- Edu. - chamei ele. - Acorda, temos que ir ao hospital. - já era segunda e eu precisava encontrar uma maneira de ajudar ele.
- De novo? - ele resmungou. - Deixa eu dormir mais um pouco, deita aqui comigo.
Nem eu nem Linda havia contado a ele sobre essa nova consulta.
- É só para saber se esta tudo bem mesmo. - Tento parecer convincente.
- O que ganho se levantar. - ele me olha com um sorriso.
- Que tal me ter só pra você? - falei deitando ao seu lado, lógico que pronto para sair.
- Mas eu já tenho você só pra mim. - ele me abraçou. Naquele momento meu coração se enche de alegria, seu abraço era quente e cheio de ternura e proteção, minha vontade era ficar ali sentindo o calor de seu corpo.
- É??? - sorri. - Sabia não.
- Bobo, achei que você gostasse de mim. - ele me olhou fazendo beicinho.
- E gosto. - falei. - gosto muito de você. - levantei. - Por isso quero cuidar tanto de você. Tanto que você nem imagina.
- Bobo. - ele sorriu e levantou. - tá bom, eu vou.
Esperei ele sentado na cama enquanto o mesmo tomava seu banho.
- Você nem imagina o quanto gosto de você. - sussurro. - Eu não consegui te proteger uma vez, não vou deixar isso acontecer de novo. - Digo em um tom quase inaudível.
De forma geral ele foi ao hospital, os exames durou uma ou duas horas e então tiramos esse dia para ir ao parque nos divertir ao invés de ir a escola. Queria esquecer os problemas.
- Faz muito tempo que não vivia também bem assim. - ele sentou no banco da praça que ficava mais afastado do área mais frequentada. - Bem, pelo mesmos depois da morte da minha vó. - Ele olhou para o chão.
- Ei, fica assim não. - levantei sua cabeça. - Isso já passou e agora tente criar novas memórias e guardar as boas da sua vó. - ele me olhou. - ela te amava e isso importa.
- É.. - Ele sorriu. - isso que importa. - ele segurou meu rosto com todo cuidado e carinho. - e quero fazer novas recordações. - ele começou a se aproximar de mim, lentamente.
Estávamos longe das pessoas e ninguém prestava atenção em nós dois. Em segundos já podia sentir sua respiração e seus lábios tocarem o meu. Meu corpo se encheu de uma felicidade imensurável, fazia tempo que não tinha seus lábios aos meus com todo esse desejo e ternura. Minha língua começou a explorar cada sua canto da sua boca. Puxei ele pela cintura para que ele cole mais ao meu corpo, eu não queria ele para mim e sim era vital sua presença na minha vida.
Puxei ainda mais o seu corpo contra o meu. O loirinho acabou parando no meu colo. Ele tinha um beijo doce e inocente o que me deixada mais apaixonado por ele. Ele parou o beijo e inclinou minha cabeça para trás olhando no fundo dos meus olhos.
- Eu te amo. - Ele sorriu com vergonha mas demonstrando sinceridade em seu olhos. - Queria ter percebido isso antes.
- Eu também te amo. - olhei para aqueles olhos cor de mel e a brisa da tarde fazia seus cabelos loiros ficarem balançando de um lado para o outro por já estar crescendo. Vai parecer um tanto clichê, mas o mundo naquele momento se resumia a Eduardo e eu.
O vento gelado indicando que a noite se aproximava não tinha vez com o calor de nossos corpos, a luz dourado do por do sol, deixava o horizonte atrás de Edu muito lindo. Eduardo estava me olhando tão intensamente que parecia analisar cada detalhe em mim. Seus olhos penetrando os meus, meu coração gritando dentro do meu peito. Então ele volta a me beijar sem se preocupar com mais nada.
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Porque Tinha Que Ser Assim?!!!
FantasyEm um mundo relativamente difícil, o jovem Eduardo Campos se vê pressionado a novas mudanças. As portas de um novo mundo podem se abrir para ele, enquanto uma escuridão antiga cairá sobre suas ações. Segredos que sua família carrega a gerações pode...