Toalha Xadrez

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Posterior ao primeiro encontro, Wooyoung começou a usar seu tempo longe de Seonghwa para ajudar San no colégio, tentando habilmente diminuir seu tempo na casa do moreno, que sempre o fazia rir para que ficasse mais e se acostumasse consigo. O que claramente não gerava a familiaridade que desejava fazê-lo sentir.

O novato queria poder gostar do outro, porque sua presença nunca realmente havia sido um incoveniente com a excessão do primeiro dia. No entanto, aquele instante inaugural contara pontos em tantos aspectos que bloqueou qualquer tipo de aproximação da parte do Jung.

Apesar de todos os fatores, havia feito um amigo. Um carinha de óculos redondo que sempre era visto prestando atenção na aula ou mexendo em seu computador e celular. Song Mingi era estranho, a princípio, em sua visão. Contudo, possuir características peculiares nunca lhe pareceu algo ruim, sempre assimilou como sendo a evolução de um ser. A individualidade que parecia ser tão escassa.

Mingi gostava de vídeo games, era atrapalhado e timidamente inocente e sincero. Contudo, adorava falar sobre teorias da conspiração, números e escola.

Os dois conversavam sobre um mangá de um mundo futurístico onde o cérebro era decodificado em números e lido por computadores¹ quando Shin Hoseok, o rapaz que havia encrencado consigo, se dirigiu a onde Jung estava.

"E então ele encontrou uma escultura composta pela reorganização dos membros dos corpos das vítimas embalsamadas." Mingi explicava

"E a garota..." O loiro iria questioná-lo sobre outro ponto, mas foi interrompido.

"Jung Wooyoung" Hoseok chamou e observou culpado os olhares alheio se arregalar. "Podemos conversar?"

Foram até o topo do telhado, onde o vento estava gelado e dava para vizualizar as redondezas com maestria. Uma pequena barraca de tteokbokki² na esquina. Um orelhão com paredes de vidro. Nada incomum fora a situação sobre a escola.

"Me desculpe. Naquele dia eu estava cansado, estressado por conta de alguns detalhes. Resumindo: não era o meu dia. E eu sei que não deveria descontar nas pessoas, eu sou humano e tento controlar, mas realmente sinto muito se te assustei ou... Ou te fiz sentir que não era bem vindo."

Aquele pedido do platinado transformou o rosto relutante do que estava a sua frente em um sorridente pelo resto do dia.

Sinto muito se te fiz sentir que não era bem vindo.

Wooyoung era cuidadoso e cauteloso, apesar de desastrado, ele tentava ao máximo se tornar neutro nós ambientes.

Se prendeu dentro de uma caixinha de personalidade, se limitando dentro da própria timidez, exigindo muito do eu e pouco da empatia no derredor.

Chegando em casa, retirou as meias quentes e fechou os olhos vagarosamente, mantendo-os daquela forma até ouvir uma notificação advinda de seu notebook.

Era um email.

"De: kangcuteyeosang@.com.

Assunto: isso mesmo que você leu, vadia puta, voltarei para Seul.

Pois é, tudo o que vai volta, inclusive Seul para qualquer cidadão, cara. Pelo menos te verei Woo, acredita? Depois de dois anos distantes... Como está o Seong? Diga a essa criança que eu o detonarei no LOL.

Sei que temos celulares, e eu amo. Apesar disso, nada substitui um bom email formal para que você use como prova caso eu pense em desistir.

Basicamente? A explicação é que um amigo meu quer fazer um mestrado por aí, eu quero arrumar um emprego por aí e nós dois dividiremos um apartamento... Por aí.

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