19 - Amigos

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Na segunda, no abrigo, estranhamente, a senhora Bom está dormindo. Então apenas ajudo a limpar o local todo. Não que eu não goste dos outros idosos, mas a senhora Bom é diferente, eu realmente gosto dela. E também não sei como começar um diálogo com os outros.

De lá vou direto para a pizzaria e em busca do senhor Lee.

- O quê você quer? - Ele pergunta irritado.

- O senhor quer que eu limpe a pizzaria ou que faça as entregas? - tento ser o mais delicado possível, com medo dele se irritar com a pergunta.

Ele me encara por alguns segundos.

- Pegue algumas entregas, quando voltar você limpa os vestiários.

- O.K.

Suspiro me afastando. Será que ele sabe que sou entregador e não faxineiro?

Vou até a cozinha e sento na pia para esperar Kwan terminar com as pizzas. A imagem de NamJoon-Hyung desacordo, assim como aquele idiota voltam a minha mente.

- Você está pensativo, aconteceu algo? - Kwan pergunta.

- Não. Eu apenas... - Não termino a frase.

- Está pensando no seu amigo dos hospital? - ele pergunta.

- Eu... talvez - admito.

- Por que não vai falar com ele?

- Ele não precisa de um relacionamento tóxico.

- O que quer dizer com tóxico?

- Eu... Eu tenho medo, sabe? De trazer problemas para ele. Com o Kum.

Ele suspira e sei que o argumento é bom o suficiente para que não tente contrariar.

- Você vai conseguir pagar - ele fala. - E sua vida vai voltar ao normal - assinto sem lhe dar muita importância. - Eu posso te ajudar.

- Eu não quero sua ajuda - falo sem humor. - Eu entrei nisso sozinho e vou sair do mesmo jeito.

- Você não precisa se martirizar desse jeito - fala.

- Não estou me martirizando. Eu apenas não vou colocar mais ninguém nessa confusão - falo.

- TaeHyung...

- Quando estiver pronto avise - falo descendo da pia e saindo da cozinha.

...

A ideia de ter magoado Kwan me assusta. Ele é uma das únicas três pessoas que se importam comigo e, quando estávamos indo embora ele mal olhou para mim. Talvez eu não possa colocar toda a culpa no Kum por um relacionamento comigo ser tóxico. Eu acabo afastando todos de qualquer jeito.

Suspiro encarando o mercado.

23:10

Eu vi que aqui fecha às onze e meia e vim o mais rápido que pude para chegar antes.

Certo, não posso entrar de farda, ou ele vai saber onde trabalho, e não quero isso. Na verdade, o objetivo é que ele não me veja, mas, se algo der errado, pelo menos não vai saber onde me encontrar.

Suspiro decepcionado. Eu não queria ter que me esconder dele.

- Vamos, TaeHyung - falo tentando me acordar para a realidade. - agora não é hora de lamentar.

Tiro a camisa da farda - ficando apenas com a que está por baixo - e coloco um boné. Não que ache que fará muita diferença, mas, pelo menos, assim escondo o olho roxo.

Entro no local e começo a encarar os atendentes.

- Precisa de ajuda? - uma garota pergunta me assustando.

Forever - KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora