Pov:Narrador
Quando Jack caiu de joelhos, morto, perante ao seus pés, Cherry começou a sentir o corpo relaxar, contemplando a satisfação de ter dizimado todos.
Era uma sensação estranha, nova, um contentamento tão soberbo que sentiu como se pudesse rir por horas, degustar daquele cheiro forte de sangue e deleitar-se com o silêncio mortal.
Ela encarou todos aqueles corpos por muito tempo, esperando que, talvez, a felicidade passasse, que caísse em si e começasse a chorar por ter matado tantas pessoas, entrar em desespero e desabar em soluços. Mas nada veio.
A satisfação deu lugar a desprezo por aqueles monstros, que logo se tornou orgulho por ter acabado com eles.Um sorriso convencido tremelicou seus lábios, mas ela não ousou mantê-lo por mais de alguns segundos.
Saiu do circo com passos decididos e seguros, não notando quando seu corpo voltou a se materializar, dessa vez mais alto, mais potente, e com os olhos cintilando em vermelho vivo.
O engraçado, para sua parte humana que restava, era que ela nunca tinha estado ali - cujo parecia ser uma dimensão diferente. -
No entanto, seus pés caminhavam decididamente em uma direção, como se tivesse percorrido aquele caminho todos os dias.
Percebeu igualmente que seu corpo não reagia a chuva, sentia os pingos pesados e furiosos desabando aos milhões sobre si, mas não tinha qualquer reação de frio, desconforto ou anseio por calor.Em poucos minutos, depois de cruzar algumas árvores da densa floresta, a ruiva se enfiou no meio da fresta estreita de duas árvores largas e robustas, pisando sobre suas raizes grossas e se embrenhando mais no corredor sem fim que aquela passagem fazia.
Ela se perguntou, algumas vezes, como estava fazendo tudo àquilo com tanta segurança.
Quer dizer, todos os assassinatos, o modo meticuloso de tratar Jack, controlar o ambiente a sua volta, estar tão certa no caminho que fazia e nãos esboçar nenhuma reação, física ou emocional, sobre a chuva.Não achou resposta, só sentiu o âmago de sua alma sorrir diabolicamente.
No final daquele corredor medonho e esquisito, Cherry se viu em um dos corredores da mansão de Slender Man, especificamente naquele em que ela havia sido sequestrada.
Jeff não estava mais lá, nem o rastro de sujeira que sua quase-assassina tinha deixado com o machado. Na verdade, a ruiva não sabia quanto tempo passou fora de fato, mas pelo começo dos raios amanteigados que pincelavam a borda do horizonte, julgava ter se ausentado pela madrugada toda.Atenta a qualquer ação, colocou-se a andar, dobrando os corredores a procura da presença de alguém.
- Eu estou te dizendo tudo o que eu sei! - A voz de Jeff era abafada pela distância entre eles.
- Não é o bastante! Jack não pode ter sumido assim! Ele não tem controle da matéria e dimensão! - reconheceu Slender man, no fim do corredor, vorificando tão alto que alguns dias atrás ela teria se encolhido de medo.
- Calma, meu amigo, não é para tanto. - Esse ela não conhecia, na verdade tinha ouvido aquela mesma voz discutindo com Slender man sobre seu treinamento.
Caminhou mais decidida em direção a eles, ouvindo várias vozes exporem suas opiniões agora, gritando uns com os outros, destruindo ofensas e passando a culpa de seu sumiço de costa em costa.
Tocando a maçaneta gelada, abriu a porta com brutalidade, cessando de prontidão o falatório e atraindo olhares pasmos e descrentes para di.Cherry sentiu cada emoção, era como se acompanhasse seus batimentos cardíacos individualmente, ela sentia a confusão em suas almas, o choque em cada respiração.
E suas emoções passaram da surpresa, para medo e cautela.
Sorriu de lado com isso, deliciando-se com tantos olhares amedrontados que percorriam seu corpo e se arregalavam ao pararem em seus olhos.
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Nigthmare Midnigth - Jeff The Killer
УжасыCherry manejava o violino e adorava música clássica, tocava Johann Pachelbel e lia Edgar Allan poe. Mas Impressionante como tudo pode mudar quando você se apaixona por um Serial Killer. Um amor entre uma humana e um creepypasta pode resultar em pe...