MPP 09

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Escrita com  Eva_Evora

Maria: Sou a responsável por ela.

Enfermeira: Me acompanhe por favor, o Dr deseja conversar com a Sra em seu consultório - a vi concordar e lhe levei a sala dele.

Dr: A Sra é responsável pela srta Refúgio Chaveiro correto? - a vi concordar e prosseguir - a jovem necessita de cuidados médicos... no momento terá que ficar em observação... ela perdeu uma quantidade signifiCativa de sangue, mas nada que pudesse lhe colocar em perigo... tivemos dificuldade para pontear os cortes devido a profundidade... agora ela está bem...está sendo medicada... aconselho que ela tem um acompanhamento terapêutico... quem atenta contra vida uma vez, tentará outra até conseguir - me acompanhe por gentileza... irei levá-la até o quarto em que ela está.

Perdi meu chão, agora minha pestinha não podia fazer isso outra vez. E se eu não estivesse lá para salvar ela? Entrei no quarto e a vi sobre a cama, estava tão pálida e abatida que meu coração se desfez em mil pedaços. Me aproximei garantindo ao médico que ela teria todo o acompanhado preciso, sentei ao lado dela na cama e peguei a mãozinha com cuidado.

Maria: Por que fez isso minha pestinha? - minha outra mão foi ao rosto e aos lábios bem desenhados... passei levemente sentido o quanto estavam frios e eles eram quentes, tão quentes.

Refúgio: Tia - sussurrei sem forças - eu morri? - após tanto insistir consegui abrir meus olhos, mantê-los abertos era o problema.

Maria: Não... eu cheguei a tempo... pestinha por que fez isso?... quer me matar? - eu amava ela... meus olhos estavam cheios de lágrimas e esse medo que senti hoje, só se compará ao medo que tinha de perder Luíza, de quando ela sofreu um acidente de carro e eu quase enlouqueci - não faz isso minha pestinha - beijei os lábios dela, os meus estavam cobertos de lágrimas.

Refúgio: Não chora tia - sussurrei após seu delicioso beijo - me perdoe por te fazer sofrer... eu não posso mais com isso... eu não tenho uma vida... eu vivo a que meus pais determinam... eu te amo Maria e não te ter é o mesmo que morrer... eu só tentei acabar com toda essa dor... eu não quero mais viver... deveria ter permitido que eu fosse - falei em um sussurro - minha vida não tem a menor importância.

Meu coração estava destroçado ao ouvir ela dizer tudo aquilo. Não conseguiria mais viver sem a minha molequinha.

Maria: Não diga isso... sua vida será o que quiser que seja... tudo poderá ser possível... por que não esperou? Humm? Eu disse que queria lhe falar.. por que saiu enquanto eu dormia minha pestinha?

Refúgio: Eu não quero te ver partir meu coração mais uma vez... principalmente depois de tudo que vivemos naquele quarto... eu queria lembrar de você, daquela forma... entregue... me amando... me permitindo ser o que me proibiram por todos esses anos... é a mulher que me despertou para vida... foi a única pessoa que me amou... que cuidou... que me ouviu - fechei meus olhos chorando - eu não quero voltar ao que era... eu quero morrer Maria... quero me libertar de tudo isso.

Senti o sofrimento dela, como se fosse em mim e era. Ela era parte de mim.

Maria: Tem noção do que está dizendo... pestinha... eu te amo... e com você descobri que nunca tinha amado antes... que tudo que vivi até agora, não passou de ilusão... me promete que não vai mais fazer isso? Eu não quero quebrar seu coração... quero juntá-lo ao meu - levantei e lhe abraçei como pude.

Refúgio: Maria - lhe apertei em meus braços como pude - não me deixa sozinha... eu te amo... se estiver ao meu lado, ficará tudo bem... eu sei que vai - sussurrei lhe olhando - eu te amo minha safadinha - colei meus lábios aos dela lhe beijando com amor.

Ma Petite Peste - Maria y Refúgio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora