capítulo 3

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Minho estava em casa a espera de seu colega Han, que não demoraria para chegar. Estava vestindo apenas uma bermuda e apesar de ser uma tarde de outono, não se incomodava muito com o frio que estava fazendo. Assistia um programa qualquer que passava na tv e se deliciava com um de seus salgadinhos favoritos.

Já estava se cansando de esperar, e olhou novamente para o relógio da sala percebendo já marcava 14:17 da tarde. "Está dezessete minutos atrasado." - pensou ele e voltou a comer seu salgadinho, logo ouviu a companhia tocar e correu até a porta principal.

- Já estou indo! - respondeu após rodar a chave na porta e ao abri-la, se deparou com Han no celular. - Está atrasado.

- Oh, desculpe eu tive um compr... - guardou o celular no bolso do casaco, olhou para o Lee para cumprimentá-lo, acabou por se assustar ao ver o estado do mais alto e esconde o rosto entre as mãos. - Não acha que o tempo está meio frio hoje?

- Como assim? - respondeu meio confuso com o que o outro perguntara.

- Não acha que o tempo está meio frio hoje? - repetiu a pergunta.

- Ah, me desculpe. Entre. - estranhou ao perceber que o Han continuava com o rosto escondido. - Está tudo bem? Não quer entrar?

- Sim. Mas eu acho que você deveria se vestir antes.

E só então o Lee entendeu a pergunta do Han, sentiu seu rosto esquentar. Só agora percebera que continuava sem camisa. Abriu espaço para que o mesmo entrasse e logo fechou a porta.

- E-eu vou pegar algumas coisas que precisaremos, já volto. - subiu as escadas quase que correndo, aliás, estava morrendo de vergonha.

- Esse garoto é maluco, meu Deus. - retirou o casaco.

"Por que está fazendo tanto calor?" - se perguntou o Han ainda meio constrangido. Após alguns minutos, o Lee voltara do quarto vestindo um moletom preto de um banda desconhecida e com sua mochila nas costas.

[...]

- Graças a Deus! - exclamou o Han se jogando no sofá da sala.

- Tem certeza que é só isso? - o Lee encarava o Han com as sobrancelhas arqueadas. - Eu acho que está faltand...

- Você já revisou isso várias vezes cara, relaxa.

- Okay. - arrumou os materiais que estavam em cima da mesa de centro da sala e guardou os mesmos. - Quer comer alguma coisa? Eu tô morrendo de fome.

- Se não for incômodo, eu até aceito. - observou o Lee se levantou e correr até a cozinha.

O Han já começava a se sentir meio entediado e decidiu ir ajudá-lo. Quando chegou a cozinha observou o Lee tirando algumas coisas do armário e caminhou até ele.

- Você precisa de ajud... p*ta que pariu! - sentiu o dedinho do pé se chocar com a mesa de jantar e acabou por cair no chão. Minho ao ver o Han se lamentar, caminhou até ele e o viu sentando em uma das cadeiras.- Mas eu sou um azarado mesmo, ai...

- Você está bem? - perguntou tentando conter o riso que insistia em querer sair.

Se aproximou ainda mais do rapaz que ainda se lamentava da dor e massageava o dedinho. Lee se agacha em frente ao Han e pergunta: - Onde dói?

- O dedo que eu tô segurando oras! - responde com a voz chorosa. - Acho que eu quebrei ele.

- Não exagera! Posso dar uma olhada? - ele apenas assentiu. O Lee segurou o pé do Han e colocou sobre uma de suas pernas. - Se doer muito, avisa.

Dito isso, Minho segurou o dedo alheio e o puxou com certa força fazendo com que o Han soltasse um grito de dor.

- Pronto, logo a dor passa.

- Tem certeza? - pergunta o Han, voltando a massagear o dedo que agora doía um pouco mais do que antes.

- Não. - se levanta da posição de antes rindo logo recebendo um chute do Han.

Minho acaba se desequilibrado e para não se chocar com o chão se apoiou no Han. Seus rostos, pela segunda vez naquele dia acabaram ficando muito próximos fazendo os rostos de ambos ganharem uma cor avermelhada. Após algum tempo naquela posição, o Han fechou seus olhos e aproximou ainda mais seus rostos fazendo com que o Lee se afastasse, muito envergonhado.

- Por que isso sempre acontece? - pergunta o Han ao se aproximar de Minho.

- Isso oque? - responde, confuso.

- Sabe, hoje mais cedo quando eu me esbarrei em você e derrubei aqueles livros, a gente ficou com os rostos quase que colados, como agora pouco. - explicou.

- Ah... - riu da situação.

- Eu contei alguma piada? - agora o Han estava incrédulo.

- Você sabe que isso é culpa sua né?

- Culpa minha?! Ah, você é inacreditável Lee Minho! - exclamou pondo as mãos na cintura, ainda mais incrédulo que antes.

- A culpa é sua sim, sabe por que? Na primeira você esbarrou em mim, e agora me empurrou daquele jeito.

- Mas eu não te empurrei. - viu que o Lee arqueou as sobrancelhas. - Tanto faz também!

Após terminarem de preparar os sanduíches, voltaram para a sala e decidiram assistir alguns filmes. Quando a noite estava chegando, o Han decidiu que seria melhor ele voltar para casa. Após se despedirem, Minho subiu as escadas e foi para o seu quarto tomar banho, não demoraria muito para que seus pais chegassem do trabalho.

Enquanto a água fria se encontrava com seu corpo, a cabeça do Lee se voltou para os acontecimentos de mais cedo. Ele deu risada.

- Não é como se ele fosse me beijar caso eu não recoasse. Ou será que...? - ao perceber o que tinha falado, depositou alguns tapas em sua própria boca e repreendeu a si próprio. - Tá maluco Minho? Ele tem namorada, cara.

Terminou seu banho, vestiu um calça e um moletom. Depois de um tempo, sua mãe o chamou para jantar e durante o mesmo, conversaram um pouco sobre a escola. Após terminarem, ajudou sua mãe com a louça, se despediu da mesma com um beijo de boa noite e foi dormir.

- Espero que amanhã o dia não seja tão agitado quanto hoje. - e adormeceu.

ღ•°i sαω τнє ℓσvє iท yσυr єyєs°•ღ Onde histórias criam vida. Descubra agora