FINAL:

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               Saio para fora de casa e vejo algumas instalações, prédios bem pertos, a humanidade está ocupando um grande espaço e está cada vez difícil nos esconder entre eles. Como é de sua natureza humana serem tão ignorantes sobre certos assuntos, é provável que uma guerra comece quando descobrirem sobre nós. E sabemos qual lado irá ter uma maior perda, mas não é isso que queremos, levou séculos para instalar a paz entre o clã dos vampiros e das bruxas, não precisamos de uma guerra com os humanos.

Me virei e respirei fundo ao sentir todos os canais de comunicação chegar até aqui. Felizmente está tudo pronto. A hora chegou.

- Você tem certeza que quer fazer isso? - Arthur disse se materializando ao meu lado.

- É o único jeito. - falei me convencendo disso.

- Abrir uma portal para outra dimensão e enviar todo o clã das bruxas, vampiros, lobisomens e raposas é exigir muito poder. - Ele me olhou. - é suicídio mesmo para você.

- Não tenho nada a perder. - olho para ele. - Nada.

- Isso também é por ele não é? - ele segurou meu ombro. - selar todos não será fácil, porém não posso te impedir.

- Obrigado. - Sorri. - e me faça uma favor. - Arthur me olha atentamente. - guie o escolhido para o caminho certo. - Ele acena um "sim" com a cabeça. - Muita coisa está por vir.

Entrei na casa e me sentei na poltrona que um dia pertenceu a vó de Eduardo, a rainha vampira, Tereza Campos. Como ainda estava coberta com o lençol retiro e sento. Em todos esses anos que se passou, com toda as reformas e mudanças, esse lugar era sagrado, ninguém ousou mexer. Ao lado um livro, quando abri para olhar estava marcada no meio, deve ser onde ela parou sua leitura. Olhei a capa "Minha princesa é um príncipe", onde no final tinha uma mensagem escrita a mão.

Meu querido Eduardo, existe tanta coisa que eu gostaria de lhe contar. Nossa família é especial, somos diferentes a ponto de nunca nos encaixar neste mundo. Nesses últimos dias estou tomando Beladona, um veneno para vampiros, letal para vampiro de segunda classe, mas tóxico para os imperiais, com o uso contínuo vejo que finalmente esteja fazendo o efeito desejado. Não aguento mais viver assim, a mãe das bruxas e nossa progenitora me disse que você teria uma grande papel na história. Mas havia sacrifício para você crescer já que eu acabei te deixando inocente de mais. Você precisa despertar seus poderes vampiros meu menino, adoraria que você tivesse uma vida humana, mas o destino de nossa família depende de você. Espero que com minha morte, você evolua, que você encontre seu caminho.
Como sua vó e rainha do nosso clã, espero que um dia você se torne o rei que seu pai não pode ser.
Hoje me despeço de você. Meu querido Eduardo💖

Ela deve ter deixado essa mensagem na esperança de Edu saber o motivo da sua morte. Mas ele não tinha coragem de mexer enquanto estava vivo e acabou não vendo. Mas o que a promeira bruxa tem haver com isso? Qual é esse papel importante que Eduardo deveria desempenhar?

Bom, a minha alcatéia estavam esperando pela segunda parte do plano. Respiro fundo e concentro o máximo de magia possível.

- Espelharmus, hoc dominy tero... hoc tero Espelharmus dum... - Continuei o feitiço mentalmente. - Espelharmus, hoc dominy tero... - Abri uma sala secreta que eu mesmo construí. - Hoc tero Espelharmus dum.. - Abro o vidro e lá estava ele, com o rosto sereno, Eduardo estava sobe um feitiço atemporal que não deixará seu corpo se decompor ou que seu corpo sofra qualquer agressão do tempo. - Gaia in nix!!

A casa começou a balançar e os livros assim como outras coisas começaram a cair no chão. Era como se um terremoto estivesse alcançado a casa. Toquei no seu rosto e guardo o máximo possível de sua expressão. Mesmo sendo um senhor de 95 anos.

- Me perdoa por isso. - meu olhos marejados me alertavam que se eu continua-se poderia ser o fim. - incorpore ânimo.

A sala onde eu estava começou a se desmanchar em pó. E estou falando literalmente, estava sendo apagada do local. Tirei a corrente que Arthur me deu e joguei para longe de mim, que assim como os móveis se desfez indo para algum lugar.

NARRADOR.

O dia em todo o mundo sob a visão dos mortais não passou de mais um cheio de estresse, pessoas andando de um lado para o outro apressados. Cachorros latindo, pássaros voando, carros, motos e outro automotivos poluindo o ar e contribuindo para o efeito estufa. Não tinham tempo para ver as coisas que aconteciam bem na sua frente.

Mas para os sobrenaturais, o céu escuro demostrando que viria uma grande tempestade era mais que evidente para eles. Se não fosse a enorme quantidade de magia no ar, poderia sim talvez ser um temporal. Todos os feiticeiros, as bruxas e os vampiros olham para o céu com uma expressão de medo. O poder esmagador lhes causa terror. Na Correia do Sul, Luara sentia a tempestade chegar. Matheus na Índia, Lota na Austrália, Amanda no Canadá e Julia na Argentina. Todos tinham um sorriso de vitória no rosto, já que aquela tempestade indicava que o plano deu certo. Na penitenciária da cidade de São Paulo, Fernando, Scott e Teo viram o céu negro e acabam se entre olhando, indicando que sentiam o mesmo. Então, todos as criaturas sobrenaturais desaparecem no ar sem deixar qualquer pista para trás, todos desapareceram simultaneamente no mundo.

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100 MIL ANOS DEPOIS.

P.O.V ROSALIN ZOTUS

Eu estou começando a me estressar com toda essa história. Aperto meu pulso com força para aliviar a frustação.

- Vossa majestade, a alcateia do Sul liderada por Josh Dumas estava sendo atacada novamente pelo Lótus roxo. - disse o capitão de guerra.

- Mande reforços, não podemos perder para aqueles vermes. - dou a ordem sem conter minha raiva.

- Sim senhora.

Eu não vou perder, vou honrar o nome das raposas... e honrar Indra. O primeira rei raposa, durante gerações nossa família teve a tradição de contar o quanto ele era destemido, um verdadeiro senhor da guerra. A primeira rainha raposa depois dele foi Laura Otriz. Uma das três primeiras do nosso clã. LAURA OTRIZ, JÚLIA OTRIX E AMANDA OTRIS.

P.O.V JOSH DUMAS.

O clã das raposas deve nos mandar reforços, mas até que cheguem presisamos impedir que esses vampiros filhos de uma puta não entre na nossa fortaleza.

- Senhor, as nossas defesas estão sendo derrubadas, o clã da Lua está ajudando os Vampiros por algum motivo.

- Isso não é bom, mas achei que o clã da Lua odiasse eles. - falei pensativo. - Por que se aliaram nessa batalha?

Não posso decepcionar Ashura, o primeiro Lobisomem... depois dele vem seu seus dois filhos Matheus Cipruz e Luís Otávio Cypruz Mas agora estou eu aqui envergonhando o nome dos lobisomens. Como rei dessa alcateia estou sendo um fracasso.

         Não importa quantas geração vier vamos acabar com todos eles.

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Porque Tinha Que Ser Assim?!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora