cap 34 compositora

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A faculdade tá cada dia mais puxada, tá me deixando esgotada em todos os sentidos, ainda mais agora que o professor decidiu que não haverá prova, e sim um trabalho e esse trabalho que vai decidir se passaremos para o próximo semestre.

O que já é uma puta pressão, ainda mais que o trabalho não vai ser simplesmente escrever algo, e sim PRODUZIR UM CLIPE, a gente vai ter que criar algo e ainda editar, sem qualquer tipo de plágio.

Eu já pensei em várias idéias, pensei em pedir ajuda pros meus amigos já que eles são do ramo da música, mas eu pensei bem e eu quero fazer sozinha sabe? Pra ninguém depois vir dizer que eu só consegui por causa dos outros.

Ainda mais que o professor quer que a gente anote passo a passo cada etapa, para ter certeza que foi nós mesmos que fez, não duvido nada que vai ter playboy pagando pra alguém fazer.

Porém é problema deles, tô 100% focada neste trabalho, o que vem me deixando cada dia mais estressada.

Estou sem paciência até pro César, que vive aqui agora, já que não tem o que comer no ap dele, e vem filar a bóia na minha casa, mas eu tô relevando já que ele tá me ajudando bastante a ter ideias, agora mesmo, ele deu uma ideia boa.

— Já que você não quer ajuda de ninguém, porque você mesma não canta? Tipo faz um cover bem produzido. - César fala depois de horas que estamos jogados no sofá pensando.

— Boa! Isso eu já tô acostumada, só tenho que criar as cenas pro clipe. - levanto animada e vou pro meu quarto, chamo o César e faço ele pegar uma caixa que fica em cima do guarda-roupa.

Abro ela é vejo tantas coisas do passado, desde que eu me mudei da casa da minha mãe, não tinha mais olhado aquela caixa, que guarda lembranças do passado, resolvi pegar mexer nela pra ter ideias, não sei vocês, mas eu sempre que tenho nostalgia crio várias ideias malucas na minha cabeça.

Uma das primeiras coisas que eu pego e a Barbie, fico com ela na mão um tempo apenas lembrando do dia que eu ganhei, até que o meu diário chama a minha atenção, pego ele é folheio por cima, já que o César está do meu lado, e eu não queria que ele lesse.

Deixo somente o diário pra fora e guardo a caixa novamente no seu lugar, o César entendi que eu preciso ficar sozinha, e vai pra cozinha preparar a janta.

Resolvo ler algumas páginas do diário, a maioria e eu falando sobre o meu dia com o Orochi, dou muita risada das merdas que eu escrevia, e do quanto eu era tola, tem até "letra" de música, já que uma época eu tinha colocado na minha cabeça que eu seria rapper junto com o Orochi.

Mas isso não durou 1 mês, já que eu não tinha vocação nem uma pra escrever, mas continuo lendo as letras que não tem ritmo e nem rima.

Até que eu me surpreendo com a última, que eu lembro de ter escrito quando eu saí de um relacionamento abusivo, e tinha prometido me torna a Letícia que sou hoje, isso quando eu tinha 17 anos, mas olhando agora a letra tem até potencial.

Vou até o César que tá no fogão fritando batata frita, encosto no batente da porta e fico o olhando por um tempo, eu me vejo assim a vida toda sabe? Eu nunca fui de imaginar um futuro com alguém, mas olhando o César agora, eu só consigo pedir que se for da vontade de Deus que nos faça dar certo.

Saio dos meus devaneios quando o César vira e me pega o encarando, ele dá uma risada e vem até mim e me dá um selinho, o que me pega de surpresa já que ele não é de tomar atitude, ainda mais do nada, penso em zoar ele, mas me contenho, vou levar isso como algo normal, isso vai ajudar ele a se soltar mais.

Balanço a cabeça a afastando os pensamentos, resolvo focar na ideia que eu tive, mostro o papel para o César que não entendi, mas pega e começa a ler e batucar na mesa como se tivesse criando a melodia, fico ansiosa o observando as reações dele, que termina de ler e abre um sorriso.

— Uau Pretinha! Foi você que fez? - Fala e me abraça pela cintura.

Tento ignorar o quão estranho está sendo as atitudes dele, não que eu esteja reclamando, longe disso, mas eu preciso me concentrar.

— Foi sim! Eu tinha 17 anos na época, você acha que dá pra virar música? - pergunto apreensiva.

—Claro que dá! A letra é muito boa, só é preciso fazer essas palavras se conectarem.

Sentamos na mesa e ficamos mudando as palavras e tentando criar melodia que fizessem sentido.

Acabamos esquecendo da Batata que só lembramos quando a fumaça já tava subindo.

Deixamos a música pra outro momento, e fomos jantar, mas mesmo assim ficamos compartilhando ideias para a letra é até mesmo o clipe, o que me deixou cada vez mais empolgada. Eu tenho cada vez mais certeza que eu escolhi o curso certo.

Se tudo der certo tô até pensando em postar o vídeo no meu canal, já que eu comecei a fazer vídeos mostrando sobre o meu curso, e seria legal mostrar na prática o que eu já fiz.

Mas isso é algo pra se pensar depois, no momento eu só preciso colocar as minhas ideias em prática.
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Ando meio sem ânimo pra escrever, já que tenho trabalhado e feito curso o que tem me deixado exausta, mas estou com ideias incríveis pra história só não quero fazer de qualquer jeito entendi? Então talvez o cap não saia tão rápido, espero que vocês entendam.

O Ultimo Rap / Cesar McOnde histórias criam vida. Descubra agora