Capítulo 38:

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             Assim que abro meus olhos, a luz do sol pegou no meu rosto, e fez eles doerem. Me levantei da cama e fui ao banheiro lavar o rosto, me olhei no espelho e deu um sorriso fraco, acordei tão bem, estava relaxado e cheio de energia. Tomei um banho e saio do box, na minha costa tinha uma tattoo, no centro um sol negro, em volta um lobo e uma raposa circulando o sol, posicionada perfeitamente em um triângulo imaginário, em cima a lua, do lado direito o pentagrama e a esquerda os planetas do sistema solar alinhados.

- Agora me lembro quem eu sou... - Sorri olhando pela janela. - Meu nome é Daniel Campos Burnner. O feiticeiro/vampiro Imperial/lobisomem/raposa.

- Bom dia. - Eduardo abriu a porta do meu quarto.

- Você lembra do que aconteceu? - falei.

- Mas é claro que sim, ontem você e eu deixamos a empresa Campos nas mãos do vice-presidente e viemos morar em Guarípa, na minha cidadezinha. - Ele sorriu. - Mas fica calmo que a empresa ainda é sua.

- Não, estou falando das bruxas, raposas  e...  - ele me interrompeu.

- Haaa... para ser sincero não gostei daquele filme. - ele não parecia fingir. - vem... minha vó me deixou um presente antes de morrer, era para mim abrir ontem no meu aniversário de 18 anos, mas como não cheguei a tempo vou ver hoje. - Estudo não estava fingindo em momento algum.

      Ele pegou minha mão mas pedi para me deixar vestir algo, pelo menos uma cueca. Ele ficou vermelho e me soltou. Que estranho, ele parece não se lembrar de nada.

- Há... eu não falei antes mas a tattoo ficou legal. - ele riu. - e parando para pensar também gosto da minha.

       Assim que vesti uma cueca e uma short folgado que estava no guarda-roupa, eu o segui até um quarto que a princípio estava trancado pois ele foi buscar uma chave para abrir. Quando entrei estava tudo meio empoeirado pelo tempo sem uso, mas a cama, os cômodos, as fotos, tudo está bem organizado.

- Esse era o quarto da minha vó, eu não mexi em nada, tudo está como ela deixou. - ele parecia bem triste.

      Pegou uma caixa no guarda roupa e ficou olhando para ela.

- Está tudo bem? - falei.

- Sim. - sorriu.

        Então ele abriu a caixa. Dentro tinha um envelope de papel pardo, ele leu e ficou surpreso. Sem querer enquanto ele lia mentalmente, eu lia a sua mente. Eduardo Campos é o herdeiro de toda herança da sua vó. Ela deixou tudo pra ele.

- Não acredito nisso. - ele disse.

- Parabéns. - Sorri.

- Não, eu não quero.

- Como?! - Fiquei incrédulo.

        Ele guardou a caixa e saiu do quarto, segui ele e me assustei ou ver a Laura, Julia, Amanda, Luís Otávio e Matheus sentados na sala assistindo uma filme.

- O que está acontecendo aqui? - Olhei para eles.

- Dan,Eles vieram morar com a gente, lembra? - Edu tinha mudado a expressão de triste para não chamar atenção. - Fizemos uma pacto no último dia de aula de morar juntos. - ele sorriu.

- Onde você está com a cabeça? - Julia comentou.

- Você está estranho. - Matheus  levantou e foi pegar algo na cozinha.

- Vocês não lembram de nada? - falei.

- Você que parece estar com ressaca. - Amanda abraçou Matheus assim que ele sentou no sofá com uma garrafa de Coca-Cola na mão.

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