Eu Não Te Amo

44_ FIM!

Naquela noite eu tive vários pesadelos. Sonhei que quando eu ia falar com o Matheus ele aparecia com a Júlia e dizia que havia voltado com ela. Sonhei que havia errado tudo no seminário e havia tirado uma nota baixíssima. Sonhei que tinha ficado maluca e tinha escolhido o Juliano ao invés do Matheus.

Eu acordei assustada e com mó medo de como seria esse dia.

Mas calma Isa... vai dar tudo certo! O que tiver que acontecer, vai acontecer. Nem só de dias bons viverá o homem, então bora levantar.

Naquela manhã fiz tudo que costumo fazer e desci pra tomar meu café. Me assustei ao ver Nicolas e Hanna conversando na mesa, jurava que ela estava na cama. Mas logo esqueci isso quando notei que ambos estavam sorrindo conversando.

- Bom dia. - Sorrio largo pra eles que me olham.

- Bom dia. - Os dois falam juntos. Como não queria ficar de vela ou atrapalhar os dois, peguei uma maçã e fui come-la no jardim de trás.

Enquanto eu mordia a maçã eu tentava repetir em minha mente toda a minha fala do trabalho. Estava nervosa. Seria a primeira vez que apresentaria algo na frente da minha turma, no ensino médio era fácil porque já conhecia todo mundo e se eu errasse ninguém me zuava. Ali não sei como vai ser. O medo do desconhecido estava acabando comigo.

Sai de meus pensamentos quando senti meu celular vibrar no meu bolso e o peguei. Era uma mensagem daquele mesmo número.

Número desconhecido- Bom dia Isa! Espero que se saia bem no seu trabalho hoje. Estarei torcendo por você❤ e não se esqueça de sorrir! Seu sorriso ilumina qualquer lugar.

Acabei deixando escapar um sorriso e olhei para trás vendo Matheus perto da porta da cozinha segurando o celular. Matheus sorria para o celular e logo depois o guardou no bolso.

O mesmo olhou pra mim e pareceu surpreso em me ver ali, mas apenas me deu um sorriso como o de todos os dias.

Fiquei um tempo pensando na possibilidade de ser o Matheus o tal " número desconhecido ". Se fosse... eu ficaria muito feliz.

Ignorei aqueles pensamentos quando vi que estava na hora de eu ir pra faculdade.

[...]

Estava quase na minha vez de apresentar o trabalho, era em ordem alfabética e quem estava apresentando era o Igor. Eu era depois dele. Estava contando os minutos para que eu apresentasse logo e acabasse logo com aquela tortura.

Ninguém parecia nervoso ali, ninguém gaguejou nem nada. Acho que só eu estava tendo um ataque mesmo.

O garoto terminou de apresentar e todos aplaudiram.

- Jéssica. - O professor fala pulando o meu nome.

- Professor... - Falo baixo erguendo uma mão. - O senhor pulou meu nome.

- Ah... perdão Isabela. - Ele fala lendo em sua lista de chamada. - Você vai por último.

- O que... - Pergunto baixo para somente eu ouvir. Por que??? Por que eu tenho que ser a última??? Por que comigo??? Vou ficar cheia de outras matérias na cabeça!!!

Eu queria gritar tudo isso com o professor, mas eu não era maluca a esse ponto.

Eu odeio a minha vida.

Continuei ouvindo TODOS aqueles seminários que pareciam infinitos até que finalmente todos acabaram e o professor me chamou.

Me levantei devagar e coloquei o pen-drive no notebook. A primeira imagem era para ser de uma parte de nosso cérebro. Mas não foi o que apareceu.