P.O.V LINDA.
O estado do Eduardo me preocupa muito, depois de seu sequestro ele voltou muito diferente, mas não é o diferente que eu esperava. Sei que existe relatos de pessoas mudarem depois de um choque de um sequestro porém não acho isso normal, pelo menos dentro do meu padrão de normal.
- Senhora Linda. - Arthur abriu a porta. - posso falar com você. - ele estava sério.
- Entre e sentasse. - ele faz o que oriento. - pode falar.
- Bem, a senhora sabe que trabalho para a sua família a gerações. - ele me olhou. - Sei muitos segredos e muitos deles devem manter assim, porém alguns deles não. - ele parecia bem pensativo.
- Onde você quer chegar. - Comento com receio de saber.
- Sei que a senhora foi a culpada da morte dos pais do Eduardo. - ele disse calmo, Arth mora comigo a tantos anos que nem sentia medo de me falar o que pensa. Gerações se passa e ele se mantém com uma posição firme de proteger quem ama.
- Do que você está falando? - me levantei exaltada. - Está me acusando de assassinato? - falei séria com tal situação, Arthur não tinha o direito de trazer isso à tona.
- Bem, você sabia que os dois estariam viajando, mandou que seus "funcionários" cortasse o freio do carro. - ele disse convicto disso. - Mas para sua sorte naquela noite que ele iam voltar, uma neblina pegou eles no caminho e caíram da ribanceira não sobrando nada do carro, além de uma monte de sucata amassada e flamejante. - ele disse com aquela expressão serena. - Por mais quanto tempo vai esconder isso? - ele disse tudo de uma forma calma, nunca contei isso a ninguém, e duvido que Arth tenha ficado ao meh lado mesmo depois de saber disso só por gratidão.
- Olha Arthur eu... - ele me interrompeu.
- Seu irmão era responsável pelas finanças da sua mãe, com sua morte foi bem a calhar você conseguir ser a nova responsável. - ele ainda mantinha a mesma feição. - eu ouvi a senhora dando as ordens quando ia te levar o chá da tarde e você só aceitou cuidar do Eduardo por achar que isso vai aliviar sua culpa. - ele se levantou. - Mas não se pode esconder a verdade por muito tempo. - ele sorriu. - eu vim lhe contar que sabia da verdade por não aguentar mais guardar isso, contei para você pois precisava desabafar com alguém. - ele pensou. - Mesmo que esse alguém seja a culpada, de qualquer maneira, ninguém mais saberá e se depender de mim, não vai saber. - ele se aproximou da porta. - Estou velho e não podia morrer sabendo disso e guardar só para mim. - aí Arthur, por que fala em morrer, sobre meu abrigo ninguém lhe fará mal. - ainda sim. - Ele me tira dos devaneios. - Não serei eu a ir contra um rainha.
Quando ele girou a maçaneta ouvimos passos correndo pelo corredor. Ele abriu e olhou para conferir se tinha alguém, mas me disse não haver ninguém ali, é não tinha, mesmo, eu tenho total certeza que não tinha uma pessoa. Fui ao quarto de Daniel ele estava dormindo e o mesmo vale para Eduardo. Estava com tanto medo que acho ter imaginado coisas, ao ouvir os passos.
P.O.V DANIEL.
Acordei no dia seguinte e estava bem cansado, meu corpo estava um pouco dolorido mas isso não ia acabar com meu sábado. Fui até o quarto do Eduardo e ele ainda estava dormindo, voltei ao meu quarto e tomei o bom banho de água gelada. Desço e encontro na sala, Linda e o Doutor Márcio que estavam conversando.
- Bom dia. - o cumprimentei.
- Bom dia. - ele se levantou para apertar minha mão.
- O que está acontecendo? - perguntei.
- O Doutor Márcio veio com novas notícias sobre seu primo. - Linda disse com a mesma elegância de sempre.
- Eu quero saber também. - me sentei.
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Porque Tinha Que Ser Assim?!!!
FantasyEm um mundo relativamente difícil, o jovem Eduardo Campos se vê pressionado a novas mudanças. As portas de um novo mundo podem se abrir para ele, enquanto uma escuridão antiga cairá sobre suas ações. Segredos que sua família carrega a gerações pode...