[EM REVISÃO]
❝O departamento de crimes violentos de Incheon era mais enfadonho do que o nome fazia parecer. Bang Chan não se importava, sendo isto um indício de que a taxa de homicídios da cidade estava mais baixa do que já esteve no passado que tod...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ainda não somos cadáveres,
entretanto, apodrecemos.
(Rise Against)
𓅐
Quem testemunhasse o Detetive Bang em seu ambiente de trabalho não imaginaria que havia muito mais além daquela fachada intimidadora de policial mau. A verdade é que Minho gargalharia na cara de qualquer um que descrevesse seu parceiro como menos que suave e compassivo. Todavia, criminosos faziam parte do grupo seletivo que nunca veria esse lado de Bang Chan.
Exceto...
A personificação do caos com sardas.
Chan definitivamente se sentiu enojado com a perspectiva de ter cedido aos pedidos do Emissário. Talvez, fosse porque Felix parecia, pela primeira vez, genuinamente preocupado com alguma coisa. Talvez fosse porque Felix, que na noite passada tinha feito um acordo com um demônio em troca do amigo, carregava olhos cansados e uma postura agitada. Ou talvez fosse a memória da noite passada, do sono breve e inquieto do criminoso, da lágrima órfã escorrendo e de como ele continuou a tremer o resto da noite, em um vislumbre de fragilidade que o fazia querer proteger. Era seu instinto, afinal, mas ele precisava lembrar-se que Felix, apesar de mais novo e de ter se metido em uma situação arriscada, não era um garoto ingênuo ou inocente.
Era conflituoso que a parte que queria proteger qualquer um em posição de vulnerabilidade e a parte que odiava com uma profundidade doída criminosos em geral despertasse, pela primeira vez, ao mesmo tempo. Pela mesma pessoa.
Então, mesmo sendo incômodo, parar no hospital a caminho da delegacia para que Felix pudesse ver seu hyung antes de ser preso parecia o certo a se fazer. De qualquer forma, Chan pensou em uma tentativa de amenizar o desconforto crescente em seu peito, precisaria verificar o estado de Han Jisung.
Não conseguia esquecer da sua forma quebrada naquele galpão.
— Desculpe — o médico respondeu a ambos —, apenas a família pode visitar.
— Eu sou irmão dele — Felix mentiu facilmente. O médico pousou os olhos sobre Chan, esperando que ele desmentisse ou confirmasse as palavras dele.
— Detetive Bang Chan. — Mostrou sua identidade para dar alguma credibilidade à história maluca do Emissário. — Eu...
Felix cortou-o abruptamente ao agarrar seu braço em uma proximidade nauseante, escondendo com êxito suas mãos dadas do olhar desconfiado do médico antes que ele percebesse a algema que os ligava.
— Ele é meu namorado — Felix disse com tanta naturalidade que Chan não fez nada além de observar a cena absurda. — Ele veio me acompanhar e talvez descobrir quem fez isso com o meu hyung.
