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Desespero.

Em quais situações você costuma sentir esse sentimento? Bem, para Jeon, desesperar-se era algo quase impossível. Com cento e vinte anos nas costas, poderia contar nos dedos quantas vezes teve tal reação.

Uma delas foi no dia que teve a triste notícia do falecimento de sua mãe, tinha apenas três aninhos na época. Se lembra de não acreditar quando o falaram, e todo final de tarde, ele esperava sua progenitora em sua cama, já que a mulher o fazia dormir todas as noites. Mas não aparecia, apenas seu velho pai dava as caras. Foram dois anos para cair a ficha, e quando se convenceu de que ela não voltaria, conheceu o que chamamos de desespero.

Porém, voltando para a situação atual, o drácula sentia novamente o sentimento citado. Observando o hotel se tornar uma bagunça sem fim. Ele não era o único com o coração na mão, o ruivo corria de um lado para o outro sem parar de gritar um segundo, constatou que aquilo não era uma festinha a fantasia e agora sua garganta sofria com o grito que não parecia ter fim.

Percebendo que os hóspedes começavam a se incomodar com o barulho que Park fazia, Jungkook tentou agarrar o humano que mais parecia um foguete pela forma desastrosa que corria. O vampiro ao menos soube quando pegou o garoto arteiro, mas que seus convidados tiveram a triste e engraçada imagem de um homem particularmente sério atrás de um monstro sem controle, eles tiveram.

— Acabou a palhaçada! — Exclamou quando tocou a pele quente do outro, o levando escada acima quando se lembrou que poderia facilmente se teleportar.

— Não me mata, por favor! E-eu sou muito jovem pra morrer, e eu finalmente consegui um ingresso para o show da Blackpink, cara! Você não sabe o quanto foi difícil, e-e… 

— Cale a boca, humano sem noção. — Cansado de ouvir as súplicas do outro, ditou. 

Com a pose de vampiro mau, Jeon caminhou por seu quarto, se divertindo com a imagem de Jimin assustado, a forma que ele subiu na cama e se encolheu como se pudesse se esconder foi extremamente estranha aos olhos vermelhos e impiedosos, mas no fundo, ele sabia que mexia consigo.

Por um momento, Park Jimin ficou confuso. O vampiro não fez sequer menção de ir até ele para fazer algum mal, apenas a feição de tédio que ficava usualmente em seu rosto.

— Ué, você não vai sugar o meu sangue? — Estava realmente preocupado.

Suspirou lentamente. O ruivo era tão paranóico que o deixava confuso.

— Típico de um humano paranóico. O sangue de vocês tem tanto colesterol que só doido pra querer isso aí.

Jimin levou a mão ao peito, se sentiu ofendido por seu sangue, mas ao mesmo tempo curioso. Em todas as histórias e filmes que teve acesso em sua vida, o vampiro necessitava de sangue para viver. Como Jeon estava vivo?

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