seu quarto, e o dinossauro em sua cama me faz estremecer, porque eu podia jurar que ele tinha levado para a sala ontem. Ignorando o arrepio em meu corpo, coloco Jax no quarto e olho ao redor do quarto segurando o dinossauro em minha mão.

As janelas estão todos fechados e sem nenhum sinal de arronbamento. O lugar está praticamente o mesmo, provavelmente seja minha mente cansada dando sinais de que eu finalmente preciso tirar a tal férias que minha mãe vem dizendo para eu tirar.

Coloco o dinossauro ao seu lado e logo Jax o agarra em um pequeno abraço. Sorrindo, fecho a porta atrás de mim e vou para cozinha preparar nosso café e meu almoço para o dia. Meu celular continua do mesmo jeito que o deixei na noite anterior, sem nenhuma ligação ou mensagem. Sentindo-me melhor que ontem ignoro todos os pensamentos irritantes e me concentro no agora.

Quando tudo está pronto, envio uma mensagem para Mamã perguntando se ela ainda pode cuidar de Jax. Essa tarde, ao sair do banho vejo sua mensagem positivo e vou para o meu pequeno ter uma pequena luta até que finalmente estamos limpos, alimentados e prontos para o dia.

***

Nico

— Essa não era pra ser a minha vida, era para ser sua. Você com certeza saberia o que dizer nessa situação, enquanto tudo o que consigo fazer é estragar algo tão simples. Por que você não pode ficar aqui comigo?

Espero uma resposta que nunca vem, olho para o horizonte antes de encarar o líquido preto no copo em minhas mãos. Depois do meu péssimo encontro com Rachel, eu não consegui voltar para casa. Sai pela cidade parecendo uma alma abandonada até que parei em um parque abandonado encarando a solidão a minha frente. A solidão que sempre desejei em toda a minha vida, começou a se tornar insuportável. Ter como minha única companhia a culpa e minha mente perturbada não parece mais ser tão agradável assim.

— Teria sido mais fácil se eu tivesse partido em seu lugar — tomo um longo gole do café já frio em meu copo, quando meu corpo entra em alerta pela presença de outra pessoa se aproximando do banco onde estou sentado.

— Quantas vidas não teriam sido perdidas se você não estivesse mais aqui. Isso nunca passou por sua cabeça?

Contínuo ignorando sua presença mantendo meu olhar sempre a minha frente. Quando não respondo, ele sorrir colocando suas mãos no bolso do casaco para se proteger do frio.

— Você precisa se perdoar pelo o que aconteceu, Nico.

— O que você está fazendo aqui? — Ainda não me incomodo em olhar para ele e isso só parece diverti-lo ainda mais.

— Preciso confessar, eu estava os observando hoje. — Sinto seu olhar em meu rosto, mas mesmo assim ainda me recuso a encará-lo. — Você teria uma bela família se, se permitisse ter uma.

— A minha única família morreu, você estava lá. Foi você que me tirou de cima do seu túmulo.

— Sim, não posso esquecer isso. Tem coisas que ficam na nossa mente até o dia da nossa morte, mas aquele pequeno — faz uma pausa como se estivesse esperando uma reação minha. Quando não demonstro nada ele volta a falar. — Ele é a sua segunda chance, você nunca pensou nisso?

Finalmente olho para ele, seus olhos estão cobertos por um óculos escuros, que refletem o meu rosto derrotado e abatido.

— Ele pode ser a melhor coisa para mim, mas eu posso não ser o melhor para ele.

O sorriso irritante aparece em seu rosto, obrigando-me a desviar o olhar mais uma vez para longe de seu rosto.

— A sua queda vai ser inevitável, Nico.

Bufo, finalmente voltando toda a minha atenção para ele.

— Como você pode ter tanta certeza disso?

— Se você tivesse visto a cena que presenciei hoje, esse seria o último lugar que iria estar.

— Esse sempre será minha primeira opção.

Retirando os óculos escuros, ele me permite olhar em seus olhos.

— Você vem aqui porque foi o primeiro lugar que você se sentiu seguro pela primeira vez desde a morte da Maggie. Mas há outros lugares no mundo em que você ainda pode se sentir seguro e no controle da situação sem ser aqui.

Sem esperar por uma resposta que não darei. Ele sai tão silencioso como chegou deixando-me sozinho olho por cima do ombro em sua direção e noto seu leve coxear quando caminha para seu carro. Ele pode não ser a melhor pessoa do mundo, mas foi o único que me salvou.

Encaro o copo de café vazio na minha frente, observando o fundo manchado pelo café. As memórias da noite anterior retornam fazendo-me sentir uma merda quando as palavras idiotas e reflexivas fazem eu sentir algo pela primeira vez desde que o vazio se alojou em meu peito após a morte de Maggie.

A forma como tratei Rachel ontem foi além de desprezível, eu simplesmente ignorei suas emoções e agi como se só as minhas importassem. Minhas emoções não justificam a forma como a tratei, mas eu simplesmente não sei se deveria apenas deixá-la ir, ou fazê-la ficar. 

INEVITÁVEL - Série Law Angels 1 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora