36_ Namorada?

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Dormi chateada aquele dia? Dormi. Eu odeio ter inimizade com as pessoas e, naquela noite apenas a Mirela falou comigo. As outras fingiram que eu nem estava ali.

Eu não entendo... se eu visse um casal feliz, sei la... a Mirela com o Max, ou a hanna com o Nicolas, ou qualquer pessoa, eu ficaria feliz por eles. Acho a coisa mais fofa do mundo um casal apaixonado. Mas... só a Mirela achava aquilo.

No momento eu achava injusto. Era injusto pra mim que a Hanna ficasse emburrada comigo sendo que eu não tinha culpa do que aconteceu com ela e o Matheus no passado, e eu nem ao menos sabia disso.

Eu estava triste. Mas tentei me concentrar em minha própria felicidade... Não queria ficar me remoendo por causa dos outros... por mais que me doesse

[...]

Acordei no dia seguinte me sentindo um pouco melhor e me levantei. Era sábado. Sábados costumavam ser o meu dia favorito da semana, era o dia que eu não estudava absoluta nada. Eu tinha o direito de tirar o dia pra fazer vários nadas né? Kk

Eu costumo no sábado fazer yôga, exercícios físicos, leio algum livro que não seja sobre estudos e passo o resto do dia olhando pro nada ouvindo músicas. Era o meu dia de relaxar.

Me levantei da cama e fui até o banheiro tomar um banho. Fiz toda a minha higiene e coloquei uma calça legging preta e um top faixa também preto.

Sai do quarto com meu celular e meu fone e fui direto para a cozinha comer algo. Lá ainda não havia ninguém, então apenas descasquei uma laranja e a chupei ali mesmo.

Quando acabei lavei minha mão e fui para o jardim. Me sentei na grama, colquei uma música calma e comecei minha yôga.

Faço yôga desde pequena e por isso sou muito flexível. Raramente sinto alguma dor ou desconforto.

Estava fazendo um "espacate" quando ouvi alguém na porta.

- Nossa, que abertura. - Max fala da porta e eu me assusto.

- Ai Max, que susto! - Tiro um lado do fone.

- Foi mal... não conta pro Matheus que eu disse isso. - Ele fala rindo e vem até mim se sentando na grama. - Isso não dói não? - Ele ri.

- Não... sou acostumada.

- Você é invertebrada, isso sim. - Ele fala me fazendo rir. - Consegue me ensinar alguma coisa? Alguma posição sei la.

- Quer aprender yôga? - Pergunto rindo.

- Só algumas posições... isso pode ser bom para alguns esportes. - Ele se levanta e vem até mim.

- Tá bom. - Dou de ombros. - Primeiro eu preciso saber o quão você é flexível. - Olho pra ele com cara pensativa. - Tenta tocar a ponta dos pés. - Ele assente e se inclina tentando tocar os pés.

- AH MINHA COLUNA! - Ele grita me fazendo rir.

- Vai Max!! - Tento incentiva-lo enquanto ele faz careta tentando.

- AH! Isso é impossível. - Ele se ergue de novo.

- Mas já desistiu? - Gargalho. - Tenta sentado. Estica as pernas e tenta tocar os pés. - Max se senta e tenta tocar os pés, novamente sem sucesso.

- Puta que pariu! Isso dói muito. - Ele fala fazendo careta.

- Não xinga! - Dou um tapa no braço dele rindo. - Vai! Vou te ajudar. - Fui pra trás dele e comecei a empurrar suas costas para ver se ele conseguia. - Vai Max! - Grito enquanto gargalhava. Eu não estava conseguindo empurrar porque estava ocupada demais rindo da cara dele.

Eu Não Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora