四 Shi

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Midoriya estava entrando na escola junto de Nikko. Ele tinha pego dois dias de dias de suspensão, que agora tinham acabado. Ele andou até a secretaria calmamente com o garoto ao seu lado, feliz por poder voltar a escola.

O esverdeado sabia o que deveria fazer. A diretora deixou claro que Destiny e seu pai estariam ali naquele dia, para Nikko se desculpar com ela. Era o único objetivo daquele encontro dos quatro. Ao menos na visão da diretora.

— Nikko, você sabe o por que está aqui agora, então, sabe o que tem que fazer. — A mulher falou. Os dois pequenos estavam de frente um pro outro com seus respectivos pais atrás.

O garoto abriu a boca pra falar, mas Katsuki disse antes: — Podemos conversar na sala a sós novamente? Eu tenho que conversar com o De- Midoriya. Não chegamos a falar muito no outro dia.

— Ah, tudo bem então. Os quatro podem ir a mesma sala do outro dia. Mas não demorem muito, os dois pequenos ainda tem aula hoje.

Eles assentiram e andaram em silêncio até a sala. Quando entraram, Izuku se sentou no sofá de couro que tinha ali. Estranhou quando Katsuki sentou ao seu lado, mas permaneceu quieto.

As duas crianças ficaram em pé a frente deles, Nikko colocou as mãos nos bolsos e sorriu para a garota.

— Eu fui um mala com você. Você não tem culpa por não ter amigos, mas ai, eu posso ser seu amigo! Me desculpa mesmo, eu fui mal, sei que ninguém merece ser tratado assim, meu pai me falou e esse blá blá blá todo.

— E-eu te desculpo, Nikko. — Ela sorriu timidamente pra ele, com os braços a frente do corpo. — Papi, se o Nikko me pediu desculpas, você não acha que deveria pedir pra um certo alguém também?

— Ah não garotinha, tá tudo bem. Seu pai sempre foi assim e ele nunca se desculpou, eu me acostumei. — Desviou o olhar da pequena para o loiro. — Na verdade eu que te devo desculpas, né, Kacchan? Eu te dei um soco primeiro, talvez a culpa seja minha mes-

— Me desculpa. — Bakugou disse rapidamente, interrompendo o outro. — Eu fui horrível com você a vida toda e esses caralho a quatro ai. Não que eu me importe, eu só prometi a Tiny que eu me desculparia.

— Kacchan eu já te desculpei faz tempo. — Ele sorriu fofo. — Eu não guardo mágoas da infância, até por que eu achei que você tivesse mudado, mas pelo visto ainda é o mesmo explosivo de sempre.. e tudo bem. Você foi assim a vida toda.

— Eu to tentando ser legal com você porra. Para de falar coisas da infância, adolescência, ou qualquer merda do passado. Eu não quero lembrar do passado. Eu não queria ter te visto de novo por que você me lembra a MERDA DO PASSADO!

— K-kacchan? — Katsuki suspirou ao ouvir o apelido ser pronunciado.

— Hm? — Murmurou um tanto murcho, nem ao menos xingou, algo bem estranho vindo de si.

— Qual o problema com o passado? — Midoriya perguntou calmamente. Bakugou tinha os cotovelos apoiados nas pernas e o rosto nas mãos, enquanto Izuku tentava criar coragem para colocar a mão nas costas do maior.

— O problema não é o passado em si, que droga. Você realmente não entende as coisas né? As pessoas, Deku, as pessoas. — Não sabia por que havia falado aquilo. Nunca se abria sobre literalmente nada nesse assunto, nem deixava claro que aquilo o magoava. Mas agora parecia tão transparente diante de Izuku que até se assustou.

— Que pessoas? Mina? Kaminari? Sero? Jirou? Shinso? Eijiro? Ochako? Iida? Eu..?

Katsuki estava pronto para falar, mas então a porta foi aberta pela diretora.

— As crianças parecem estar bem. Já podem ir pra aula, e vocês pra casa ou pros seus trabalhos. Se quiserem conversar, certamente não é sobre seus filhos, portanto pode ser fora daqui. — Falou encarando os dois.

Bakugou sentiu como se um choque de realidade finalmente o atingisse e ele percebesse que quase tinha se aberto para Deku. O nerd idiota que ele odiava na infância, que ridículo.

— Você tem razão. E de qualquer forma, já acabamos. — Katsuki se levantou e deu um beijo na testa da filha, saindo rapidamente dali em seguida.

𝐇𝐢𝐝𝐢𝐧𝐠 •立ち往生Onde histórias criam vida. Descubra agora