Choa estava sentada em sua cama, sem saber o que fazer naquela situação, em pânico pelo que a ausência de consciência poderia causar naqueles dois. Em todo o tempo que ficou com Taeyong - desde que o rapaz completara 16 anos e saíra da casa dos pais - Choa evitou intromissões desnecessárias na vida do ômega. Quando ele decidiu, por conta própria, que jamais permitiria que um alfa o marcasse e que, em nenhuma hipótese, terminaria os seus dias reduzido a um maldito receptáculo de filhotes, a senhora percebeu o trabalho bem feito que Sunmi havia feito, então seus serviços não era necessários.Ah, mas, a beta havia se apegado tanto à Taeyong, então ela ficou. Cuidando da casa, das roupas, da comida, quando estavam apenas os dois, ele era um garoto adorável, muito educado, importava-se tanto com os outros. Jamais negou um copo d'água ou dois dedos de prosa à qualquer criatura que batesse à sua porta. Em nada lembrava a família a qual pertencia. Cuidava da empresa do padrasto com afinco e Jaejoong confiava em Taeyong como confiaria em um filhote que fosse seu. Ninguém, jamais, descobriu quem seria o pai de Taeyong e Sunmi jamais permitiu que essa questão fosse levada em consideração. Jaejoong era seu marido e portanto, pai de Taeyong, não importa o que a maldita biologia quisesse insinuar.
Naquele momento, Choa decidiu que não devia mais observar de fora, que aquela era a hora certa para uma "intromissão", por isso, mesmo que o rapaz a odiasse pelo resto dos seus dias, ela faria tudo que fosse necessário para protegê-lo. Discou o número de Sunmi e aguardou que ela atendesse.
- Oi Choa! - Sunmi atendeu animada.
- Senhora... - a voz trêmula da mulher denunciou que aquela não seria uma conversa amigável.
- Choa? O que aconteceu? Por que está assim? - Sunmi perguntou exasperada - Aconteceu algo com o Taeyong? Ele está bem?
- Sim, por enquanto ele está bem, mas, aquele alfa, ele está aqui. E... Senhora, ele está em hut! Não sei se tem consciência do que está fazendo...
- MAS, QUE DIABOS! COMO DEIXOU ISSO ACONTECER??? - berrou desesperada.
- Mas... Mas... O que eu poderia fazer, senhora? Ele chegou aqui no meio da madrugada, Taeyong atendeu a porta, eu não tive o que fazer! E agora? Não posso simplesmente entrar no quarto e arrancar o Jaehyun de lá! - pediu chorosa.
- ARGH! QUE SEJA! EU RESOLVO ISSO!
Sunmi interrompeu a ligação antes mesmo que Choa tivesse chance de responder. A alfa estava em pânico, sentia-se impotente diante do que estava na iminência de acontecer. Não! De forma alguma ela permitira que o seu filhote se tornasse algum tipo de animal, ainda que ela não tivesse certeza de que isso aconteceria, ela não arriscaria. Jogar com a vida de Taeyong era algo impensado para ela. Seu lobo interior estava em alerta total e seu instinto protetor estava em níveis impensáveis.
Bom, o que mais poderia ser feito para parar a força da natureza? Quem seguraria uma mãe-lobo capaz de qualquer coisa para defender a própria cria? A morena agarrou a alça da bolsa e deixou a casa sem sequer avisar à Jaejoong aonde ia. Segurou as chaves do carro e sumiu dentro da garagem. Se apelar para a consciência de Taeyong não funcionou, só lhe restava apelar para uma outra mãe-lobo que fosse capaz de qualquer coisa para defender a própria cria.
Enquanto dirigia, apertava o volante entre os dedos e rosnava agoniada. Ela não sabia o que fazer, seu coração se apertava apenas com a hipótese de perder o seu filho para uma maldição qualquer, uma condição, o que quer que fosse aquilo. Não! Ela repetia em sua cabeça. De jeito nenhum isso aconteceria.
Estacionou o carro em frente à pequena casa. Somin e Krystal estavam no jardim, a alfa cuidava, atentamente de tudo, enquanto a ômega parecia dar-lhe instruções do que fazer com a terra, os vasos, as flores, a grama. A garota de olhos castanhos-esverdeados foi a primeira a notar a presença do carro. Virou-se assim que o veículo estacionou, fazendo com que a mãe se virasse também.
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SIX DAYS OF HEAT
أدب الهواةjaeyong | abo • Taeyong possuía apenas uma certeza, ainda que incômoda demais para alguém como ele. Só existia uma forma de aplacar seus desejos e domar seus instintos naturais: precisava de um alfa disposto a satisfaze-lo em seus torturantes seis d...