Capitulo 1:

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Oi, gente! Vcs vão notar que coloco uma música a cada início de capítulo, vou tentar colocar o link das respectivas canções aqui do lado, ok? >>>> Aí (se vcs quiserem) podem escutar enquanto leem, espero que gostem, beeeijos ;*

*

If you're trying to find pity, then you need to look somewhere else cause I surely can't help you. I'm hurting myself. I've turned into someone else.
Se você está tentando achar compaixão, então você terá que procurar em outro lugar porque eu certamente não posso ajudar você. Eu estou me machucando, eu me transformei em outra pessoa. (Someone Else – Miley Cyrus).

O vendedor da enorme frota de veículos de São Paulo não havia mentido sobre a velocidade da BMW S1000RR. A moto deslizava pela pista asfaltada de Alphaville com uma leveza absurda, e eu não estava correndo apenas porque estava atrasada para o encontro com Catherine Rabello e Bruno Guimarães – meus melhores amigos desde sempre – no apartamento que dividiríamos, presente de nossos pais por temos sido aceitos na Jimks, mas também porque queria correr dentre o sol que emergia dos topos dos prédios. Nossos pais se tornaram próximos devido a nossa amizade de vizinhos e eles sempre estavam juntos quando o assunto era nós três, ou eventos beneficentes e afins.

Cheguei ao edifício enorme com vidros reluzentes, o sol batendo em sua superfície. Parei a moto em um estacionamento adequado para a mesma e caminhei até o hall de entrada usando o capacete, enquanto admirava a escadaria e os portões automáticos de entrada para a garagem. O peito alto de um segurança tomou forma diante de meus olhos e ergui o rosto para fitar o seu.

- Por favor, rapaz, retire o capacete. – Pediu olhando impacientemente em direção ao meu visor.

Ah, merda. Ele pensava que eu era um garoto. Talvez pelo coturno, calça negra e jaqueta de couro ou pela moto. Ou por toda a junção.

Então, como pedido, tirei o capacete e soltei meus longos cabelos negros e lisos. Ele engoliu em seco e se mexeu desconfortavelmente sobre os pés olhando diretamente para meus olhos verdes. Estava vendo meu reflexo pequeno refletir nas lentes de seus óculos escuros.

Dei um sorriso de canto de boca, tentando dizer que já estava acostumada com aquilo e que não precisava se envergonhar.

- Desculpe, senhorita. – Ele se redimiu mexendo os braços, nervoso. – A Srta. mora por aqui mesmo? Ou veio fazer visitas?

- Meus amigos e eu estamos nos mudando. Viemos dar uma olhada no apartamento. – Disse olhando a altura arquitetônica atrás de seu grande corpo.

- Ah, sim. É só seguir em frente, madame, e desculpe pelo mal entendido. – Ele abriu caminho dando um passo para a direita, ainda me olhando com um pedido de desculpas nos olhos.

- Imagine. – Dei de ombros, sorrindo em agradecimento e seguindo pelos degraus que me levaram para o hall de entrada com dois elevadores. Algumas portas de vidro estavam dispostas em um corredor adiante.

- Senhorita... – O porteiro deixou a frase no ar.

- Salazzar. Agatha Salazzar. – Completei o espaço deixado.

Ele revirou algum tipo de lista no computador e me estendeu uma única chave. - Você já sabe o andar, não é mesmo? – Respondi com um aceno em positivo e agradeci, enquanto seguia até o elevador e subia até o décimo andar.

Encontrei uma porta vermelha com os números do apartamento que dividiríamos, o elevador se fechou atrás de mim e fez uma descida silenciosa.

Coloquei a chave na fechadura e abri com um impulso. A felicidade transbordando em minhas ações... meu sorriso desapareceu de súbito, o apartamento estava vazio. Com o assoalho ressecado e não laminado como havíamos planejado. As paredes estavam com partes brancas aqui e ali. As janelas solicitadas não estavam postas. E o balcão que havíamos escolhido não estava no local de costume. Havia peças de construção jogadas pelo apartamento.

Apenas MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora