Perigo Sedutor - Série Lobos De Lakeville - Livro 1DEGUSTAÇÃO

06

- Isso foi ótimo irmão. - Adam riu ao seu lado. - Acho que vou lhe pedir uns conselhos amorosos. - ele provocou.

Mas Christopher não estava prestando atenção. Ele olhava para a porta da casa de Dulce.

A porta que ela fechara na cara dele. Sua companheira! Aquilo o enlouqueceu.
Quando bateu em sua porta ele esperava outra reação de sua parte. Ele esperou que ela se jogasse em seus braços assim que o visse. Que sentisse automaticamente tudo que ele sentiu quando sentiu seu cheiro. Mas era diferente com os humanos- ele sabia disso- apenas não gostava da situação.

Ele havia ficado fascinado por sua beleza e agora mal podia esperar para colocar seus olhos - e muito mais-  nela novamente.
Seu cabelo ruivo era longo e ia até sua cintura abraçando seu corpo de uma forma adorável. E acentuava bem com seus lábios carnudos e rosados. E as sardas em seu rosto pareciam deixa-la ainda mais linda. 

A lembrança quase o fez ir bater em sua porta outra vez, mas Christopher se conteve. Se fizesse isso ele tinha certeza que ela usaria o revólver.
Ele riu com a ideia, sua pequena companheira o ameaçando com um revólver. Lhe parecia tão fofo.

- Christopher? - Adam o tirou de seus devaneios. - Temos que voltar. Ou você prefere passar a noite toda aqui do lado de fora?

Christopher pensou em sua escolha. Ele não queria deixar ela, não agora que a encontrou. Na verdade o que ele sentia era que não à queria deixar nunca. Mas ainda sim não queria passar a noite do lado de fora da sua casa como um maluco psicótico. Isso não lhe traria nenhum ponto ao seu favor com ela.

Ele precisava ir. Montar uma estratégia talvez fosse uma boa ideia. Pensar com calma em como aborda-la da forma certa. Porque bater em sua porta não havia parecido surtir muito efeito. Ele encarou a porta fechada por mais um tempo, absorvendo lentamente o cheiro que ela havia deixado no ar.

- Vamos. - ele disse ao seu irmão que já parecia impaciente.

Ele estava indo embora. Mas não por muito tempo.

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Christopher queria ir direto para a casa de Liam e lhe pedir toda e qualquer informação que ele tivesse sobre sua companheira. Mas Adam o havia alertado-ironicamente-  que a
era muito tarde para bater na porta de alguém. Agora ele estava impaciente e irritado.

Se por algum momento ele tivesse imaginado que Dulce era sua. Ele nunca teria dado o trabalho de investiga-la e vigia-la para o seu executor. Agora ele estava se revirando em sua poltrona tentando não sentir ciúmes de todas as informações que Liam possuía enquanto Christopher ainda estava no escuro.

Quando os primeiros raios de sol brotaram em sua janela. Christopher decidiu ir acordar seu executor.
Por algum motivo desconhecido - e que agora Christopher odiava- a casa de Liam era a mais distante na alcateia. Talvez ele gostasse de um pouco de privacidade mas isso agora era para o alfa extremamente inconveniente.

Christopher bateu impaciente na porta. Se perguntando se Liam tinha um sono pesado. E então ele bateu um pouco mais alto para garantir que o dono da casa ouvisse.

- Que inferno! - ele escutou alguém resmungar do lado de dentro.

E então um Liam maltrapilho e aparentemente cansado abriu a porta.

- Sempre bate como se quisesse derruba lá? - Liam perguntou de mal humor.

O alfa então se perguntou se foi aquilo que deixou sua companheira tão irritada. Ele batia muito forte na porta?

- Preciso de uns documentos. - Christopher respondeu autoritário. Ele ainda era o alfa. Podia bater como bem entendesse na porta dos outros.

- Por Deus, são três da manhã. - Liam resmungou.

Christopher entrou na casa de seu executor decidido de que seu plano era perfeito. Descobrir um pouco mais sobre ela. Era tudo de que ele precisaria para saber como aborda la. E se bater em sua porta em um horário um pouco mais cedo talvez ela estivesse de bom humor.
Uma noite de sono era tudo de que ela precisava para notar que ele era o amor de sua vida. Ela com certeza se jogaria em seus braços na próxima vez que se vissem. E Christopher esperava que ela o compensasse pelo seu mal comportamento.

- Então? - Liam chamou sua atenção.

- Detetive Herrera. - Ele respondeu apenas sem dar muitas explicações.

Enquanto seu executor ia buscar seus documentos. Christopher aproveitou para dar uma olhada em volta. A casa de Liam em geral era muito mais arrumada que a casa dele. As paredes tinham um tom neutro e tudo estava perfeitamente em seu lugar. A casa cheirava à lavanda, uma mulher provavelmente não se incomodaria em morar ali. Christopher refletiu um pouco sobre o estado de sua própria casa, que ele sabia que estava um caos. Talvez ele pedisse para Liam à limpar. Mas a ideia de Liam arrumando tudo para agradar Dulce o incomodou. Ele mesmo arrumaria tudo para ela.

- Aqui estão. - disse Liam enquanto voltava à sala.

Christopher pegou os documentos e voltou para sua casa. Escura caótica e com um cheiro nada bom.
Em geral ele não se incomodaria com aquilo, ele havia vivido em uma completa escuridão nesses últimos messes e não tinha forças para notar o acúmulo de pó e sujeira pela casa. O monstro dentro de si que o dominava na época lhe causava um extremo cansaço na luta de tentar controla lo. Isso agora lhe parecia tão distante. Christopher pensou em como à dois dias atrás ele estava sem nenhuma esperança, jogado no chão de sua sala sem vontade de se mexer. E agora ele estava eufórico. Louco para limpar cada átomo de poeira, bolor de restos de comida e mudar a cor escura e manchada de suas paredes. Dulce mal havia chegado em sua vida e já o tinha mudado tanto.

Christopher desejou que seu pai estivesse ali. Ele com certeza riria de sua situação. Ele compararia com suas próprias experiências, lhe daria concelhos. Mas agora tudo que ele tinha de seu pai era uma pequena foto em sua gaveta.

Christopher olhou para o relógio, logo Adam estaria ali para sondar seus passos, matar sua curiosidade sobre o estado de seu alfa e provavelmente zombar de sua cara.
Então ele abriu a pasta enquanto ainda estava à sós.
Uma pequena foto caiu em seus pés. E ele se abaixou para apanha-la.
Na foto Dulce sorria enquanto lia algo em um papel velho.

Ela parecia feliz, então era isso que a deixava feliz? Ler documentos velhos ? Christopher podia providenciar isso.