— P-Pai, é você mesmo? - falei com a voz trêmula, agarrando fortemente aquela pequena caixinha preta com um fio pouco extenso, só depois temi que poderia quebrá-lo ali facilmente.— Vo... ond... - queria chorar, tanto de felicidade quanto de raiva, por não estar conseguindo ouvir sua voz direito.
— Vá p... um lugar al... - falou e o aparelho começou a chiar mais ainda.
— TELHADO! - me assustei com o grito de Hope.
Fui igual desesperada para o andar de cima sendo acompanhado por todos os brutamontes. Fui até a janela do primeiro quarto que avistei, que por sinal estava uma zona.
Passei minhas pernas para o telhado enquanto Jungkook estava apoiado segurando um braço meu, caso o telhado se rompa e eu caia, segundo ele. Espero que isso não aconteça.
— Pai? - falei no rádio, nada.
— Pai por favor, me responde. - suplicava por qualquer sinal de vida. E lá estava ela mais uma vez, indo embora igual pólvora; a esperança.
— Amendoim? É você?
— PAI! Sou eu, sou eu! - agora as lágrimas já rolavam sem parar, tamanha era a felicidade.
— Eu falei que essa cabeça dura ainda estava viva. - podia ouvir a voz do meu irmão ao fundo, nunca fiquei tão feliz em ouvi-lo em toda minha vida.
— Onde você está amendoim? Está tudo bem? - perguntava afoito, até deixei uma risada boba escapar.
— Eu não faço ideia da onde estamos, esqueci de perguntar ao pessoal. - falei meio aérea, realmente estamos aqui a tanto tempo e nunca nem pensei em perguntar onde estamos localizados. — Está tudo bem sim e você?
— Tá achando que isso é chat do Facebook? Pergunta logo como ele vai nos tirar daqui garota! - Chung apareceu de supetão quase aos berros, mas minha alegria por saber que minha família estava bem foi maior que nem lhe dei bola.
— Ele podia vim de helicóptero, que nem aqueles filmes americanos que eles resgatam as pessoas. - J-hope ficou imaginando um futuro nada próximo e improvável.
— Todos estamos bem por aqui. - suspirou — Quando soube o que aconteceu em Seul, fiquei desesperado, meu medo ficou maior quando você não atendia o telefone. Liguei para toda base coreana existente, ordenando que a achassem o mais rápido possível, mas parece que a comunicação foi ficando cortada e ninguém mais respondeu de volta para base.
— Aqui realmente está um caos, aí também? - já que estávamos conversando, por que não fofocar um pouco sobre as notícias atuais, hum?
— Não. O vírus só atingiu toda a parte da Ásia. Parece que estavam trabalhando em um novo projeto que a população não tinha acesso sobre, mas só ficamos sabendo quando a epidemia aconteceu. Nos outros lugares do mundo nos protegemos da maneira que deu, mas ainda bem não é transmitido pelo ar, o que nos ajudou muito a criar barreiras e não deixar essas coisas invadirem.
— Fico feliz de saber que em algum lugar do mundo ainda há vida. - respirei aliviada, nem tudo havia se perdido. — Você tem como nos ajudar a sair daqui? Por incrível que pareça, muita gente conseguiu se salvar aqui.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Not Today!
TerrorJungKook sempre foi apaixonado por Guli, que de fato, não acreditava nas palavras fajutas, mas verdadeiras, do líder de basquete de sua escola. Logo por ela, uma garota tão ... sem graça? Só foi acreditar mesmo quando aconteceu aquele apocalipse zu...