(chanbaek | colegial) Byun Baekhyun é um rapaz excêntrico que jamais sentiu que fizesse parte do colégio interno que, por conta de seu irmão postiço, Kim Jongdae, sua mãe o obrigara a estudar. Desde que efetuou sua matrícula, passou a sofrer nas mão...
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A primavera estava quase acabando quando decidi passar o final de semana em casa, para comemorar o aniversário de Jongdae. Resolvemos comer fora, em seu restaurante preferido: Mc Donalds. Diferente das outras vezes, nos divertimos bem mais. Conversamos mais abertamente sobre tudo, e Taehun vivia derrubando ketchup na própria camisa, o que causava uma risada imediata em todo mundo que ocupava a mesa quando os xingamentos eram ouvidos.
Logo após, passamos em frente à um circo que estava de passagem pela cidade naquela época do ano, e minha mãe não nos deu outra opção a não ser parar para aproveitar os brinquedos.
Estava feliz, e isso se estendeu, pelo menos até o momento em que deixei a roda-gigante e me deparei com uma criança segurando um algodão doce azul claro. Soltei os ombros, lembrando dos cabelos dele, que tinham a mesma tonalidade. Fingi que estava com vontade de ir ao banheiro e chorei em uma das cabines até não sobrar mais fôlego. Depois, sai de lá como se nada tivesse acontecido, fingindo estar cansado apenas para retornar o mais rápido possível para casa.
A volta foi mais silenciosa 一 pelo menos para mim. Fiquei calado, olhando pela janela e sentindo o aperto doloroso que sempre se fazia presente em meu peito quando voltava a pensar em Chanyeol. De fato, comprovei que essa dor da saudade não diminuía com o tempo, e sim aumentava.
Assim que chegamos, pisei fundo em direção ao meu quarto, sem nem sequer perceber que Taehun estava dando uma olhada na caixa de correio. Quando faltavam apenas dois degraus, sua voz grossa ecoou pela casa, com um tom animado, dizendo que havia uma correspondência para mim.
Desci um pouco desanimado, pegando os envelopes das mãos dele. Engoli seco assim que virei e reparei que eram três em meu nome. Um de Julliard, outro de Yale e outro em nome da EF Academy, me parabenizando por ter ganhado o Festival de Talentos com noventa por cento dos votos depositados na urna. Junto, havia uma carta escrita à mão pelo Sr.Castro, dizendo que estava orgulhoso pela minha evolução evidente. Dentro do envelope do colégio, estava a quantia em dinheiro.
Cinco mil dólares, como o combinado.
Sentei no sofá da sala para abrir as outras duas. Daisy, Taehun e Jongdae me acompanharam, sem descolar os olhos de mim por um só minuto. Li as cartas em voz alta, sentindo meu peito ofegar, tanto em ansiedade quanto em felicidade por cada uma daquelas palavras. Não soube como reagir quando soube que duas Universidades tão renomadas estavam interessadas na minha matrícula. Foi um choque. Nunca me senti capaz o suficiente para que nada daquilo, de fato, acontecesse comigo.
Não sabia se merecia tanta coisa assim, de uma só vez. Minha felicidade se esvaiu no exato momento em que percebi que, sem Chanyeol, nada daquilo teria acontecido. Ele foi a peça principal para que tudo rodasse, se conectasse.
A vontade de contar para ele quase me sufocou.
Subi para o quarto antes mesmo do filme escolhido por Jongdae acabar. Deitei de barriga para cima, lembrando de quando estávamos ali, naquela mesma cama, e ele me pediu em namoro. Queria ficar travado naquela memória boa para o resto da minha vida. Queria lembrar de seus cabelos azuis, de cada um de seus sorrisos e, até mesmo dos cigarros atrás das orelhas grandinhas para o resto da minha vida.
